sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Fotógrafo captura mundo colorido e mortífero de louva-a-deus

O fotógrafo Jimmy Hoffman, especializado em retratar a vida selvagem, fez uma série de imagens de louva-a-deus, perto de sua casa em Costa Brava, na Espanha.

Depois de encontrar o inseto a ser fotografado, Hoffman pode passar até duas horas esperando pelo momento ideal.

O fotógrafo diz que os louva-a-deus são seus insetos favoritos por causa de seu comportamento predatório, suas formas e cores.

"Eu também gosto do fato de que eles conseguem rodar a cabeça em todas as direções e olham para você de uma maneira quase inteligente", diz Hoffman.

Flagrante

A foto favorita de Jimmy Hoffman é a que mostra um louva-a-deus prestes a atacar uma borboleta.

"Infelizmente para o louva-a-deus, a borboleta foi rápida demais e conseguiu voar antes de ser pega", diz o fotógrafo.

"Eu tirei a foto no momento certo e foi muito especial para mim, porque eu havia esperado por duas horas para que algo interessante acontecesse."

Depois disso, Hoffman batizou a foto de "paciência".

Relatividade com os pés (quase) no chão

Experimentos provam, com medidas e velocidades corriqueiras no nosso dia a dia, as teorias de Einstein.

Relatividade com os pés (quase) no chão

Um trem relativo de Einstein na velocidade da luz? Não, não chega a tanto – mas já é possível explicar a teoria do físico com medidas mais terrenas (foto: MrUllmi / Flickr / CC BY-NC 2.0).

Olhe bem o seu relógio. Observe o visor, sinta o andar dos ponteiros. Agora, suba em uma cadeira ou um degrau. Acredite: o tempo está passando mais rapidamente.

Suba em uma cadeira. Acredite: o tempo está passando mais rapidamente do que quando você estava no chão

Assim funciona a teoria da relatividade geral de Einstein. Ela diz: quanto maior a gravidade, mais lentamente o tempo passa para um objeto (em relação a outro). Então a lógica se impõe: o objeto mais distante do solo – e que sofre menos força da gravidade, portanto – tem o seu tempo dilatado.

Qual é a novidade? Antes, a teoria de Einstein era explicada por experimentos com medidas e proporções pouco mundanas e de difícil entendimento nas escalas do nosso dia a dia. De modo geral, as provas científicas da relatividade envolviam medições espaciais pouco concretas ao entendimento comum – como a observação do pulsar de estrelas, ou do passar do tempo a bordo de superjatos.


Chin-wen Chou, físico do Instituto de Padrões e Tecnologia (Nist / Estados Unidos), e sua equipe conseguiram provar – por meio de medições terrenas – a relatividade. O estudo saiu na Science desta semana.

Eles usaram relógios ópticos de alta precisão criados em 2005. Colocaram um relógio acima do outro, em uma distância de apenas 33 centímetros. E o tempo, pasmem, andou mais rápido no relógio de cima. Mais precisamente, em uma frequência 0,0000000000000001 (ou 1/1015) mais rápida.

Nada que sentiríamos na pele: a diferença adicionaria um tempo inimaginavelmente pequeno à vida de uma pessoa com 79 anos. Mais precisamente, 25 bilionésimos de um segundo.

Precisão

Relógios
Dois relógios ópticos colocados a 33cm de distância e pronto: eis a prova da relatividade geral (foto: reprodução / Science).

Esse de tipo de experimento com escalas mais simples (33 centímetros é realmente muito pouco quando se pensa em relatividade!) só é possível devido à precisão do relógio óptico desenvolvido pelo Nist. Para se ter uma ideia, calcula-se que, em 3 bilhões de anos, o relógio óptico tenderá a perder a sincronia de apenas um segundo. Uma defasagem irrisória.

Relatividade restrita

O relógio óptico do Nist também é capaz der provar, em velocidades baixíssimas, a teoria da relatividade restrita de Einstein. Só para lembrar: essa teoria diz que quanto maior a velocidade de um corpo, mais lentamente o tempo passa para ele.

De modo geral, essa teoria é conceitualmente aceita por explicações que pressupõem paradoxos ou veículos imaginários – como o trem relativo de Einstein, que atinge, em suposição, a velocidade da luz.

A experiência ajudaria no cálculo de mudanças climáticas, na astronomia, geologia e, até, em novas tecnologias como o GPS

Pois bem. A teoria da relatividade restrita já foi explicada na prática aqui na Terra. Com aviões que carregavam relógios de grande precisão e voavam a supervelocidades (incomparáveis, claro, à velocidade da luz).

Nada tão elegante, no entanto, quanto a solução da equipe de Chin-wen Chou, que induziu o movimento de um átomo dentro do relógio óptico. A partícula atingiu ridículos 33 km/h. O suficiente, porém, para detectar que o tempo passou mais rápido no relógio em que não houve estímulo de movimento.

Muito bom, e impressionante mesmo. Mas para que serve isso tudo?

Como explica Chin-wen Chou no podcast da Science, esse tipo de medição em níveis de precisão poucas vezes alcançados ajudaria no cálculo de mudanças climáticas, na astronomia, geofísica e, até, no aprimoramento de tecnologias como o sistema de posicionamento global – o popular GPS.
Fomte: Ciência Hoje

Gene "Homer Simpson" deixa rato mais burro



Cientistas descobriram um gene que faz com que ratos fiquem mais inteligentes quando está desativado. Apelidado de "gene Homer Simpson", ele atua em uma parte do cérebro que regula o modo como os animais aprendem e formam novas memórias. O gene GS14 também está presente nos homens.

Os pesquisadores da Escola de Medicina Emory, nos EUA, afirmam que a eliminação do gene em camundongos fez com que eles ficassem mais hábeis em labirintos de navegação e em lembrar objetos. Os resultados foram publicados esta semana no site da Proceedings of National Academy of Science.

John Hepler, professor de farmacologia da Universidade disse: "A grande questão é por que nós, ou os ratos, temos um gene que nos faz menos inteligente - um gene de Homer Simpson?

"Eu acredito que não estamos vendo a imagem completa. O RGS14 pode ser parte do controle de uma parte do cérebro que, quando ausente ou deficiente, envia sinais importantes ao cérebro sobre aprendizagem e memória fora de equilíbrio. "

Os cientistas descobriram que a área do hipocampo do cérebro está envolvido no fortalecimento das conexões no cérebro que se formam quando uma nova memória é criada.

Os pesquisadores descobriram que em ratos com o gene RGS14 desligado, a região CA2, que se mostrou resistente à mudança, torna-se capaz de responder à estimulação elétrica e os neurônios tinham ligações fortes.

O gene alterado para reconhecer objetos também foi reforçado, em comparação com camundongos normais. Eles também aprenderam mais rapidamente a navegar por um labirinto de água para uma plataforma de escape por meio de lembranças de pistas visuais.

A falta do gene RGS14 não parece ferir os ratos alterados, disseram os pesquisadores.O cientista diz que o 'sonho' é elaborar uma maneira de desligar o gene, e melhorar o poder do cérebro.