O caqui é originário da China, de onde foi levado, há milênios, para outros países asiáticos. No Japão fez tanto sucesso que se transformou na fruta nacional do Ano-Novo, data que lá coincide com a colheita. Trazido do Oriente, ele chegou à América no final do século XIX, sendo introduzido no Brasil em 1890.
Foi apenas na década de 1920, pelas mãos dos imigrantes japoneses, que o caqui passou a ser mais intensamente cultivado no Brasil. Hoje, o maior produtor nacional é o estado de São Paulo, com 1 milhão de pés. E nos últimos anos a produção tem se desenvolvido de tal forma que o Brasil já está até exportando a fruta, ao lado de outros grandes produtores e exportadores, como Estados Unidos, Espanha e Israel.
Ficha do Ingrediente
Nome científico Diospyros kaki L.
Composição nutricional por
100 g (dependendo da variedade):
Calorias ..........................86,7 kcal
Carboidratos ........................20,9 g
Proteínas ............................0,46 g
Lipídios ..............................0,17 g
Fibras .....................................1 g
Cálcio ...................................4 mg
Vitamina A (retinol) ...........250 mcg
Vitamina B1(tiamina) ..........50 mcg
Vitamina B2 (riboflavina) ....45 mcg
Niacina .............................0,8 mg
Vitamina C (ác. ascórbico) 17,1mg
Potássio ........................124,2 mg
Os diversos tipos
Há uma infinidade de tipos de caqui. No Japão estão catalogados mais de oitocentos e na China fala-se em milhares. Mas de modo geral pode-se dizer que existem duas grandes variedades: taninosos e não-taninosos.
Os taninosos você conhece bem. São aqueles que, por possuir grande teor de tanino, "amarram" na boca quando não estão totalmente maduros. Preferidos dos brasileiros, têm a polpa macia, a forma esférica achatada e coloração quase vermelha. Como são muito delicados e de vida curta, têm de ser colhidos antes de totalmente maduros. Você compra e deve consumir logo, senão eles perdem sabor e textura. Na geladeira conservam-se no ponto por mais ou menos uns três dias. Mas atenção: só lave na hora de consumir. Os principais tipos de caqui taninoso cultivados no Brasil são o Taubaté, o Pomelo e o Rubi.
E os caquis não-taninosos? São aqueles com polpa mais firme, mais amarelos quando maduros e que podem ser consumidos sem nenhum tratamento. Muito doces, duram cerca de dez dias e são cada vez mais procurados no Brasil, inclusive para saladas, cortados em tiras bem fininhas. As principais variedades produzidas no Brasil são a Fuyu, a Jiro e a Fuyuhana. A Fuyu é a espécie não-taninosa mais cultivada no país e a mais vendida para o exterior.
Há ainda um terceiro grupo de caquis - o dos caquis variáveis -, que tanto podem ter polpa amarela e não possuir sementes nem tanino, como ter polpa escura com sementes e tanino. As principais variedades desse tipo de caqui são a Rama Forte, a Giombo e a Kaoru.
A saúde agradece
Como a grande maioria das frutas, o caqui tem boas quantidades de sais minerais e vitaminas (especialmente A, C e do Complexo B).Conheça alguns benefícios destas vitaminas:
Vitamina A - Ajuda a manter a boa visão, contribui para a saúde da pele e mucosas e promove o crescimento.
Vitamina C - Ajuda na cicatrização, aumenta a resistência a infecções e auxilia na absorção de ferro pelo organismo, quando ingerida juntamente com alimentos ricos nesse mineral.
Os diversos tipos
Vitaminas do Complexo B - Ajudam a transformar em energia os nutrientes que ingerimos e contribuem para a formação de células e órgãos.
sábado, 27 de março de 2010
Caqui: uma delícia do oriente
Postado por Rejane Cardoso às 11:57 0 comentários
Marcadores: Bioquímica, Nutrição
Cientistas detectam nova forma biológica de produzir oxigênio
Até agora eram conhecidos três formas biológicas de se produzir oxigênio: a fotossíntese e outros dois regimes em que as células produzem oxigênio, normalmente para o seu próprio uso interno, recorrendo a enzimas que quebram substâncias que contenham oxigênio, como os cloratos.Cientistas decifraram a sequência genética completa da Methylomirabilis oxyfera
Porém, recentemente foi descoberta uma bactéria capaz de produzir oxigênio através de um novo truque metabólico que lhe permite consumir o metano encontrado em sedimentos pobres em oxigênio, anuncia a “Science”.
