sábado, 10 de outubro de 2009

Ecologia: Plano europeu contra poluição visa a energia solar


A Comissão Europeia deve apresentar um plano de redução de emissões de gases do efeito estufa que direciona a maior parte dos 50 bilhões de euros disponíveis para pesquisa e desenvolvimento para a energia solar e para a captura e armazenamento das emissões de usinas de carvão.

O plano tem em parte a intenção de mostrar que a União Europeia está dando os passos adicionais necessários para cumprir metas ambiciosas de redução de gases do efeito estufa antes do encontro de cúpula em Copenhague de dezembro, que discutirá um novo acordo global para conter a mudança climática.

Mas o plano também sinaliza a necessidade de um reordenamento das prioridades industriais do bloco ao exigir que governos gastem quantias significativamente maiores em energia limpa, mesmo enquanto o mundo sai de uma profunda crise financeira. "Mercados e empresas energéticas agindo por conta própria provavelmente são incapazes de produzir os avanços tecnológicos necessários em um período de tempo curto o suficiente para cumprir as metas da UE para políticas climáticas e energéticas", disse a comissão em um rascunho do plano obtido pelo jornal The International Herald Tribune.

A introdução de tecnologias de baixo carbono também "representa um grande desafio no contexto da crise financeira, quando a aversão ao risco é maior e o investimento em tecnologias novas e mais arriscadas não está no topo das prioridades dos investidores", dizia o rascunho. Espera-se que os comissários da União Europeia cheguem a um acordo sobre as quantias finais a serem alocadas em usinas energéticas de baixo carbono durante um encontro.

Na regulação dos gases do efeito estufa, a UE já institui custosos limites de emissão e um sistema de trocas, enquanto alguns países taxam emissões de dióxido de carbono associadas a aquecimento doméstico e uso de carros.

Sob o plano, o setor solar receberia o valor maior, 16 bilhões de euros (US$ 23,5 bilhões), ao longo da próxima década. Ao alocar a segunda maior quantia, 13 bilhões de euros, para capturar carbono e armazenar emissões de gases do efeito estufa, a comissão disse ter a intenção de tornar a tecnologia viável comercialmente para todas as usinas de energia que entrarem em operação após 2020.

Outra proposta favorecida sob o esboço do plano seria a iniciativa "Cidades Inteligentes", que foca no aperfeiçoamento da eficiência urbana. O documento prevê 11 bilhões de euros para desenvolver uma nova geração de edifícios e sistemas de transporte.

Quer conhecer um pouco mais sobre os assuntos que movimenta a Biologia em termos de Ecologia, click no link: Aquecimento Global e protocolo de Kioto

Ecologia: Biocombustíveis e emissão de CO2

O cultivo de plantas para biocombustíveis pode gerar mais CO2 que evitar, diz estudo.

Cultivar vegetais para produção de biocombustíveis em terras que antes eram ocupadas por florestas ou pradarias gera muitas mais emissões de dióxido de carbono (CO2) que as que permite evitar a substituição de hidrocarbonetos, segundo um estudo da Agência do Meio Ambiente e do Controle da Energia da França (Ademe, na sigla em francês).

O balanço em termo de emissões de CO2 pode ser "catastrófico", de duas a quatro vezes mais que com o recurso aos carburantes de origem fóssil, sobretudo quando se destrói florestas tropicais para produzir óleo de palma, indicam os autores deste relatório dedicado à primeira geração de biocombustíveis. A razão é que para obter esse óleo de palma que se cultiva por exemplo na Indonésia, não só se geram gases do efeito estufa, mas previamente causou o desmatamento de uma mata que previamente contribuía para a absorção de CO2, com algo similar acontecendo com as pradarias.

