sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Novo fármaco para a malária/malária-sintomas



Anopheles albitarsis
A Organização Mundial da Saúde considera a malária a doença tropical mais importante. Além de ser responsável por grande quantidade de mortes, ela também é hoje a enfermidade que mais gera problemas sócio-econômicos. A malária é causada por protozoários do gênero Plasmodium e é transmitida de homem para homem por mosquitos do gênero Anopheles. (http://www.fiocruz.br/)
O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está desenvolvendo um novo produto farmacêutico para combater a malária.
O sal híbrido Mefas é um insumo farmacêutico ativo (IFA) resultante da combinação de duas substâncias: artesunato e mefloquina. O novo fármaco está sendo desenvolvido em colaboração com o Centro de Pesquisa René Rachou (CPqRR) em Minas Gerais.
Atualmente, o Farmanguinhos produz o ASMQ, formulação em dose fixa combinada de artesunato e mefloquina, que é indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o tratamento da malária.
Segundo a Fiocruz, o Mefas é mais eficaz contra a malária do que os medicamentos artesunato e mefloquina, tanto usados separadamente como sob a forma do ASMQ.
Outra vantagem é que o novo fármaco causa menos efeitos colaterais – o sal híbrido não apresentou toxicidade mesmo quando utilizado em dose 100 vezes superior à necessária. Nos testes feitos em animais, o Mefas conseguiu curar a malária com metade da dose do ASMQ.
A Fiocruz já começou a realizar o estudo comparativo da biodisponibilidade, teste que avalia o grau de absorção da substância pelo organismo e sua disponibilidade no local de ação.
O próximo passo será encontrar um parceiro (empresa farmacêutica ou entidade financiadora internacional) que viabilize a realização dos estudos finais para se chegar ao produto registrado.
Após essa etapa, o fármaco será disponibilizado à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e a outros países endêmicos, tal como ocorre com o ASMQ. Mais informações: http://www.fiocruz.br (Fonte: FAPESP)

Malária

Malária é uma doença prevalente nos países de clima tropical e subtropical. Também conhecida como sezão, paludismo, maleita, febre terçã e febre quartã, o vetor da doença é o anofelino (Anopheles), um mosquito parecido com o pernilongo que pica as pessoas, principalmente ao entardecer e à noite.

O ciclo da malária humana é homem-anofelino-homem. Geralmente é a fêmea que ataca porque precisa de sangue para garantir o amadurecimento e a postura dos ovos. Depois de picar um indivíduo infectado, o parasita desenvolve parte de seu ciclo no mosquito e, quando alcança as glândulas salivares do inseto, está pronto para ser transmitido para outra pessoa.

A Amazônia é a região do Brasil onde ocorrem 98% dos casos de malária.

Tipos de parasita

Existem mais de cem tipos de plasmódio, o parasita da malária. Dos que infectam o homem, quatro são os mais importantes: Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium malariae e Plasmodium ovale. A doença provocada pelo vivax é a mais comum e a provocada pelo malariae, a menos grave. Já a provocada pelo ovale é típica da África.

Ciclo do parasita

O plasmódio desenvolve um ciclo sexuado dentro do organismo do mosquito e um assexuado no organismo humano. Depois de 30 minutos que entrou na circulação sangüínea do homem, alcança o fígado e vai-se multiplicando dentro das células hepáticas até que elas arrebentam. Então, eles se espalham no sangue e invadem os glóbulos vermelhos, onde se reproduzem a tal ponto que eles se rompem também.

Transmissão

A transmissão da malária pode ocorrer pela picada do mosquito, por transfusão de sangue contaminado, através da placenta (congênita) para o feto e por meio de seringas infectadas.

Sintomas

Os sintomas mais comuns são febre alta, calafrios intensos que se alternam com ondas de calor e sudorese abundante, dor de cabeça e no corpo, falta de apetite, pele amarelada e cansaço. Dependendo do tipo de malária, esses sintomas se repetem a cada dois ou três dias.

Diagnóstico e período de incubação

O período de incubação depende do tipo de malária, mas varia de 7 a 28 dias a partir do momento da picada.
Caso a pessoa tenha febre depois de ter visitado áreas de risco, a possibilidade de ter contraído malária deve ser levada em consideração. Para confirmar o diagnóstico, existe um exame de lâmina, também chamado de gota espessa ou esfregaço, que consiste em puncionar a ponta de um dedo para obter uma gota de sangue e analisá-lo.

Tratamento

Não existe vacina contra a malaria, uma doença autolimitada, mas que pode levar à morte se não for tratada em determinados casos. O tratamento padronizado pelo Ministério da Saúde é feito por via oral e não deve ser interrompido para evitar o risco de recaídas.

O medicamento indicado para a malária vivax é bem tolerado e não provoca efeitos colaterais. O mesmo não acontece com os indicados para a malária falciparum, o que dificulta seu uso nesse caso.

Recomendações

* Use repelente no corpo todo, camisa de mangas compridas e mosquiteiro, quando estiver em zonas endêmicas;

* Evite banhos em igarapés e lagoas ou expor-se a águas paradas ao anoitecer e ao amanhecer, horários em que os mosquitos mais atacam, se estiver numa região endêmica;

* Procure um serviço especializado se for viajar para regiões onde a transmissão da doença é alta, para tomar medicamentos antes, durante e depois da viagem;

* Não faça prevenção por conta própria e, mesmo que tenha feito a quimioprofilaxia, se tiver febre, procure atendimento médico;

* Nunca se automedique.



0 comentários: