sábado, 25 de dezembro de 2010

Para relaxar e se refestelar!!!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Cientistas japoneses criam rato que pia

  • Rato é modificado geneticamente para piar como pássaros

TÓQUIO, 21 dezembro 2010 (AFP) - Cientistas japoneses anunciaram nesta terça-feira a criação de um rato que pia como um pássaro, uma "evolução" produzida pela engenharia genética e com a qual esperam lançar novas luzes sobre as origens da linguagem humana.

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Osaka, no oeste do Japão, criou o animal, como parte do "Projeto Rato Evoluído", no qual os cientistas usam cobaias geneticamente modificadas propensas a mutações.

"As mutações são a força motriz da evolução. Cruzamos ratos geneticamente modificados por gerações para ver o que acontecia," disse à AFP o coordenador do estudo, Arikuni Uchimura.

"Verificamos os recém-nascidos um por um... Um dia encontramos o que chilreava como um pássaro", disse, esclarecendo que o "rato cantador" nasceu por acaso, mas esse traço será transmitido a futuras gerações.

"Surpreendeu-me porque esperava ratos diferentes fisicamente", explicou por telefone, acrescentando que, de fato, com o Projeto também foi criado um "rato com extremidades curtas e um rabo mais fino, como o de um cão dacshund".

O laboratório, dirigido pelo professor Takeshi Yagi, da Escola de Estudos Superiores de Biociências de Fronteira da Universidade de Osaka, conta atualmente com mais de 100 "ratos cantores" para futuras investigações.

A equipe espera que estes animais deem pistas sobre a evolução da linguagem humana.

Os cientistas descobriram que as aves utilizam diferentes elementos sonoros, que emitem juntos, em partes, como as palavras da linguagem humana, e depois "encadeiam" esses pedaços em "canções" sujeitas a certas regras linguísticas.

"Os ratos são mais fáceis de se estudar do que as aves, uma vez que são mamíferos e estão muito mais perto dos seres humanos em termos de estrutura cerebral e outros aspectos biológicos", disse Uchimura.

"Estamos vendo como um rato que emite novos sons afeta os do mesmo grupo... em outras palavras, se tem conotações sociais", disse, acrescentando que os comuns emitem guinchos, principalmente quando estão estressados.

Levando-se em conta que os ratos mutantes piam mais ou menos forte quando colocados em ambientes diferentes, ou quando os machos se acasalam com as fêmeas, seus gorjeios "podem ser uma espécie de expressão de suas emoções ou condições físicas", explicou Uchimura.

A equipe descobriu que os ratos normais que cresceram com os cantadores emitiam menos ultrassons que outros, podendo indicar que os métodos de comunicação podem ser propagados no mesmo grupo como um dialeto.

Fonte: AFP

Filhotes fêmeas de chimpanzé 'parecem brincar com bonecas'

  • Filhotes fêmeas de chimpanzés parecem tratar pedaços de pau como bonecas, carregando-os até terem seus próprios filhotes

    Filhotes fêmeas de chimpanzés parecem tratar pedaços de pau como bonecas, carregando-os até terem seus próprios filhotes

Cientistas americanos dizem que filhotes fêmeas de chimpanzés parecem tratar pedaços de pau como bonecas, carregando-os consigo até terem seus próprios filhotes.

Os pesquisadores, da universidade de Harvard, em Cambridge, Massachusetts, e do Bates College, em Lewiston, Maine, dizem que filhotes machos se comportam dessa forma com muito menos frequência.

O estudo, publicado pela revista científica Current Biology, é o primeiro a obter evidências de espécies não humanas, selvagens, brincando com bonecas rústicas. O trabalho também é o primeiro a observar diferenças na escolha de brinquedos por animais selvagens de sexos diferentes.

Os especialistas acreditam que o comportamento observado pode ser um indício de que a diferença na forma como meninos e meninas brincam teria um fundo genético - ou seja, as crianças não estariam simplesmente imitando o comportamento de outras.

Biologia

Os cientistas especulam que o hábito de brincar com bonecas, entre os humanos, poderia ter origem no hábito de carregar objetos entre os primeiros macacos.

"Em humanos, há diferenças marcantes na forma como crianças de sexos diferentes brincam com brinquedos, e elas são incrivelmente similares em diferentes culturas", disse a bióloga Sonya M. Kahlenberg, do Bates College.

"A socialização por adultos e outras crianças tem sido vista como a explicação principal, mas nosso estudo sugere que a biologia pode ter também um papel importante nas preferências por determinadas atividades".

Bonecas

Kahlenberg e o biólogo Richard W. Wrangham, de Harvard, passaram 14 anos observando o comportamento de chimpanzés no Kibale National Park, em Uganda, na África.

Eles identificaram mais de cem exemplos de animais carregando pedaços de pau. Em muitos casos, as fêmeas filhotes não estavam usando as varetas para procurar comida ou brigar - como os macacos adultos às vezes fazem - ou por qualquer outra razão clara.

Alguns filhotes carregavam as varetas para o ninho para dormir com elas e, em uma ocasião, um filhote construiu um ninho separado para a vareta.

"Vimos alguns casos de jovens chimpanzés carregando os pedaços de pau por muitos anos, e como às vezes eles os tratavam como bonecas, queríamos saber se, de maneira geral, esse comportamento representaria algo como brincar com bonecas", disse Wrangham.

"Se a hipótese das bonecas fosse correta, achávamos que as fêmeas deveriam carregar os pedaços de pau mais vezes do que os machos, e que os chimpanzés deveriam parar de carregar as varetas quando tivessem seus primeiros filhotes. Agora, observamos os jovens chimpanzés o suficiente para testar ambos os pontos".