Os autores deste estudo, que se tornou público com meses de atraso, submeteram a exame os principais biocombustíveis comercializados na França para, à margem do citado impacto da substituição de solos, estabelecer para cada um deles o saldo das emissões se for comparado com as geradas com hidrocarbonetos. O resultado é que o etanol obtido com cana-de-açúcar é o mais eficiente em termos ambientais, já que gera 90% menos de gases do efeito estufa que a gasolina. Sua elaboração, além disso, mobiliza em torno de 80% da energia que proporciona.

O bioetanol de milho, de trigo e de beterraba, assim como o biodiesel de colza e de soja apresentam um balanço correto, com uma redução de emissões em torno de 60%-80% em relação aos combustíveis fósseis que substituem e uma economia energética em sua elaboração entre 50% e 80%. No entanto, o ETBE, um etanol obtido da beterraba, do trigo ou do milho representa lucro energético de apenas 20%, abaixo dos requerimentos europeus.

De acordo com a direção europeia sobre as energias renováveis, para poder ser compatibilizado como útil em termos ambientais, um biocarburante deverá representar uma redução de CO2 de 35% em 2010 e de 50% em 2013. O relatório foi divulgado um dia depois que o Governo francês anunciou um plano impulsionado pela própria Ademe para o desenvolvimento de biocombustíveis de segunda geração para 2015.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Fim do mundo adiado: colisão com o asteróide Apophis

Boas e más notícias chegam do espaço. Na verdade, da Universidade do Havaí. O fim do mundo foi adiado (mais uma vez) de 2036 para 2068. (Ao menos no que diz respeito ao asteroide Apophis…, o mundo deve acabar em 2012, segundo um e-mail que circula por aí.)
Há algum tempo atrás saiu uma previsão catastrófica que dizia que em 2036 as chances do asteroide Apophis acertar a Terra seriam de 1 em 45.000. Esse ainda é um valor bem baixo, mas comparando-se com as probailidades de asteroides de tamanho parecido acertarem a Terra (o Apophis tem algo em torno de 250 metros de comprimento), esse é um número “pouco confortável”.
O asteroide foi descoberto em 2004 e ficou famoso: o cálculo de sua órbita mostrava que havia uma chance em 37 de o Apophis acertar a Terra no dia 13 de abril de 2029 (por coincidência uma sexta-feira). Seis meses depois, ficou evidente que o risco não era tão grande assim. Mas esta sexta em 2029 ainda será especial: nesse dia o Apophis passará a menos de 30 mil km da superfície terrestre.
Então a previsão passou para 2036 com as tais uma chance em 45 mil. Mas agora saíram mais dados que ajudaram a refinar o cálculo da órbita do Apophis, jogando as chances para 1 em 250 mil. Na ocasião, este asteróide deve passar a 32 mil quilômetros da superfície terrestre. De qualquer maneira estamos salvos!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Vacina de vírus comum pode ter efeito sobre H1N1, diz estudo

A vacina contra gripe comum pode oferecer "certa proteção" contra a influenza H1N1 (suína), contradizendo estudos anteriores, afirmam pesquisadores mexicanos. Eles descobriram que as pessoas vacinadas contra o vírus sazonal têm menos possibilidades de adoecer ou morrer por causa da gripe suína que aqueles que não foram imunizados.

"Estes resultados devem ser considerados prudentemente e de forma alguma indicam que a vacina contra a gripe comum deve substituir a vacinação contra a pandemia da gripe A/H1N1", escreveram Lourdes García-García e seus colegas do Instituto Nacional de Saúde Pública de Cuernavaca no British Medical Journal.

A equipe de García estudou 60 doentes confirmados de gripe suína e 180 pessoas semelhantes com outras doenças. Somente oito pessoas que tinham sido vacinadas contra a gripe comum estavam entre os casos de H1N1. O estudo descobriu que 29% das pessoas que não tinham sido vacinadas se infectaram com o vírus H1N1, contra 13% de infectados entre os vacinados.

Nenhum dos vacinados morreu, mas 35% dos pacientes de gripe suína que morreram não tinham sido vacinados contra a gripe comum.

