quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
DUPLICAÇÃO DE DNA
Postado por Rejane Cardoso às 12:25 0 comentários
Marcadores: Bioquímica e genética
Gorilas órfãos ganham refúgio em plena selva do Congo
Os animais refugiados em Grace são todos da subespécie chamada Grauer, o maior dos quatro tipos conhecidos de gorila, podendo pesar até 230 kg
Foto: The Dian Fossey Gorilla Fund International/Divulgação/BBC Brasil
Uma fundação com sede nos Estados Unidos criou, em plena floresta da República Democrática do Congo, um refúgio para gorilas órfãos, onde os animais podem ser tratados e preparados para voltar à vida selvagem.
O Centro de Reabilitação de Gorilas e Educação Conservacionista (Grace, na sigla em inglês) fica localizado em uma área de 140 hectares em meio à selva congolesa, na reserva natural de Tayna, podendo receber até 30 gorilas ao mesmo tempo.
Os animais hospedados em Grace foram confiscados de caçadores que os mantinham em cativeiro depois de caçar e matar seus pais para comercializar a carne ilegalmente. Depois do cativeiro, os animais seriam vendidos - vivos ou mortos.
Grace tem um centro veterinário (com atendimento clínico e área para cirurgias), dois "dormitórios" onde os animais passam a noite, um pátio interno para convívio entre eles e um observatório, de onde os gorilas podem ser vistos à distância, sem serem incomodados.
Os animais refugiados em Grace são todos da subespécie chamada Grauer, o maior dos quatro tipos conhecidos de gorila, podendo pesar até 230 kg. Os gorilas de Grauer vivem exclusivamente no leste da República Democrática do Congo.
A fundação Dian Fossey Gorilla Fund International, que deu início ao projeto Grace, afirma que o habitat destes animais está sendo cada vez mais dilapidado pela ação do homem. Em 1995, a estimativa era que existissem apenas 16 mil espécimes na região - e, segundo a entidade, o número hoje é certamente menor.
"Nós rezamos para que nenhum outro filhote seja levado por caçadores, mas nós sabemos que isto não é um pensamento realista", diz Sandy Jones, gerente da fundação. "Como o território dos gorilas de Grauer é tão vasto, e em sua maior parte inexplorado e inseguro, nós esperamos confiscar mais animais no futuro", afirma.
Quarentena
Os quatro primeiros gorilas chegaram ao refúgio em abril de 2010, com ajuda de um helicóptero da Monuc, a força de paz da ONU no Congo. Antes disso, eles passaram por uma quarentena na cidade congolesa de Goma, onde receberam os primeiros tratamentos.
Um dos gorilas tem apenas sete meses de idade e foi batizado de Kyasa. Resgatado em dezembro de 2010, o animal tinha uma ferida no quadril, causada por caçadores, além de apresentar sinais de estresse e desidratação.
Depois de um mês de quarentena em Goma, período no qual foi atendido por veterinários e tratadores, o jovem gorila recuperou a confiança. Depois de chegar em Grace, ele já é visto pendurado em árvores e tentando bater com as mãos no peito, como os adultos fazem. Hoje, Grace já abriga cinco gorilas, enquanto seis outros estão em instalações temporárias na cidade de Kinigi, em Ruanda, onde passam por uma quarentena antes de ser transferidos.
Grace diz ser o único local do mundo que reabilita gorilas com a intenção de liberá-los para a vida selvagem. O processo pode levar muitos anos, já que não existe muito conhecimento a respeito dos gorilas de Grauer. Apenas dois espécimes vivem em zoológicos em todo o mundo - ambos em Antuérpia, na Bélgica.
Postado por Rejane Cardoso às 12:20 0 comentários
Marcadores: Espécie e subespécie
Estudo: ancestral do homem já andava ereto há 3,2 mi de anos
Um osso fossilizado do arco do pé, encontrado na Etiópia, revela que os ancestrais humanos andavam eretos 3,2 milhões de anos atrás e não eram mais escaladores de árvores, segundo estudo publicado na edição desta quinta-feira da revista Science.
O osso pertence a um conjunto do famoso hominídeo Lucy, cuja espécie, o Australopithecus afarensis, vagou pelo leste da África, e seria a primeira evidência de como eles costumavam se deslocar por lá.