Esta nova via proporciona outras possibilidades para a compreensão de como e onde o oxigénio pode ser criado, sendo que, de acordo com Ronald Oremland, um geomicrobiologista americano que não está envolvido neste estudo, estes resultados poderão mesmo ter implicações na criação de oxigênio noutras partes do sistema solar.
Katharina Ettwig, microbiologista da Radboud University Nijmegen (Holanda), e a sua equipe estudaram bactérias localizadas em sedimentos pobres em oxigênio, retirados de canais e valas de drenagem perto de zonas agrícolas na Holanda. Descobriram assim que, em alguns casos, estes organismos, que foram apelidados de Methylomirabilis oxyfera, conseguiam consumir metano, um processo que requer oxigênio, apesar da escassez deste elemento químico no seu ambiente.
A Methylomirabilis oxyfera consegue sobreviver na lama, um ambiente inóspito para outras bactérias que consomem metano |
O próximo passo que estes cientistas pretendem dar é isolar a enzima ou as enzimas que possibilitam a produção de oxigênio e explicar o seu funcionamento, pois ao produzirem o seu próprio oxigênio, as bactérias podem tirar proveito de um método de energia muito mais eficiente ao consumir metano, pelo que podem crescer e proliferar mais rapidamente.
Não é claro ainda se esta nova forma de produção de oxigénio é uma adaptação biológica recente ou se é antiga e surgiu quando a atmosfera da Terra era rica em metano e pobre em oxigénio.
Postado por Rejane Cardoso às 11:34 0 comentários
Corações de peixes-zebra que se auto-regeneram podem ser exemplo para mamíferos
Investigadores descobriram que são os cardiomiócitos que permitem a regeneraçãoCoração de peixe-zebra regenera-se no espaço de um mês
Os cientistas acreditam que os mamíferos não estão tão distantes desse processo. Os corações humanos são incapazes de se regenerar. Depois de um ataque cardíaco, o músculo saudável é substituído por tecido com cicatrizes que não volta a contrair-se. No entanto, antes da bomba cardíaca se esgotar, as células do coração entram num estado de hibernação para tentarem salvar-se.
Este comportamento sugere que a regeneração nos mamíferos pode não ser uma utopia, acredita Juan Carlos Izpisúa, um dos investigadores. Até agora, todas as tentativas de recuperar corações em humanos depois de um ataque cardíaco centram-se na utilização de células mãe provenientes da gordura, do músculo cardíaco ou da medula óssea.
A maneira pela qual a natureza trata o coração danificado parece ser muito mais simples. A ideia seria tentar imitar o que acontece no peixe-zebra. Evitar o implante de células exteriores e tentar ativar a regeneração endógena pela diferenciação dos cardiomiócitos já existentes. Isso poderia ser feito, por exemplo, utilizando compostos químicos.
A equipe de investigação começou já à procura de moléculas para um dia dar “impulso” à natureza e permitir o uso de medicação.
Fonte: Ciência Hoje PT
Postado por Rejane Cardoso às 11:19 0 comentários
Marcadores: Farmacologia
sexta-feira, 26 de março de 2010
África: Origem do Homem
Na África, na região que atravessa a Etiópia, o Quênia e a Tanzânia, foram encontrados os mais antigos fósseis de ancestrais humanos, como diversos fósseis de Australopithecus, que viveu no continente desde pelo menos 7 milhões de anos, bem como da espécie mais evoluída do Homo habilis (desde antes de 3 milhões de anos) e do Homo erectus (desde 2 milhões de anos). Ali viveram, diversas linhagens paralelas de nossos ancestrais, que entrelaçaram até desembocarem no homem moderno. Existem fortes indícios de terem sido os descendentes do Homo erectus os primeiros e povoarem outros continentes, pois até agora, já foram encontrados fósseis dessa espécie em várias regiões da Europa, em Java, na China, no Iraque etc. Do Homo erectus teriam evoluído o homem de Neanderthal (denominação dos fósseis encontrados desde 1856 na gruta de Neanderthal, perto de Düsseldorf, Alemanha), o homem de Cro-Magnon (denominação dos fósseis encontrados em 1868 em Cro-Magnon, Dordogne, na França) e a espécie humana atual com todas as suas variações, em um processo ocorrido ao longo dos últimos 500 mil anos.