Ação do ribossomo é fundamental para todos os organismos vivos

Entenda o processo que rendeu o Nobel de química deste ano.
Pesquisa pode gerar o desenvolvimento de novos antibióticos.

O Nobel de química deste ano, concedido nesta quarta-feira (7) a Venkatraman Ramakrishnan, Thomas A. Steitz e Ada E. Yonath, reconhece a importância da decodificação de um processo fundamental para a vida. Os cientistas mostraram a aparência e o funcionamento do ribossomo em nível atômico.

Os ribossomos produzem proteínas, que por sua vez controlam a química de todos os organismos vivos. Como os ribossomos são cruciais para a vida, também se tornaram um alvo preferencial para o desenvolvimento de novos antibióticos.
Os novos medicamentos funcionam bloqueando a função dos ribossomos nas células das bactérias, evitando que estas bactérias produzam novas proteínas que precisam para sobreviver.
No anúncio do prêmio, durante entrevista coletiva na Real Academia Sueca de Ciências, os três cientistas foram descritos como "guerreiros na luta contra o crescente número de infecções bacterianas incuráveis".

'Guerreiros' contra as bactérias
O ribossomo traduz o código genético para a produção de proteínas, que são os blocos que constroem todos os organismos vivos. Esta estrutura das células também é o principal alvo de novos antibióticos, que combatem variedades de bactérias que desenvolveram resistência aos antibióticos tradicionais.

Os novos medicamentos funcionam bloqueando a função dos ribossomos nas células das bactérias, evitando que estas bactérias produzam novas proteínas que precisam para sobreviver.

No anúncio do prêmio, durante entrevista coletiva na Real Academia Sueca de Ciências, os três cientistas foram descritos como "guerreiros na luta contra o crescente número de infecções bacterianas incuráveis".


quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O que é efeito estufa?

Observada do espaço, nossa atmosfera nada mais é do que uma fina camada de gás ao redor de um enorme e volumoso planeta. Mas é esse anel gasoso externo e seu efeito enganosamente denominado efeito estufa que possibilitam a vida na Terra – e que poderão destruir a vida como a conhecemos.

O Sol é a principal fonte de energia da Terra, uma estrela flamejante tão quente que podemos sentir seu calor a 150 milhões de quilômetros de distância. Seus raios penetram em nossa atmosfera e se irradiam sobre nosso planeta. Cerca de um terço desta energia solar é refletida de volta ao universo por geleiras reluzentes, pela água e por outras superfícies brilhantes. Dois terços, entretanto, são absorvidos pela Terra, aquecendo terras, oceanos e a atmosfera.

Grande parte deste calor irradia-se de volta ao espaço, mas uma parte é armazenada na atmosfera. Este processo é denominado efeito estufa. Sem ele, a temperatura média da Terra seria de gelados -18º Celsius, mesmo com o fornecimento constante de energia pelo Sol.

Em um mundo como esse, a vida na Terra provavelmente jamais teria emergido do mar. Graças ao efeito estufa, todavia, o calor emitido pela Terra é capturado na atmosfera, proporcionando-nos uma temperatura média agradável, de 14ºC.

Os raios solares penetram no teto de vidro e nas paredes de uma estufa. Mas, uma vez que aquecem o solo, o que, por sua vez, aquece o ar no interior da estufa, os painéis de vidro capturam o ar quente e as temperaturas aumentam. Porém nosso planeta não tem paredes de vidro: a única coisa que se aproxima dessa ação é nossa atmosfera.
Como um radiador no espaço
Somente metade de toda a energia solar que alcança a Terra é radiação infravermelha e causa aquecimento imediato quando atravessa a atmosfera. A outra metade é de frequência mais alta, e somente se traduz em calor uma vez que atinge a Terra, sendo depois refletida de volta ao espaço na forma de ondas de radiação infravermelha.