"Este quarto metatarso é o único conhecido do A. afarensis e é uma peça chave da evolução remota da forma única com que os humanos caminham", disse William Kimbel, coautor do estudo na Universidade do Estado do Arizona.
O arco do pé serviria como alavanca para sair do chão no início de uma caminhada e para absorver o impacto quando o pé volta a pisar, sugerindo que o pé de Lucy era parecido ao nosso.
Os símios têm pés mais planos, flexíveis e dedos grandes que lhes permitem se agarrar às árvores, atributos que não estão presentes no A. afarensis.
"Compreender que os arcos dos pés apareceram muito cedo na nossa evolução mostra que a estrutura única dos nossos pés é fundamental para a locomoção humana", disse a coautora do estudo, Carol Ward, da Universidade do Missouri.
Uma espécie mais velha, o Ardipithecus ramidus, da Etiópia, é o tipo mais remoto de homem moderno do qual os paleontólogos descobriram vestígios significativos de esqueleto. Ele viveu 4,4 milhões de anos atrás, mas seus pés, mais semelhantes aos de um símio, indicam que caminhava ereto apenas parte do tempo.
- Fonte:AFP -
Fósseis de dentes podem mudar teoria da evolução humana
Segundo os pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, dentes seriam de seres humanos modernos, tornando o fóssil a mais antiga evidência da existência de um Homo sapiens
A teoria aceita atualmente é a de que os Homo sapiens se originaram na África há cerca de 200 mil anos antes de se espalhar pelo mundo.
Postado por Rejane Cardoso às 12:04 0 comentários
Marcadores: Paleontologia
Aparelho portátil detecta vírus em 35 minutos
Testes realizados comprovaram eficácia deste "micro-laboratório"
Aparelho pode ser adaptado para detectar vários vírus
Aparelho pode ser adaptado para detectar vários vírus
Um artigo publicado na revista “Lab on a Chip” revelou a criação de um pequeno dispositivo portátil capaz de detectar vírus em apenas 35 minutos e que tem potencial para salvar milhões de vidas, sobretudo nos países que dispõem de poucos laboratórios clínicos.
O aparelho, desenvolvido no Instituto de Bioengenharia e Nanotecnologia de Singapura, incorpora a mais avançada tecnologia para a detecção de vírus em tempo real. Trata-se da reacção em cadeia da polimerase (PCR), que cria e multiplica cópias de ADN complementar do RNA viral, misturando-as com um corante fluorescente.
As diferenças subtis na intensidade da fluorescência reflectem a presença e a quantidade do RNA viral, o que permite identificar o vírus e ainda detectar a sua concentração.
Apesar da eficácia desta técnica, os aparelhos convencionais de PCR são de grandes dimensões, precisam de ser instalados em laboratórios e comportam grandes custos. Mas os investigadores de Singapura conseguiram minimizá-los e fazer com que coubessem na palma de uma mão e funcionassem a pilhas, através do recurso a micro-chips e à substituição dos lasers e os fotomultiplicadores por LED's.
"O dispositivo de detecção já está pronto para ser utilizado e pode ser adaptado para detectar vários vírus", afirmou Juergen Pipper, um dos autores deste projecto.
Os testes realizados comprovaram que o dispositivo conseguiu detectar o vírus da gripe aviária em apenas 35 minutos. À mais-valia da sua rapidez, junta-se o baixo custo deste “micro-laboratório”.
Postado por Rejane Cardoso às 11:54 0 comentários
Marcadores: tecnologia
À prova de seca
Pesquisadores brasileiros identificaram no café um gene que torna a planta resistente à falta d’água. No Estúdio CH desta semana, o geneticista Marcio Alves Ferreira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, fala sobre essa descoberta e suas aplicações.
Em entrevista a Fred Furtado, Ferreira, um dos coordenadores da pesquisa, explica que a descoberta do gene é resultado de uma colaboração científica entre Brasil e Argentina. Essa parceria permitiu a mineração do banco de dados genéticos oriundo do sequenciamento do genoma do café por meio de programas de computador.
O pesquisador conta que uma das alterações provocadas pelo gene pode ser a mudança da morfologia do sistema radicular (da raiz) da planta, o que auxiliaria na absorção da pouca água disponível em condições de seca. Segundo ele, a ideia é, no futuro, transferir essa característica de resistência para outras espécies vegetais, especialmente aquelas importantes para a agricultura brasileira.