Fósseis do homem moderno conhecido como Homo sapiens sapiens, tem sido encontrados em diversas partes do mundo, mas alguns pesquisadores apontam como os mais antigos, os da África, que datam de 200 mil anos, ao passo que os de outros lugares teriam menos de 100 mil anos. Entre esses achados africanos destacam-se os da África do Sul (região de Klaisies River Mouth) e os de Kanjera, no Quênia. Adimitindo-se essa origem africana do homem moderno, acredita-se que, há cerca de 100 mil anos, indivíduos Homo sapiens sapiens empreenderam uma nova migração, dessa vez para todas as outras partes do mundo, suplantando ou incorporando outras linhagens. Colaborando com essa versão, certas pesquisas genéticas, apoiadas em estudos de DNA, ressaltam “que todos os indivíduos investigados descendem de um só ancestral – de uma única Eva –, que viveu na África entre 143 mil e 285 mil anos. As teorias da origem humana suscitam muitas divergências entre os estudiosos, assim como a determinação de rotas migratórias e datas – quanto a essa última polêmica, há os que defendem, com base em pesquisas genéticas, ser de aproximadamente 500 mil anos a origem da “Eva africana”.
Postado por Rejane Cardoso às 15:40 2 comentários
Marcadores: evolução e genética
Cientistas identificam novo ancestral do homem na Sibéria
Cientistas alemães identificaram o que pode ser um novo ancestral do homem a partir da análise genética de ossos encontrados em uma caverna na Sibéria, segundo um estudo publicado na edição desta quarta-feira da revista científica Nature.
O fóssil, encontrado na caverna Denisova, nas montanhas Altai, em 2008, seria de um dedo da mão de um hominídeo de cerca de seis anos que viveu na Ásia Central entre 30 mil e 48 mil anos atrás.
Os cientistas do Instituto Max Planck de Antropologia Evolucionária de Leipzig, na Alamenha, fizeram uma análise do DNA mitocondrial do fóssil e compararam com o código genético de humanos modernos e do homem de Neandertal.
Os resultados sugerem que o material corresponde a uma migração procedente da África desconhecida até agora e distinta das protagonizadas a partir do continente africano pelos antepassados do homem de Neandertal e dos humanos modernos.
X-Woman
O DNA não é o mesmo dos seres humanos ou neandertais, duas espécies que viveram na área na mesma época. Testes sugerem que o DNA do fóssil siberiano pertence a uma nova espécie, não sendo igual ao de outros hominídeos conhecidos.
O material genético encontrado no fóssil seria muito novo para ser descendente do Homo erectus, que partiu da África em direção à Ásia há cerca de 2 milhões de anos ou muito antigo para descender do Homo heidelbergensis, que teria se originado há cerca de 650 mil anos.
"Quem quer que tenha carregado esse genoma mitochondrial para fora da África há cerca de um milhão de anos é alguma criatura nova que ainda não havia aparecido no nosso radar", disse o professor Svante Paabo, co-autor do estudo, ao lado do cientista Johannes Krause.
A pesquisa contribui para um cenário mais complexo da humanidade durante o final do período Pleistoceno, quando os humanos modernos deixaram a África para colonizar o restante do mundo.
Já é conhecido que os humanos podem ter vivido simultaneamente com os Neandertais na Europa, aparentemente por mais de 10 mil anos. Mas em 2004, pesquisadores descobriram que uma espécie anã dos humanos, conhecida como "Hobbit", viveu na ilha das Flores, na Indonésia, até 12 mil anos atrás - muito tempo depois de os humanos modernos terem colonizado a área.
