sexta-feira, 7 de maio de 2010

Invasão de rãs causa pânico em localidade na China

Uma invasão de cerca de 10 mil rãs em uma localidade do sudoeste da China causou o pânico entre a população, que relacionou a praga com a chegada de um possível terremoto.

Os animais chegaram na última terça-feira, no começo da manhã, à localidade de Taiping, na província de Sichuan, informou o jornal Xin Beijing.

Segundo uma testemunha de sobrenome Yang, "milhares de pequenas rãs apareceram por uma pequena estrada da localidade e formavam uma fila de 200 metros de comprimento e 50 centímetros de largura".

Especialistas em meio ambiente tentaram acalmar a população, garantindo que a invasão das rãs aconteceu devido ao calor. "As rãs se juntam pela manhã ou ao entardecer para migrarem a outros lugares, pois buscam ambientes mais frescos", explicou Zhao.

Além disso, Wang Li, subdiretor da Administração de Terremotos de Sichuan, acrescentou que "este fenômeno é normal e não tem relação com terremotos".

Em 2008, a província de Sichuan sofreu um terremoto de magnitude 8 na escala Richter, causando 90 mil mortes e desaparecimentos.

Fonte: EFE

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Maré negra ameaça espécies

Todos os anos 500 milhões de aves atravessam o Golfo do México durante a Primavera

Pelicano-pardo, um dos símbolos do Luisiana
Pelicano-pardo, um dos símbolos do Luisiana
A maré negra ameaça mais de 400 espécies que dependem do frágil ecossistema do delta do Mississippi, duramente castigado há cinco anos pelo furação Katrina.

A mancha de petróleo causou até agora poucos danos nos pântanos que se espalham por 12 mil quilómetros quadrados a sul de Nova Orleães. No entanto, os especialistas advertem que os efeitos podem ser devastadores a partir da próxima semana.


Calcula-se que até 25 milhões de aves podem passar a cada dia no corredor migratório do Golfo do México nesta época do ano (500 milhões ao longo de toda a Primavera, segundo um estudo da Universidade Estatal do Luisiana).

Espécies como o pelicano-pardo ou a garça-vermelha estão gravemente ameaçados pelo impacto da maré que pode afectar até vinte reservas de vida selvagem. Há sete anos, um pequeno derrame que atingiu a ilha de Breton chegaram a morrer 800 pelicanos-pardos, a ave por excelência do Luisiana.

“A época de reprodução começa precisamente nestas datas e muitos casais estão a incubar novos ovos”, adverte Melanie Driscoll, da Iniciática Costeira do Luisiana. “Para os pássaros, este desastre não podia ocorrer em pior altura, muitos deles são de nidificação na área onde o petróleo pode acumular-se para chegar até à costa. Temos de estar preparados para o pior − enfrentamos uma autêntica catástrofe nas costas do Luisiana, Mississippi, Alabama e Florida”.

Mamíferos ameaçados

Golfinhos também estão ameaçados
Golfinhos também estão ameaçados
“Mais de cinco mil golfinhos estão na zona do Golfo do México, prestes a dar à luz as suas crias”
, alerta Moby Solangi, director do Centro para o Estudo dos Mamíferos Marinhos em Gulfport.

A mancha de crude poderia dizimar também os bancos de atum rabilo, afectar as populações de cachalotes e várias espécies de tartarugas marinhas que desovam nas praias do golfo por esta época. O Golfo do México é também o principal fornecedor de gambas, ostras e caranguejos azuis dos Estados Unidos.

Catástrofe sem precedentes

Ontem, Barack Obama afirmou que a maré negra, causada pela explosão de uma plataforma petrolífera a 20 de Abril, é “uma catástrofe ecológica que talvez não tenha precedentes”.

A mancha de óleo já começou a atingir a costa do Louisiana, durante o fim-de-semana e espera-se que atinja mais áreas, caso os ventos continuem para Sudeste.

Mancha de petróleo (Crédito: NASA)
Mancha de petróleo (Crédito: NASA)
O estado de emergência foi decretado em várias zonas, mas a maré negra está fora de controlo. Entretanto, a companhia petrolífera British Pretoleum (BP) já assumiu que tomará
"todas as medidas possíveis" para conter a expansão do vazamento de petróleo no Golfo do México.

A BP terá de se responsabilizar pelo sucedido e assumir os custos – ainda por calcular – de limpeza da área.

A explosão e afundamento da plataforma provocaram uma enorme maré negra, devido ao derrame de mais de 800 mil litros de crude. A pesca já foi proibida e irá manter-se durante mais dez dias.
Fonte: Ciência Hoje.

Humanos podem criar morfina

Testes à urina de ratos prova que organismo produz quantidade pequena e estável do químico
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Segundo um estudo publicado hoje na Proceedings of the National Academy of Sciences, o corpo humano produz uma pequena e estável quantidade natural de morfina.

Vestígios de químicos são frequentemente encontrados na urina de ratos e humanos, deixou os cientistas a questionarem-se se a droga teria sido naturalmente produzida ou introduzida externamente pela comida ou ambiente.
A nova descoberta mostra que os ratos produzem “um bloqueador de dor incrível” − e que os humanos e outros mamíferos possuem o mesmo mecanismo químico para a produzir, afirma o co-autor do estudo Meinhart Zenk, que investiga fármacos baseados em plantas no Donald Danforth Plant Center em St Louis, no Missouri, nos Estados Unidos.


