Segundo ela, mudança nas condições climáticas favoreceu proliferação.
Ela estima que quantidade de peixes mortos seja de 500 quilos.
A secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, afirmou em 26/02/10) que a causa da mortandade de peixes na Lagoa, Zona Sul do Rio, pode ter sido o aumento de uma espécie de alga existente na água. Segundo ela, a mudança nas condições climáticas favoreceu a proliferação dessas algas, que não foram identificadas.A secretária estimou em 500 quilos a quantidade de peixes que morreram, contrariando uma estimativa da Comlurb, que informou que o total chegaria a 3 toneladas.
A gerente de qualidade de água da secretaria, Fátima Freitas, descartou o aumento de esgoto na lagoa. Segundo ela, não houve diminuição no nível de oxigenação da água. Marilene também descartou qualquer ligação entre a abertura do canal do Leblon e a mortandade. "Com certeza não tem conexão com o caso do Leblon, porque a medição indicou que o nível de oxigênio na água está normal. Se houvesse entrada de esgoto, o (nível de) oxigênio teria caído", afirmou.
A Rio-Águas, órgão da prefeitura do Rio, teria aberto as comportas do canal do Leblon depois que a tubulação que devia o esgoto no bairro para o emissário de Ipanema se rompeu. Por causa disso, a água do mar na altura do Leblon ficou poluída.
Fátima explicou que a secretaria acredita que o aumento da quantidade de alga possa ser o responsável pela morte dos peixes. Numa medição feita na segunda-feira, já havia sido constado um nível alto do micro-organismo, cerca de 400 mil. Nesta sexta, foi constadado um nível quatro vezes maior do que o de segunda.
Segundo ela, um possível aumento de esgoto na água não seria a causa para o aumento da proliferação das algas.
Biólogo contesta
Já o biólogo Mário Moscatelli contesta uma das hipóteses de técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para justificar a morte de peixes. Segundo os técnicos, o choque térmico - a água fria da chuva de quinta-feira (25) em contato com a água quente da lagoa - pode ter causado a morte dos peixes.
"Em dezembro choveu com mais intensidade e não houve nada parecido com isso. Quando a gente encontra bagre, que vive no fundo da lagoa, e tilápia, que é um peixe resistente, morrendo é por que algo diferente ocorreu", disse o biólogo, em entrevista ao RJTV.
Biólogo descarta choque térmico para a morte de peixes na Lagoa
Moscatelli lembrou que há poucos dias houve um incidente nas praias de Ipanema e Leblon, na Zona Sul, o que pode ter afetado as águas da lagoa. Ele lembrou que, há dez anos, a Lagoa Rodrigo de Freitas estava muito poluída, mas diz que a Cedae cumpriu o prometido de despoluir o local.
"A Rio Águas tem de explicar o que houve. Há um claro indicativo de que algo consumiu o oxigênio da água abruptamente, o que fez com que os peixes tivessem de vir à torna para respirar", disse Moscatelli.
Amostras de água recolhidas
Técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) coletaram amostras da água da nesta manhã.
Moradores teriam informado que as comportas do canal que faz a renovação da água da lagoa com água do mar estariam fechadas.
A secretária de Ambiente, Marilene Ramos, e o presidente do Inea, Luiz Firmino Martins, vão divulgar o laudo das análises nesta tarde.
Comlurb recolhe peixes
A Comlurb informou que 51 garis trabalham no recolhimento dos peixes mortos na Lagoa. Seis garis estão num catamarã e os demais estão no entorno do espelho d'água. Entre as espécies recolhidas estão savelhas, corvinas, tilápias, bagres e baranas (um tipo de robalo).
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