sábado, 5 de dezembro de 2009

Al Gore pode perder o Oscar, por falta de credibilidade


Emails foram roubados da unidade de pesquisa climática de universidade na Inglaterra. Eles levantam a suspeita de que os pesquisadores teriam alterado dados para comprovar o aquecimento global.
Daqui a três dias, vai começar, na Dinamarca, a conferência sobre as mudanças do clima no planeta. Mas um escândalo estourou antes disso.
A revelação de mensagens trocadas entre cientistas levantou suspeitas sobre pesquisas que mostram o aumento da temperatura da terra.
E até o Oscar do ex-vice presidente americano está ameaçado.
"Uma verdade inconveniente": o filme de Al Gore sobre aquecimento do planeta ganhou o Oscar em 2007 e o ajudou a vencer o Nobel da Paz.
Mas agora o ex-vice-presidente americano enfrenta uma outra verdade inconveniente. Dois integrantes da academia americana de cinema querem tirar o Oscar de Al Gore, porque a credibilidade do documentário está sob suspeita.
Vários e-mails foram roubados da unidade de pesquisa climática da universidade East Anglia, na Inglaterra. Eles levantam a suspeita de que os pesquisadores teriam alterado dados para comprovar o aquecimento global.
Em um dos correios eletrônicos, o pesquisador Phil Jones, que já recebeu mais de U$ 10 millhões para estudar o clima, diz: "Apliquei um truque para aumentar as temperaturas reais de cada série dos últimos 20 para esconder o declínio”.
Phil Jones, que renunciou ao cargo há três dias, estaria manipulando dados sobre o clima nas décadas passadas para esconder uma informação: a de que, em comparação com os dias de hoje, teria havido uma redução da temperatura e não uma elevação.
Jones alega que a frase foi citada fora de contexto, e que a palavra truque se refere a uma ideia inteligente, e não a uma farsa.
O Centro de Pesquisa da universidade fornece dados para o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima da ONU. Esse painel, que dividiu o Nobel da Paz, em 2007, com Al Gore, serve de referência para políticas mundiais sobre o meio ambiente.
Primeiro, a ONU descartou a importância dos e-mails. Mas nesta sexta-feira disse que vai esperar a investigação oficial para depois se pronunciar.
Rejendra Pachauri, diretor do painel sobre mudanças climáticas, disse: "Não queremos varrer nada para debaixo do tapete".

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