O geneticista fala ainda sobre a eficiência desse processo de transferência em laboratório, os riscos da experiência e as patentes geradas pela pesquisa.
Clique abaixo para ouvir a entrevista completa.
Postado por Rejane Cardoso às 11:48 0 comentários
À mercê dos embriões?
Pesquisadora brasileira comenta estudo norte-americano que mostra que células adultas reprogramadas para um estágio em que sejam capazes de se diferenciar em diversos tecidos não são tão parecidas com as células-tronco embrionárias quanto se acreditava.
Há quatro anos, nenhuma das células-tronco já descritas pela ciência tinha apresentado potencial terapêutico tão promissor quanto as embrionárias humanas, isoladas em 1998 pelo grupo do pesquisador norte-americano James Thomson. A característica que faz dessas células tão auspiciosas é a pluripotencialidade, ou seja, a capacidade de se transformar em todos os tipos celulares de um indivíduo adulto.
Assim, a mesma célula-tronco que poderia ajudar no tratamento de um infarto ao se transformar em uma célula do coração, serviria também para recuperar neurônios da medula de um paraplégico, dando-lhe a esperança de voltar a andar.
No entanto, apesar da versatilidade dessas células já ser comprovada, sua utilização clínica, que começou a ser testada no ano passado, ainda é um sonho para muitos pesquisadores e pacientes.
Em 2007, porém, o mesmo James Thomson conseguiu, concomitantemente ao grupo japonês do pesquisador Shinya Yamanaka, transformar células adultas de pele humana em células pluripotentes (reprogramação celular).
Além de não serem derivadas de embriões, como as células-tronco embrionárias, as células conhecidas pelo acrônimo iPS (do inglês, induced pluripotent stem cells) poderiam ser derivadas do próprio paciente que as receberia, evitando o risco de rejeição em uma terapia.
Ou ainda, por possuírem o mesmo material genético do doador, se tornariam a ferramenta ideal para criar modelos de estudo de doenças, pois as células diferenciadas a partir das iPS seriam muito similares às encontradas nos pacientes.
Os primeiros estudos que comparavam as células-tronco embrionárias às células iPS analisavam tanto características fenotípicas – por exemplo, potencial de diferenciação –, quanto o padrão de metilação global do DNA, ou seja, a incorporação de grupamentos metil (radicais formados por um átomo de carbono ligado diretamente a três de hidrogênio) em regiões reguladoras de genes, o que dificulta, geralmente, a expressão dos mesmos.
A maioria desses estudos só confirmou a enorme semelhança que existe entre ambas as células pluripotentes, conferindo às células iPS o status de “alternativa perfeita” às células-tronco derivadas de embriões.
Mas teríamos de fato criado a máquina do tempo capaz de fazer uma célula adulta voltar a ser exatamente o que era quando fazia parte do embrião?Nem tão parecidas assim
Diferentemente do que vinha sendo proposto, estudos recentes apontam cada vez mais diferenças marcantes entre as células-tronco embrionárias e as iPS, levantando a questão de quão completa e variável pode ser a reprogramação das células adultas ao estágio pluripotente.
Pela primeira vez, o grupo norte-americano liderado pelo pesquisador Joseph Ecker – e do qual o mesmo James Thomson faz parte – mostrou, em trabalho publicado na revista científica Nature na semana passada, que as células iPS não são tão parecidas com as células-tronco embrionárias quanto se pensava.
Ao avaliar o padrão de metilação – não mais de forma global, mas fazendo uma análise minuciosa de todo o genoma –, o grupo observou que as células iPS apresentavam regiões do DNA com padrões aberrantes em relação às genuínas células-tronco embrionárias.
Além disso, os pesquisadores observaram que as células reprogramadas guardavam, sob alguns aspectos, uma memória epigenética (referente às modificações na estrutura do DNA que ocorrem independentemente de alterações na sequência de seus genes) da célula adulta de origem.
Essas diferenças devem-se, provavelmente, à dificuldade de acessar e remodelar algumas regiões do genoma devido à organização estrutural do DNA anterior à reprogramação.
Ainda não se sabe como esses “erros” poderiam ser evitados. Mas é fato que eles existem e parecem ser intrínsecos ao processo de reprogramação, uma vez que o grupo testou diferentes linhagens de células iPS produzidas, inclusive, em diferentes laboratórios.
