Investigadores italianos explicam que efeito placebo pode curar
Acção de placebos está marcadamente ligada à esperança do paciente |
Segundo os investigadores italianos, os principais mecanismos dependem da espera dos doentes e do condicionamento. Quer se trate de uma dor ou dependência, a acção do produto está marcadamente ligada à esperança do paciente, ou por sugestão do médico.
No entanto, os benefícios não são apenas subjectivos, os placebos contêm incontestáveis propriedades neurobiológicas. Testes de ressonância magnética confirmam que estes induzem as mesmas alterações no cérebro do que substâncias morfínicas.
Placebo induzem alterações no cérebro idênticas a substâncias morfínicas |
Miolo de pão
Poderá um especialista prescrever conscienciosamente uma substância inactiva a um paciente? Por exemplo, o médico de Napoleão tratava doentes com ‘mica panis’, ou seja, miolo de pão.
Dependendo das moléculas contidas ou da personalidade do especialista que prescreve o produto, a eficácia é de certa forma influenciada pela crença. “Um bom médico está sempre optimista”, refere ainda o psicofarmacólogo.
O neurocientista italiano acrescenta que os antagonistas opiáceos reduzem o efeito placebo. “O efeito ocorre quando o cérebro espera o alívio da dor – faz com que o organismo produza opióides endógenos, ou seja, analgésicos naturais". Portanto, se o nosso cérebro espera obter analgésicos, o corpo pode produzi-los naturalmente.
Fabrizio Benedetti, sublinha ainda que palavras, o toque, cheiros ou aquilo que vemos podem ter um efeito no contexto da medicina, que determina expectativas e tendo isso em conta, os placebos podem ser vistos como um novo ramo da Medicina alternativa. Embora, esta teoria não seja tão bem aceite pelos cépticos.
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