Convivência
A pesquisa contribui para um cenário mais complexo do período Pleistoceno, quando os humanos modernos saíram da África para colonizar o restante do mundo.
O professor Clive Finlayson, diretor do Museu Gibraltar, já disse que havia "uma série de populações humanas espalhadas por partes da África, Eurásia e Oceania".
"Alguns teriam sido geneticamente relacionados, se comportando como subespécies, enquanto outras populações mais extremas podem ter se comportado como espécies com nenhum ou pouco cruzamento híbrido", disse.
Neandertais aparentemente viveram na caverna Okladnikov, nas montanhas Altai, há cerca de 40 mil anos. Uma equipe de pesquisadores liderada pelo professor Anatoli Derevianko, da Academia Russa de Ciências, também encontrou provas da presença de humanos modernos que viveram na região no mesmo período.
"Outra questão intrigante é se pode ter havido convivência e interação não apenas entre Neandertais e humanos modernos na Ásia, mas também, agora, entre essas linhagens e a recém descoberta", afirmou o professor Chris Stringer, pesquisador de origens humanas do Museu de História Natural de Londres.
"A distinção entre os padrões do DNA mitocondrial sugere, até agora, que houve pouco ou nenhum cruzamento entre espécies, mas serão necessárias mais dados de outras partes do genoma dos fósseis para que se chegue a conclusões definitivas", afirmou.
Segundo ele, o estudo é "um desenvolvimento instigante".
Fonte: BBC Brasil
Postado por Rejane Cardoso às 15:28 0 comentários
quarta-feira, 24 de março de 2010
Estudo ainda em fase experimental indica que algina reduz absorção de gordura
Algas marinhas contêm algina |
Os investigadores esperam utilizar esta fibra em vários produtos no sentido de trazer benefícios para a saúde. A ideia é introduzi-la em alimentos de consumo diário, como pão, bolachas ou iogurtes.
No laboratório, os cientistas utilizaram um intestino artificial para as experiências. Testaram a eficácia de mais de 60 fibras naturais, medindo a quantidade de gordura absorvida.
O próximo passo será recrutar voluntários para estudarem se os resultados do laboratório podem ser reproduzidos em pessoas e se esse tipo de comida pode ser aceitável como parte da dieta comum. Os investigadores já experimentaram adicionar este ingrediente ao pão e os resultados foram animadores.
Esta investigação faz parte de um projecto de três anos do Conselho de Investigação de Ciências Biológicas e Biotecnológicas do Reino Unido. O projecto vai de encontro aos novos regulamentos da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar, que determinam que as informações contidas nos rótulos dos produtos devem ser comprovadas cientificamente.
Postado por Rejane Cardoso às 07:23 0 comentários
Genética humana influencia transmissão de Paludismo
Hemoglobina C aumenta três vezes mais risco de infecção
Maioria de infectados são crianças africanas |
O ciclo de transmissão não é discreto. Aliás, o número de casos de óbitos declarados ascende os 70 por cento, entre 2000 e 2006 (segundo a ONU). O Paludismo é uma das doenças que mais mata no planeta e chega a um milhão de mortos no mundo, sendo que a maioria são crianças africanas.
A maleita é provocada por parasitas do tipo Plasmodium e transmitida por intermédio de picadas de mosquitos infectados. O ciclo de transferência é subtil já que os próprios insectos se infectam a eles quando atacam um ser humano já portador do vírus.
Quando a doença já está em desenvolvimento no organismo humano, o parasita multiplica-se no sangue. Alguns tipos de hemoglobina mutantes (HbC e HbS) podem proteger contra um Paludismo agravado. Tendo em conta este fenómeno, os investigadores do IRD em parceria com colegas africanos e italianos decidiram tentar perceber se estas variações de hemoglobina influenciam a transmissão do parasita do homem aos mosquitos vectores.