Essa transformação da radiação solar em radiação infravermelha é crucial, uma vez que a radiação infravermelha pode ser absorvida pela atmosfera. Assim, em uma noite clara e fria, parte dessa radiação infravermelha, que normalmente se dissiparia no espaço, é capturada na atmosfera da Terra. E, como um radiador no meio de um quarto, nossa atmosfera irradia esse calor em todas as direções.

Parte desse calor retorna, finalmente, ao nada congelado do espaço. Parte é devolvida à Terra, onde ocasiona aumento das temperaturas globais. Já o nível de aquecimento aqui depende de quanta energia é absorvida lá em cima – e isso, por sua vez, depende da composição da atmosfera.
Artigos relacionados:
O que é dióxido de carbono?
O que é aquecimento global?
Derretimento do Ártico.

Anel gigante na órbita de Saturno

Cientistas da Nasa (Agência Espacial americana) descobriram um anel gigante em torno de Saturno, em cujo diâmetro caberiam alinhados 1 bilhão de planetas do tamanho da Terra.

Sua parte mais densa fica a cerca de 6 milhões de quilômetros de Saturno e se estende por outros 12 milhões de quilômetros, o que o torna o maior anel de Saturno. A altura do halo é 20 vezes maior que o diâmetro do planeta.

"Trata-se de um anel superdimensionado", definiu a astrônoma Anne Verbiscer, da Universidade da Virgínia em Charlottesville e uma das autoras de um artigo sobre a descoberta publicado na revista científica Nature.

"Se ele fosse visível a partir da Terra, veríamos o anel com a largura de duas luas cheias, com Saturno no meio", comparou a cientista.
Mistério

Os cientistas acreditam que a descoberta do anel poderá ajudar a desvendar um dos maiores mistérios da astronomia - a lua Iapetus, também de Saturno.

A lua foi descoberta pelo astrônomo Giovanni Cassini em 1671, que percebeu que ela tinha um lado claro e outro bastante escuro, como o conhecido símbolo yin-yang.

Segundo a equipe de Verbiscer, o anel gira na mesma direção de Phoebe e na direção oposta a Iapetus e às outras luas e anéis de Saturno.

Com isso, o material do anel colide constantemente com a misteriosa lua, "como uma mosca contra uma janela

Biodiversidade e Mudança Climática : Um elo crítico

Um clima em mutação coloca em risco ecossistemas e espécies inteiras. Em vez de preservar a biodiversidade da Terra, as ações humanas estão antecipando sua destruição. Com nossas ações, destruímos uma de nossas melhores defesas contra os impactos do aquecimento global.

De acordo com a avaliação mais recente da ONU, 20 a 30% das espécies vegetais e animais da Terra irão sofrer extinção se o aquecimento global aumentar as temperaturas entre 1,5º e 2,5º Celsius. A maioria dos cientistas estudiosos do clima acredita que haverá este aquecimento. Poderíamos perder incontáveis espécies de plantas, insetos e pequenos animais, bem como alguns de nossos mamíferos favoritos, inclusive os ursos-polares, cujos habitats estão literalmente derretendo.

Os cientistas estão apenas começando a aprender a respeito do impacto do aquecimento global nos locais de maior biodiversidade do mundo – florestas tropicais, pantanais e recifes de corais. O WWF afirma que grande parte da Floresta Tropical Amazônica e da Grande Barreira de Corais da Austrália poderá ser destruída pelo aquecimento global descontrolado nas décadas futuras. Pantanais, brejos costeiros, ilhas ao nível do mar, manguezais e florestas de coníferas também são sensíveis ao aquecimento global.

"A realidade é que já estamos presenciando as reverberações da mudança, não somente terrestre, mas também nos oceanos, devido ao branqueamento de corais e à acidificação oceânica", afirma Thomas E. Lovejoy, presidente do Heinz Center for Science, Economics, and the Environment sediado em Washington, D.C. "Essas mudanças estão começando a vir à tona agora, porque ninguém estava prestando atenção nelas antes".

