Por Carlos Henrique
A exposição a uma determinada bactéria poderia ajudar a tornar as pessoas mais inteligentes.
Essa é a dúvida levantada por Dorothy Matthews e Susan Jenks, do The Sage Colleges in Troy, Nova York, ao apresentarem os resultados de suas pesquisas.
O trabalho apresentado hoje no 110º Encontro Geral da Sociedade Americana de Microbiologia, em San Diego, usa como base um organismo que, acredita-se, já tenha propriedades antidepressivas.
A Mycobacterium vaccae é uma bactéria natural do solo, que as pessoas normalmente ingerem ou inalam. Estudos anteriores mostraram que injetar bactérias mortas em ratos estimulava o crescimento de neurônios que, por sua vez, aumentavam o nível de serotonina e diminuíam a ansiedade nos animais. Como a serotonina tem papel no aprendizado, os pesquisadores começaram a se perguntar se a bactéria viva poderia aumentar essa capacidade em ratos. Eles alimentaram os roedores com espécimes vivos da M. vaccae e checaram sua habilidade ao atravessar um labirinto – os resultados foram comparados a ratos não alimentando com elas. Aqueles que receberam bactérias na dieta atravessaram o labirinto duas vezes mais rápido e com menos ansiedade demonstrada que os outros. Em um segundo experimento, as bactérias foram removidas da dieta e eles foram re-testados. Apesar de mais lentos do que antes, eles ainda estavam mais rápidos do que o grupo controle. Um teste final foi feito após 3 semanas. Apesar de ainda mais rápidos, os resultados dos ratos que comeram bactérias não foram estatisticamente satisfatório, provando que o efeito é temporário. A pesquisa não é definitiva e apenas sugere que a M. vaccae pode ter influência na ansiedade e na capacidade de aprendizado dos mamíferos. Mas os pesquisadores declararam que isso pode sugerir que, em escolas, passar mais tempo ao ar livre pode ser bastante benéfico para as crianças – diminuindo sua ansiedade e ajudando no aprendizado.
terça-feira, 25 de maio de 2010
Bactéria poderia ajudar na inteligência
Postado por Rejane Cardoso às 17:11
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