Parasitas do tipo Plasmodium transmitidos através de picadas |
Neste contexto, quatro mil pessoas, habitantes no Oeste da África rural, foram alvos de um estudo parasitológico; assim como experiências de transmissão experimental com seis mil mosquitos ‘in vivo’ – que picam homens com diferentes tipos de hemoglobina – e ‘ex-vivo’ – que se alimentam através de uma membrana de sangue com variações genéticas.
Como resultado, os investigadores constataram que o risco de transmissão de Plasmodium falciparum, do ser humano para o insecto, aumenta três vezes mais quando o sangue infectado provém de indivíduos com hemoglobina C.
Fonte: Ciência Hoje PT
Embora ainda falte esclarecer alguns mecanismos, a conclusão do trabalho mostra que a variação genética influencia o tipo de resistência que cada indivíduo pode ter perante uma determinada doença infecciosa, mas a dinâmica de transmissão também tem o seu peso. Entretanto, a equipa de investigação irá prosseguir com mais estudos na outra extremidade do país africano.
Postado por Rejane Cardoso às 07:20 0 comentários
Marcadores: genética
Patos podem «salvar» outras aves da gripe
Investigadores querem transferir gene de resistência ao vírus das aves aquáticas para os galos
Uma equipe de investigadores do Hospital Infantil Saint Jude, em Memphis (EUA) identificou uma proteína que proporciona aos patos uma resistência natural à infecção pelo vírus da gripe.Investigadores identificam proteína que dá aos patos resistência natural à infecção pelo vírus da gripe
Os autores da descoberta, agora publicada na «Proceedings of the National Academy of Sciences» (PNAS), sugerem que a proteína poderá ser transferida para as células de galináceos para conseguirem produzir uma resposta imune semelhante.
Tanto os patos como outras aves aquáticas selvagens são portadores naturais de subtipos de vírus influenza, responsáveis por várias epidemias de gripe das aves no ser humano. As aves selvagens não costumam ficar doentes quando infectadas com gripe, mas as galinhas e outras aves domésticas podem morrer.
A equipe dirigida por Katherine Magor examinou o papel do sensor viral RIG-I, um receptor patogénico que detecta a gripe e desencadeia uma resposta imunitária anti-viral do organismo. Os investigadores demonstraram que enquanto os patos têm um receptor RIG-I intacto e funcional que se activa durante uma infecção do vírus da gripe A, os galos não.
Os autores descobriram que transferir RIG-I dos patos para células embrionárias dos galos permite que estas detectem uma infecção do vírus e possam induzir uma resposta anti-viral.
A descoberta deste gene de resistência natural à doença pode permitir que os investigadores criem frangos transgénicos com maior resistência à gripe.
Fonte: Ciência Hoje PT
Postado por Rejane Cardoso às 07:11 0 comentários
segunda-feira, 22 de março de 2010
Simplesmente água
A água é um elemento composto por dois átomos de hidrogênio (H) e um de oxigênio (O), formando a molécula de H2O. É uma das substâncias mais abundantes em nosso planeta e pode ser encontrada em três estados físicos: sólido (geleiras), líquido (oceanos e rios), e gasoso (vapor d’água na atmosfera).
Aproximadamente 70% da superfície terrestre encontra-se coberta por água. No entanto, menos de 3% deste volume é de água doce, cuja maior parte está concentrada em geleiras (geleiras polares e neves das montanhas), restando uma pequena porcentagem de águas superficiais para as atividades humanas. A água está distribuída da seguinte forma no planeta Terra:
- 97,5% da disponibilidade da água do mundo estão nos oceanos, ou seja, água salgada.
- 2,5% de água doce e está distribuída da seguinte forma:
- 29,7% aquíferos;
- 68,9% calotas polares;
- 0,5% rios e lagos;
- 0,9% outros reservatórios (nuvens, vapor d’água etc.).
O Dia Mundial da Água foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1992, sendo comemorado no dia 22 de março.
A água é de fundamental importância para a vida de todas as espécies. Aproximadamente 80% de nosso organismo é composto por água. Boa parte dos pesquisadores concorda que a ingestão de água tratada é um dos mais importantes fatores para a conservação da saúde, é considerada o solvente universal, auxilia na prevenção das doenças (cálculo renal, infecção de urina, etc.) e proteção do organismo contra o envelhecimento.
