quarta-feira, 23 de junho de 2010

Azeite é a melhor gordura contra o envelhecimento

Estudo internacional desenvolve nutrigenética


Dieta baseada em azeite tem menos prejuízos para o  organismo do que outras gorduras
Dieta baseada em azeite tem menos prejuízos para o organismo do que outras gorduras
Uma equipe internacional demonstrou os efeitos benéficos do azeite contra o envelhecimento em relação às outras gorduras.
Dieta baseada em azeite tem menos prejuízos para o organismo do que outras gorduras
Os resultados, publicados na Mechanisms of Ageing and Development, demonstram que ratas alimentadas com este tipo de gordura vivem mais tempo do que outras, cuja dieta é baseada em óleo de girassol


Os investigadores, da Universidade de Granada, em Espanha, e da Universidade de Lleida, em Itália, trabalham para estabelecer os possíveis mecanismos moleculares através dos quais o azeite exerce influências nos sinais no envelhecimento, que provocam alterações na estrutura e funções das células.

Os cientistas tentaram perceber como é que a gordura ingerida afecta as células, porque se existe uma relação negativa entre os factores (tipo de gordura e funcionamento celular), modificando a dieta também se podem atenuar alguns processos.

Mais concretamente, a investigação centra-se em perceber o modo como o azeite interage com as mitocôndrias, uma organela da célula responsável por produzir energia.

O estudo dos efeitos da gordura é realizado sob três níveis: o stress oxidativo, a função do órgão e a sua estrutura. “A dieta baseada em azeite faz com que durante a velhice se acumulem menos malefícios nesses três níveis”, garante o responsável pela investigação, José Luís Quiles.

Radicais livres

O stress oxidativo tem a ver com o processo pelo qual as células geram quantidades de compostos chamados radicais livres, que são produzidos de forma natural pelo organismo mas que em excesso são prejudiciais.

José Luis Quiles, investigador
José Luis Quiles, investigador
No processo de combustão de gordura, os radicais livres são liberados e atuam como tochas nos tecidos do corpo, queimando tudo em que tocam. “O azeite reduz o stress oxidativo, ou seja, a produção de radicais livres e faz com que os tecidos envelheçam de forma mais lenta”, assegura Quiles.

Em relação à função das mitocôndrias, os cientistas comprovaram que o stress oxidativo afecta a capacidade deste órgão produzir energia, além de alterar a sua aparência.

“Á medida que envelhecemos, as mitocôndrias incham e a perdem impermeabilidade que permite manter o equilíbrio eletroquímico entre o interior e o exterior da célula”, explica o investigador responsável.

A equipe está agora a explorar a nutrigenética, ou seja, a relação entre a dieta com a expressão dos genes. Neste estudo, os cientistas puderam comprovar que as ratas alimentadas com azeite virgem vivem mais tempo mas também associaram a morte do animal com uma causa.
Fonte: Ciência Hoje PT

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