Viabilidade das células reprogramadas
Como o processo de geração de células iPS não é um fenômeno que ocorre naturalmente, é de se esperar que ele seja suscetível a imperfeições e pequenas variações, o que certamente não o torna menos fascinante e promissor. Mas até que ponto essa diferença inviabilizaria a utilização das células iPS?
Caso o mesmo James Thomson ou, quem sabe, outro pesquisador não consiga encontrar a solução para evitar esse tipo de aberração, uma alternativa seria investigar as consequências desses “erros”, e se elas inviabilizariam o uso dessas células. Padrões de metilação aberrantes podem ter grandes implicações, sim. Ou não.
Estudos que comprovem a funcionalidade e a não malignidade dessas células são complementares a este e podem ajudar a responder a questão.
As pesquisas com células iPS ainda são muito recentes. Estudos como esses, que ajudam na caracterização das células, são de extrema importância conceitual e, obviamente, para a definição de sua aplicabilidade na pesquisa básica e clínica.
Ainda é cedo para dizer se as células iPS se tornarão obsoletas. Por enquanto, as diferenças observadas entre as iPS e as células-tronco embrionárias não são suficientes para embargar os estudos de reprogramação.
No Brasil, ainda são poucos os grupos trabalhando com células iPS, apesar de o número de pesquisadores interessados em iniciar uma linha de pesquisa com essas células ser cada vez maior. Esperamos e acreditamos que trabalhos produzidos inteiramente no país sejam competitivos e possam colaborar para a geração de conhecimento na área.
Enquanto isso, uma prova de que as pesquisas com células iPS ainda são bastante promissoras e não perderam o encanto foi a publicação na revista Cell, no final do ano passado, do trabalho desenvolvido pelo pesquisador brasileiro Alysson Muotri na Califórnia.
O grupo do pesquisador utilizou as células iPS como ferramenta para modelar a Síndrome de Rett – um dos tipos mais graves de autismo –, recapitulando os estágios iniciais do desenvolvimento da doença e gerando um instrumento promissor para o rastreamento de fármacos, diagnósticos e tratamentos personalizados.
Em relação à aplicação clínica das células iPS, muito mais ainda precisa ser investigado. Foram necessários doze anos entre o isolamento das células-tronco embrionárias humanas e o início do primeiro estudo clínico com essas células. Certamente, nesse sentido, as iPS ainda estão só engatinhando.
Bruna Paulsen
Laboratório Nacional de Células-tronco Embrionárias
Universidade Federal do Rio de Janeiro
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Marcadores: células tronco, Embriologia
Petrobras vira nome de titanossauro descoberto na Argentina
Sinal dos tempos: hoje em dia até dinossauro tem "naming rights" --termo que se usa quando uma empresa coloca o seu nome em um estádio de futebol ou em uma sala de cinema, por exemplo.
O caso de merchandising paleontológico mais recente é o de um titanossauro argentino herbívoro e quadrúpede com 85 milhões de anos de idade, 22 metros e até 35 toneladas que ganhou o nome da Petrobras, descoberto por pesquisadores de lá.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Casos parecidos aconteceram recentemente com outras empresas do ramo da Petrobras. O dino Futalognkosaurus dukei, de 2007, por exemplo, tem esse nome por causa da Duke Energy. O Panamericansaurus, do ano passado, refere-se à Pan American Energy.
A homenagem dos hermanos não é, claro, só um gesto de camaradagem latino-americana: a Petrobras, que hoje tem vários poços pelo país, dá suporte logístico (como alojamento e alimentação) a paleontólogos do país que tentam encontrar fósseis perto das perfurações.
Segundo Leonardo Filippi, paleontólogo do Museo Municipal Argentino Urquiza e autor do artigo científico, não é bem, então, que a Petrobras tenha "comprado" o nome do bicho. Nas palavras dele, é um "reconhecimento da colaboração constante" da empresa brasileira.
Involuntariamente, os argentinos acabaram revivendo a crítica de que a Petrobras, supostamente gigante e lenta, seria um dinossauro. Ao menos não deram ao bicho o famigerado apelido de "Petrossauro", mas sim o nome de Petrobrasaurus puestohernandezi --o segundo nome por causa de Puesto Hernández, na Patagônia, local onde o animal foi achado.
Postado por Rejane Cardoso às 11:31 0 comentários
Marcadores: Paleontologia