Porém, está havendo um grande desperdício desse recurso natural, além de seu uso ser destinado principalmente para as atividades econômicas. Atualmente, 69% da água potável é destinada para a agricultura, 22% para as indústrias e apenas 9% usado para o consumo humano.
A poluição hídrica é outro fator agravante, os rios são poluídos por esgotos domésticos, efluentes industriais, resíduos hospitalares, agrotóxicos, entre outros elementos que alteram as propriedades físico-químicas da água.
Ciclo da água
O ciclo da água, também conhecido como ciclo hidrológico, consiste no processo dinâmico de diferentes estágios da água. Para melhor compreensão deste ciclo podemos iniciar sua explicação através da evaporação da água dos oceanos. O vapor resultante das águas oceânicas é transportado pelo movimento das massas de ar. Sob determinadas condições, o vapor é condensado, formando as nuvens, que por sua vez podem resultar em precipitação. A precipitação pode ocorrer em forma de chuva, neve ou granizo. A maior parte fica temporariamente retida no solo, próxima de onde caiu, e finalmente retorna à atmosfera por evaporação e transpiração das plantas. Uma parte da água resultante, escoa sobre a superfície do solo ou através do solo para os rios, enquanto que a outra parte infiltra profundamente no solo e vai abastecer o lençol freático.
Água no Brasil
O Brasil é um país privilegiado com relação à disponibilidade de água, detém 53% do manancial de água doce disponível na América do Sul e possui o maior rio do planeta (rio Amazonas). Os climas equatorial, tropical e subtropical que atuam sobre o território, proporcionam elevados índices pluviométricos. No entanto, mesmo com grande disponibilidade de recursos hídricos, o país sofre com a escassez de água potável em alguns lugares. A água doce disponível em território brasileiro está irregularmente distribuída: aproximadamente, 72% dos mananciais estão presentes na região amazônica, restando 27% na região Centro-Sul e apenas 1% na região Nordeste do país.
Outro fator agravante é a ausência de saneamento básico nas residências da população brasileira. Atualmente, 55% da população não tem água tratada nem saneamento básico. Políticas públicas devem ser desenvolvidas para reverter esse quadro. Pesquisas indicam que para cada R$ 1,00 investido em saneamento, o governo deixa de gastar R$ 5,00 em serviços de saúde, ou seja, são investimentos que proporcionam qualidade de vida para a população e economia aos cofres públicos em curto prazo.
Possíveis atitudes para reduzir o desperdício de água:
- Aproveitar as águas da chuva, armazenado-as de maneira correta;
- Fechar a torneira enquanto escova os dentes;
- Reaproveitar o papel. Isso é muito importante, pois para produzir papel gasta-se muitos litros de água;
- Acabar com o pinga-pinga da torneira. Uma torneira gotejando, gasta, em média, 46 litros de água por dia;
- Reduzir o consumo doméstico de água potável;
- Não contaminar os cursos d’água;
- Agir como consumidores conscientes e exigir que as empresas produzam detergentes e produtos de limpeza que diminuam a poluição do meio ambiente (biodegradáveis);
- Evitar o desperdício, cuidando dos vazamentos de água, e não lavar as calçadas utilizando água potável;
- Ao tomar banho, devemos desligar o chuveiro ao ensaboar, pois uma ducha chega a gastar mais de 16 litros de água por minuto.
Todas essas mudanças de hábitos são pequenas, no entanto, geram grandes diferenças. Faça você a sua parte, contribua para a preservação do bem mais valioso da Terra.
Postado por Rejane Cardoso às 06:58 0 comentários
Conta Social: Dia Mundial da Água
Rio - Dia Mundial da Água é comemorado hoje, 22 de março. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil está bem na fita em quantidade: tem 11,6% de toda a água doce do planeta. Mas, no contexto, o horizonte não é dos melhores. Pesquisa da Agência Nacional de Águas (ANA) aponta que a demanda nas regiões metropolitanas é maior que a produção atual. Para evitar escassez em 15 anos, é preciso investir R$ 27,7 bilhões. Para Sergio Belleza, gerente da Divisão de Tratamento de Águas da Argal Química, a solução está em empresas e programas de conscientização. “O uso racional da água tem que ser visto como fator urgente e prioritário. Além disso, as empresas têm que estar atentas à implantação dos modernos sistemas de reuso de água”, diz.