Kahlenberg e Wrangham observaram algumas fêmeas adultas carregando pedaços de pau, mas apenas antes de se tornarem mães pela primeira vez. As evidências apontaram vínculos claros entre as brincadeiras infantis e o comportamento adulto, uma vez que, em 99% do tempo, as fêmeas, e não os machos, carregam os bebês chimpanzés.

"Obviamente, em humanos, os amigos, pais e outros (membros do grupo) têm um papel importante em influenciar as preferências das crianças por diferentes tipos de brinquedos, e o mesmo pode acontecer com os chimpanzés", disse Wrangham.

"Uma das coisas que tornam nossa descoberta tão fascinante é que existe pouca evidência de algo comparável em outras comunidades de chimpanzés. Isso levanta a possibilidade de que os chimpanzés estariam copiando uma tradição local de comportamento. Esse pode ser o caso de influências biológicas e sociais se combinando."

Fonte: BBC Brasil

Família neandertal canibalizada é encontrada em caverna na Espanha

  • Pelos estudos de DNA, os três homens, cujos ossos foram encontrados, eram irmãos e as três mulheres seriam suas esposas

    Pelos estudos de DNA, os três homens, cujos ossos foram encontrados, eram irmãos e as três mulheres seriam suas esposas

Arqueólogos descobriram os restos de uma possível família de 12 neandertais que foram mortos há 49 mil anos numa caverna da região de Astúrias, no norte da Espanha.

Segundo os pesquisadores, marcas nos ossos mostram sinais de atividade canibal, indicando que os indivíduos encontrados foram comidos por outros neandertais.

Detalhes da descoberta foram publicados na última edição da revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences.

Apesar de os fragmentos de ossos de seis adultos e seis crianças terem sido encontrados dentro da caverna, os arqueólogos acreditam que eles viviam e foram mortos na superfície, mas que teriam sido envolvidos pela caverna após um desabamento.

“Todos eles mostram sinais de canibalismo. Eles têm marcas de cortes em vários ossos, incluindo os crânios e as mandíbulas”, disse o arqueólogo Carles Lalueza-Fox, do Instituto de Biologia Evolucionária de Barcelona, que coordenou o estudo.

“Os ossos longos foram fragmentados para tirar o tutano, então todos os sinais de canibalismo que foram descritos em outros locais de neandertais estão presentes nesses indivíduos”, afirmou.

Família

A conclusão de que o grupo era uma família vem da análise do DNA mitocondrial, o material genético encontrado nas células animais passado pela linhagem feminina.

Os dados genéticos sugerem que enquanto os três adultos do sexo masculino no grupo tinham a mesma linhagem materna, as três mulheres do grupo tinham origens maternas diferentes.

Segundo os pesquisadores, isso mostraria que pelo menos nesta família de neandertais, as mulheres vieram de fora do grupo, enquanto que os homens permaneceram no grupo familiar ao chegar à idade adulta.

Esse modelo do que é chamado “patrilocalidade” é comumente visto em algumas culturas modernas, observa Lalueza-Fox, com os homens permanecendo na casa da família após o casamento com uma mulher de outro grupo.

Cientistas dizem ter criado teste para diagnóstico precoce de Alzheimer

Cientistas britânicos dizem ter encontrado uma maneira de diagnosticar o mal de Alzheimer anos antes dos primeiros sintomas.

Um exame de punção lombar combinado a uma ressonância magnética do cérebro poderiam identificar pacientes com os primeiros sinais de demência, segundo os pesquisadores.

Atualmente não há cura ou um exame único para detectar a doença, que afeta mais de vinte milhões de pessoas ao redor do mundo.

Os cientistas esperam que um diagnóstico precoce possa ser usado para selecionar pacientes para testar novos remédios e tratamentos contra a doença.

Encolhimento do cérebro

Apesar de haver muitos possíveis remédios e vacinas contra Alzheimer em fase de testes, é difícil aferir quão eficazes eles são porque frequentemente a demência só é diagnosticada quando já está em estágio mais avançado.

Jonathan Schott e a equipe do Instituto de Neurologia da University College London desenvolveram um método que permitiria fazer o diagnóstico nos primeiros estágios da Síndrome de Alzheimer, o tipo mais comum de demência.

Os exames checam duas coisas: o encolhimento do cérebro e a presença de níveis baixos de uma proteína, a amiloide, no líquido cérebro-espinhal.

Especialistas já sabem que em pacientes afetados pela síndrome há perda de volume no cérebro e um acúmulo incomum de amiloide no cérebro, o que significa menos amiloide no líquido cérebro-espinhal.

Voluntários

A equipe de cientistas decidiu então fazer os exames de punção lombar e ressonância do cérebro em 105 voluntários saudáveis.

Os resultados, publicados na revista científica Annals of Neurology, revelaram que os cérebros dos indivíduos com baixos níveis de amiloide no líquido cérebro-espinhal (38%) encolhiam duas vezes mais rápido que os cérebros dos demais.

Eles também tinham cinco vezes mais chances de possuir o gene de risco APOE4 e de ter níveis altos de outra proteína, chamada tau, que costuma ser associada a Alzheimer.

Apesar de ainda ser muito cedo para qualquer dos voluntários desenvolver a síndrome, os pesquisadores acreditam que suas suspeitas serão confirmadas no futuro.

Isso poderia permitir que os médicos verifiquem que drogas podem ser eficientes em impedir ou adiar o aparecimento dos sintomas de demência.

"Estamos de mãos atadas por nossa incapacidade de detectar Alzheimer com precisão, mas essas descobertas podem ser fundamentais", disse Rebecca Wood, do Alzheimer's Research Trust, organização que financiou a pesquisa.

"Sabemos que os tratamentos para muitas doenças são mais bem sucedidos se realizados cedo e isso também pode valer para Alzheimer."

Fonte: Ciência e saúde- Uol