terça-feira, 6 de outubro de 2009

Alterações climáticas provocarão mudanças drásticas na Europa

Um relatório efetuado por seis países europeus, revela que, futuramente, o Norte Europeu vai passar a ter um clima mais moderado, enquanto que a zona mediterrânica vai ser alvo de variações climáticas insuportáveis.

Ao longo dos últimos três anos, seis países europeus, entre os quais Portugal, efetuaram um relatório sobre as mudanças climatéricas na Europa e o seu impacto no futuro.
«Modelling the Impact of Climate Extremes» é o nome do relatório, apresentado pela University of East Anglia's Climate Research Unit, que revela o comportamento futuro do clima na Europa e impacto das mudanças climáticas em seis setores da economia.

Através de modelos computorizados de representações da atmosfera, do oceano e do solo, os investigadores conseguiram chegar à conclusão de que a Europa vai sofrer fortes alterações, uma vez que as temperaturas vão aumentar significativamente. O relatório revela que as ondas de calor vão ficar mais quentes e vão durar mais tempo. Por outro lado, as estações frias vão tornar-se muito mais curtas. No entanto, na maioria dos países, haverá um aumento de chuva no Inverno, com elevado risco de inundações e poluição na água. Quanto às temperaturas, no Norte, os dias abaixo dos 0º C irão diminuir para 4 meses. Também nestas zonas irão verificar-se Invernos muito secos. Já no Sul da Europa e no Mediterrâneo vão viver-se épocas de seca prolongadas e reduzidos períodos de chuva. Na Europa Ocidental, prevê-se um aumento do número de tempestades severas no Inverno.

Para além das previsões generalizadas sobre o impacto do clima no dia-a-dia dos europeus, os cientistas analisaram a influência do mesmo em seis setores da economia: Turismo, Água, Agricultura, Silvicultura, Energia e Segurança de Propriedade. De acordo com o relatório, o Turismo vai sofrer mudanças significativas, uma vez que, por exemplo, nas férias de Verão as zonas do Norte da Europa vão ser as opções viáveis em detrimento das zonas do Mediterrâneo.
As altas temperaturas, a seca e as mudanças do tempo de estações vão também modificar a Agricultura, principalmente no Sul. Os cientistas acreditam que os meses do denominado "período em flor" podem atingir temperaturas muito altas. Por outro lado, vastos períodos de chuva irão afectar a altura das sementeiras, alterando todos os estágios de desenvolvimento.

Como também já se tem vindo a registar, o clima tem um forte impacto na Silvicultura. Um exemplo disso, foi o fogo florestal que arrasou meio milhão de hectares no Mediterrâneo, em 2003, com uma estimativa de custo para a economia europeia entre 1000 a 5000 euros por hectare. O mesmo se tem vindo a passar em Portugal, onde, nos últimos anos – e este não tem sido excepção -, vários fogos de grandes dimensões têm deflagrado em praticamente todo o país. Infelizmente, e de acordo com os investigadores, devido ao aquecimento global os fogos florestais irão aumentar.

Brasil e UE discutirão mudanças climáticas em Cúpula na Suécia

A terceira reunião de cúpula entre a União Europeia (UE) e o Brasil começa nesta terça-feira, em Estocolmo, com os olhos voltados para as difíceis negociações para um compromisso planetário contra as mudanças climáticas, a dois meses da Conferência de Copenhague.

A cúpula, a terceira desde que a União Europeia e o Brasil estabeleceram a associação estratégica em 2007, tentará dar impulso às negociações internacionais sobre as mudanças climáticas para um ambicioso acordo na Conferência de Copenhague, sem deixar de lado a crise econômica mundial e as relações bilaterais.

Enquanto as delegações internacionais estão reunidas em Bagcoc na esperança de avançar nas discussões sobre a Cúpula de Copenhague, a UE tentará convencer a locomotiva americana a dar exemplo em seu continente.

"O Brasil é um dos principais atores nas negociações sobre o clima e seria muito importante se servisse de exemplo para os demais países da América Latina", destacou nesta segunda-feira Reinfeldt, desejando que o país fixe o mais rapidamente possível "suas metas de redução das emissões de dióxido de carbono".

Lula prometeu que o Brasil, o quarto maior emissor de gases causadores do efeito estufa do mundo, principalmente devido ao desmatamento da Amazônia, apresentará suas próprias metas de redução de emissões em Copenhague.

"Assumimos uma posição de liderança com a qual poderemos exigir de todos, e particularmente dos países mais ricos, metas de redução mais claras e ambiciosas", afirmou o presidente.

A Cúpula Brasil-UE vai ainda avaliar a crise econômica mundial e defender uma conclusão rápida da Rodada de Doha para a liberalização mundial do comércio e das negociações comerciais entre Bruxelas e o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai).

Leia mais sobre aquecimento global: texto do word, 28.5 KB. O que é Aquecimento Global?

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