A coluna Conta Social reúne aqui alguns exemplos empresariais que nos deixam em bons lençóis. A Fábrica da Souza Cruz, em Uberlândia, começou a captar água da chuva, que é armazenada em lago artificial para a indústria. Segundo a empresa, mais de 110 milhões de litros são reciclados por ano — economia para o abastecimento de 500 famílias no período. Se, antes, a Amazônia era a palavra da moda, ao se falar de água, agora, descobriu-se que é no Cerrado que estão as nascentes dos rios. “Muitas pessoas ainda reconhecem o Cerrado como bioma de clima seco e sem vida. Poucos sabem que é a maior fonte geradora de água doce do País”, explica a diretora executiva da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, Malu Nunes. Com essa preocupação, a fundação mantém duas reservas no Cerrado — Santo Morato e Tombador.
E você o que tem feito, qual a sua melhor colaboração nesse aspecto.?
Postado por Rejane Cardoso às 06:32 0 comentários
domingo, 21 de março de 2010
Já é possível ler memórias
Exame detalhado da actividade cerebral permite leitura da mente
Um grupo de investigadores britânicos avançou, num artigo publicado na edição online da «Current Biology», que através de um exame detalhado da actividade cerebral se pode, efectivamente, ler a mente humana.
A equipa de trabalho da University College London, Reino Unido, descobriu que é possível diferenciar a actividade cerebral ligada a diferentes lembranças e, desta forma, identificar padrões de pensamento utilizando a Ressonância Magnética funcional (fMRI). Segundo o estudo, os cientistas conseguem dizer qual a memória do passado que uma determinada pessoa evoca a partir, unicamente, do padrão de uma actividade cerebral.
Eleanor Maguire, líder da investigação, explica que a tecnologia permite “detectar vestígios de lembranças específicas na memória episódica” [recordações de eventos quotidianos]. "As nossas lembranças estão representadas no hipocampo e agora que sabemos onde estão, temos a oportunidade de entender como é que são armazenadas e como podem mudar com o tempo", acrescentou.
A mesma equipa participou num estudo, em 2009, onde demonstrou ser capaz de determinar a localização de uma pessoa dentro de uma sala de realidade virtual, analisando apenas os seus sinais cerebrais.
A experiência
Cérebro visto através de Ressonância Magnética funcional |
Como resultado, perceberam que os padrões poderiam ser identificados para prever com precisão em que filme estaria a pensar uma determinada pessoa. Os vestígios de lembranças episódicas identificáveis, reforçaram descobertas anteriores, que provam que exames de ressonância similares podem determinar imagens vistas por um indivíduo mediante a actividade cerebral.
Postado por Rejane Cardoso às 06:40 0 comentários
Lesões na amígdala cerebelosa tornam pessoas incautas
Órgão é inibidor de comportamentos com resultados negativos
Órgão provoca aversão a perdas |
Últimos resultados, referentes a uma investigação realizada pelo University College London (Reino Unido) e publicado na «Proceedings of the National Academy of Sciences», reuniu pessoas com várias lesões neste órgão e demonstrou que existe uma maior tendência para estes apostarem dinheiro quando as potenciais perdas são maiores do que os benefícios.
Os participantes estavam sempre perante as mesmas opções de ganhar e perder (50 por cento de probabilidades), mas as quantidades de dinheiro variavam. Cada um recebeu 50 dólares (perto de 45 euros) virtuais e aceitou ou declinou 256 apostas em que podia, por exemplo, ganhar 20 dólares ou perder cinco – um risco que grande parte das pessoas correria – ou ganhar 20 e perder 15 – uma situação que seria normalmente recusada.
As voluntárias, duas mulheres de 23 e 43 anos, com lesões na amígdala cerebelosa, tinham mais tendência para apostar em situações em que poderiam perder muito dinheiro do que outras pessoas saudáveis e com o mesmo perfil sócio-económico.
