Testes à urina de ratos prova que organismo produz quantidade pequena e estável do químico
.Segundo um estudo publicado hoje na Proceedings of the National Academy of Sciences, o corpo humano produz uma pequena e estável quantidade natural de morfina.
Vestígios de químicos são frequentemente encontrados na urina de ratos e humanos, deixou os cientistas a questionarem-se se a droga teria sido naturalmente produzida ou introduzida externamente pela comida ou ambiente.
A nova descoberta mostra que os ratos produzem “um bloqueador de dor incrível” − e que os humanos e outros mamíferos possuem o mesmo mecanismo químico para a produzir, afirma o co-autor do estudo Meinhart Zenk, que investiga fármacos baseados em plantas no Donald Danforth Plant Center em St Louis, no Missouri, nos Estados Unidos.
No estudo, os investigadores injectaram nos ratos uma dose extra de um químico natural do cérebro chamado tetrahydropapaveroline (THP), que os humanos também são capazes de produzir.
Utilizando um espectrómetro para analisar a urina dos ratos, a equipa de investigadores conseguiu provar que o THP passou por alterações químicas no organismo que criaram morfina.
Meinhart Zenk, do Donald Danforth Plant Center |
Auto-defesa do organismo
No entanto a “grande questão é: Para que serve?”, pergunta Zenk.
THP passa obrigatoriamente por 17 processos no corpo para criar morfina. Mesmo assim, o químico evolui duas vezes, tanto nas papoilas como nos mamíferos, sugerindo que é importante para a sobrevivência.
Nas papoilas, os cientistas supõem que a morfina actue como defesa contra os predadores. Por exemplo, se um coelho atacasse uma papoila, e morfina poderia tornar este animal mais lento, fazendo com que fosse atacado por outro predador como um falcão.
Do mesmo modo, Zenk observou que se um animal atacar uma pessoa, mesmo níveis baixos de morfina podem bloquear a dor para que a pessoa consiga escapar.
Em pânico
Por agora, contudo, isto é apenas “absoluta especulação”, afirmou o investigador. O próximo passo será testar urina de pessoas que sofreram pânico (como vítimas de acidentes rodoviários) para ver se existem altos níveis de morfina no organismo destes indivíduos.
Estudo foi realizado através de testes à urina de ratos |
Mas é possível que os cientistas possam um dia induzir o corpo humano a criar um choque de morfina natural em vez de se injectar a substância no corpo, o que tem vários efeitos secundários, nomeadamente a obstipação, alertou o cientista.
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