No estudo, os investigadores injectaram nos ratos uma dose extra de um químico natural do cérebro chamado tetrahydropapaveroline (THP), que os humanos também são capazes de produzir.

Utilizando um espectrómetro para analisar a urina dos ratos, a equipa de investigadores conseguiu provar que o THP passou por alterações químicas no organismo que criaram morfina.

Meinhart Zenk, do Donald Danforth Plant Center
Meinhart Zenk, do Donald Danforth Plant Center
Mas há mais: a forma como os ratos produzem morfina é muito idêntica ao modo como fazem as papoilas (as únicas plantas produtoras de morfina conhecidas cientificamente).

Auto-defesa do organismo

No entanto a “grande questão é: Para que serve?”, pergunta Zenk.

THP passa obrigatoriamente por 17 processos no corpo para criar morfina. Mesmo assim, o químico evolui duas vezes, tanto nas papoilas como nos mamíferos, sugerindo que é importante para a sobrevivência.

Nas papoilas, os cientistas supõem que a morfina actue como defesa contra os predadores. Por exemplo, se um coelho atacasse uma papoila, e morfina poderia tornar este animal mais lento, fazendo com que fosse atacado por outro predador como um falcão.
Do mesmo modo, Zenk observou que se um animal atacar uma pessoa, mesmo níveis baixos de morfina podem bloquear a dor para que a pessoa consiga escapar.

Em pânico

Por agora, contudo, isto é apenas “absoluta especulação”, afirmou o investigador. O próximo passo será testar urina de pessoas que sofreram pânico (como vítimas de acidentes rodoviários) para ver se existem altos níveis de morfina no organismo destes indivíduos.

Estudo foi realizado através de testes à urina de ratos
Estudo foi realizado através de testes à urina de ratos
É ainda cedo para dizer que mesmo que se prove que os humanos produzam esta droga isto levará a novos tratamentos.

Mas é possível que os cientistas possam um dia induzir o corpo humano a criar um choque de morfina natural em vez de se injectar a substância no corpo, o que tem vários efeitos secundários, nomeadamente a obstipação, alertou o cientista.

Pesquisa com pimenta malagueta pode resultar em nova geração de analgésicos

RIO - Pesquisas com pimenta malagueta estão ajudando cientistas a criar um novo tipo de analgésico que teria a vantagem de não provocar dependência no paciente. Uma equipe da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, disse ter identificado, em pontos do organismo afetados pela dor, uma substância semelhante à capsaicina - que dá à pimenta malagueta seu efeito ardido.

Os especialistas dizem ter encontrado uma forma de bloquear a produção desta substância, o que seria útil em tratamentos para a dor crônica.

Eles relatam suas descobertas na revista científica "Journal of Clinical Investigation".


O alívio da dor

A pimenta malagueta é rica em uma substância conhecida como capsaicina, que causa a dor ao ativar um receptor chamado potencial transiente do tipo vanilóide-1 (TRPV1, na sigla em inglês).

Em estudos com ratos, a equipe americana descobriu que quando o organismo é ferido, substâncias semelhantes à capsaicina são liberadas no local e ativam os receptores associados à sensação de dor.

Essas substâncias são ácidos graxos chamados metabólitos do ácido linoleico oxidado (Olams, na sigla em inglês).

O ácido linoleico está presente de forma abundante no organismo humano, mas as investigações da equipe revelaram a existência de uma nova família desse ácido, produzida pelo corpo e liberada quando há um ferimento.

Após identificar esse processo, os cientistas fizeram mais experimentos com ratos em laboratório para tentar encontrar formas de bloquear a ação da substância.

Sem dependência

Como resultado, a equipe desenvolveu dois novos tipos de analgésicos. Um usa drogas que bloqueiam a formação dos Olams, outro é baseado em um anticorpo que os mantém inativos.

Os pesquisadores dizem que as novas drogas podem resultar em terapias e medicamentos para várias doenças inflamatórias, como a artrite, por exemplo, ou no alívio da dor associada ao câncer.

- Quase todo mundo vai vivenciar dor persistente em algum momento da vida - disse o pesquisador Kenneth Hargreaves, da Dental School da University of Texas, chefe da equipe. - Nossa descoberta é empolgante porque oferece a médicos, dentistas e pacientes mais opções na prescrição de medicamentos para a dor. Além disso, (os novos analgésicos) podem ajudar a evitar o problema do vício e da dependência de remédios para a dor, e terão o potencial de beneficiar milhões de pessoas que sofrem de dor crônica.

Segundo os pesquisadores, as drogas poderão, no futuro, ser administradas em forma líquida, em comprimido ou por injeção.

Todas as opções têm o potencial de bloquear a dor na sua origem, diferentemente de analgésicos baseados em opiatos, que viajam para o cérebro e afetam o sistema nervoso central.

Fonte: BBC Brasil

Pesquisa realizada no site da BBc Brasil, pela aluna do 3º ano do Ensino Médio, Juliana Cabral.