Os sujeitos com controlo mostravam aversão por perdas, um comportamento em que se evitam potenciais perdas de capital. Segundo Benedetto De Martino, investigador e autor do estudo, “no caso de um jogo semelhante a «Quem quer ser milionário», em que se está na pergunta de 500 mil libras, mas se não sabe a resposta e arrisca, regressa para o patamar das 32 mil libras, (caso não tenha mais ajudas). Depois basta uma resposta correcta para chegar a um milhão. O mais provável seria a maior parte das pessoas decidir ficar com as 500 mil libras e vir embora”.
Quem sofre de lesões tem mais probabilidade para apostar |
No entanto, quem tiver lesões neste órgão, escolhe o risco com maior frequência. “Este tipo de comportamento não determina um aumento de apetite pelo risco, mas sim, uma predisposição maior em aceitar apostas mistas, ou seja, têm menos aversão pela perda”, explicam os autores no artigo publicado.
Ralph Adolphs, um dos investigadores e docente em Psicologia e Neurociência no Instituto de Tecnologia da Califórnia, sublinha que "uma amígdala normal nos torna mais cautelosos – este órgão está implicado no processamento do medo, e por isso, também influencia o facto de se temer perder dinheiro”.
A amígdala controla um mecanismo biológico geral que inibe comportamentos com potenciais resultados negativos, que estão na origem de respostas emocionais inconscientes.
Postado por Rejane Cardoso às 06:36 0 comentários
O que é que te passa pela cabeça?
Estamos em Março e vamos iniciar mais uma Semana do Cérebro. Enquanto o coração tem um mês inteiro a si dedicado, o que é inteiramente merecido, o cérebro tem apenas semana. É certo que as doenças cardiovasculares são a maior causa de morte no mundo ocidental. Mas todos sabemos que sem função cerebral não há vida. Assim, uma semana parece demasiado pouco, tanto mais que muitas vezes andamos distraídos, com o cérebro ocupado a pensar na crise, na chuva excessiva ou na face oculta. Talvez tenhamos o coração preenchido, talvez apertado... talvez o coração tenha razões que a própria razão desconhece... mas é o cérebro que nos faz o que somos.
Então e porquê a semana do cérebro? É uma máquina fantástica que controla todas as nossas funções, desde as mais básicas às mais complexas, como a consciência e as emoções. Em 1,5 kg, um emaranhado perfeito de 100 mil milhões de neurónios comunica freneticamente, disparando em várias direcções, enviando sinais e mensagens e processando uma quantidade imensa de informação. Numa altura em que, por causa do envelhecimento, assistimos a um aumento do número de casos de doenças que afectam o cérebro, como Alzheimer ou Parkinson, devemos alertar para estes problemas e para as soluções.
A Semana do Cérebro é uma campanha global que pretende chamar a atenção para os avanços e benefícios da investigação que é feita sobre o cérebro. Universidades, hospitais, grupos de doentes, escolas, associações e várias outras instituições por todo o mundo “celebram o cérebro”.
Em Portugal, a Sociedade Portuguesa de Neurociências, a Sociedade Portuguesa de Neurologia e a Ciência Viva são as grandes promotoras das várias actividades que serão desenvolvidas. Entre 14 e 20 de Março, os investigadores vão às escolas, os alunos visitam os institutos de investigação, e dá-se assim asas à imaginação.
No Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa, a exemplo do que acontece um pouco por todo o país, os grupos de investigação em neurociências promovem um roteiro sobre algumas das áreas de investigação que desenvolvem – “O que é que te passa pela cabeça?” é o tema do roteiro que vai envolver várias experiências “hands on” com equipamentos sofisticados para ver neurónios em funcionamento, para ver modelos de doença de Parkinson em leveduras, ou para, simplesmente, deixar que o cérebro mostre a nossa veia artística.
Postado por Rejane Cardoso às 06:32 0 comentários
O cérebro define nosso gosto pela música
Postado por Rejane Cardoso às 05:12 0 comentários
Marcadores: música, neurobiologia