A Avaliação Ecossistêmica do Milênio, um estudo realizado por mais de mil cientistas internacionais e editado em 2005, constatou que a mudança climática também afetará os "serviços" ambientais básicos fornecidos pela natureza. Florestas e brejos são vitais para a purificação do ar, para a água potável e para a regulação do clima. Os recifes de corais são importantes solos de desova de peixes. Uma vez extintos, a qualidade de vida entra em declínio.

A biodiversidade como uma amurada
A biodiversidade e diversos ecossistemas atuam como uma defesa natural contra os impactos da mudança climática. Lavouras resistentes à seca podem reduzir a possibilidade da fome gerada pela falta de chuvas. Florestas de mangues, como os Sunderbans, situados entre a Índia e Bangladesh, proporcionam abrigo contra um número crescente de tufões e enchentes. De acordo com o Programa Ambiental da ONU, ecossistemas com mais biodiversidade são simplesmente mais persistentes e têm mais probabilidade de se adaptar à mudança climática.

Uma das formas mais rápidas de destruir a biodiversidade é o desmatamento. O corte de florestas também responde por cerca de 20% de todas as emissões de dióxido de carbono produzidas pelo homem. Portanto, desacelerar o índice de desmatamento poderia ajudar a conter a mudança climática desgovernada e a preservar ecossistemas vitais para o ciclo de carbono da Terra. Cientistas também constataram que, uma vez cortada a floresta, a precipitação pluviométrica sofre uma queda drástica. O reflorestamento ajuda a estabilizar o ciclo natural da água e a retirar CO2 da atmosfera, mas, uma vez que destruída a floresta virgem, ela jamais poderá retornar ao seu esplendor original. Incentivos financeiros podem ser um importante instrumento para impedir a perda de florestas em locais como o Brasil e a Indonésia. Sem subsídios, o plantio de dendezeiro é mais lucrativo para um fazendeiro local do que manter a floresta intocada. Uma vez exaurido o solo, o fazendeiro prossegue para desmatar outra fileira de árvores.

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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Alterações climáticas provocarão mudanças drásticas na Europa

Um relatório efetuado por seis países europeus, revela que, futuramente, o Norte Europeu vai passar a ter um clima mais moderado, enquanto que a zona mediterrânica vai ser alvo de variações climáticas insuportáveis.

Ao longo dos últimos três anos, seis países europeus, entre os quais Portugal, efetuaram um relatório sobre as mudanças climatéricas na Europa e o seu impacto no futuro.
«Modelling the Impact of Climate Extremes» é o nome do relatório, apresentado pela University of East Anglia's Climate Research Unit, que revela o comportamento futuro do clima na Europa e impacto das mudanças climáticas em seis setores da economia.

Através de modelos computorizados de representações da atmosfera, do oceano e do solo, os investigadores conseguiram chegar à conclusão de que a Europa vai sofrer fortes alterações, uma vez que as temperaturas vão aumentar significativamente. O relatório revela que as ondas de calor vão ficar mais quentes e vão durar mais tempo. Por outro lado, as estações frias vão tornar-se muito mais curtas. No entanto, na maioria dos países, haverá um aumento de chuva no Inverno, com elevado risco de inundações e poluição na água. Quanto às temperaturas, no Norte, os dias abaixo dos 0º C irão diminuir para 4 meses. Também nestas zonas irão verificar-se Invernos muito secos. Já no Sul da Europa e no Mediterrâneo vão viver-se épocas de seca prolongadas e reduzidos períodos de chuva. Na Europa Ocidental, prevê-se um aumento do número de tempestades severas no Inverno.

Para além das previsões generalizadas sobre o impacto do clima no dia-a-dia dos europeus, os cientistas analisaram a influência do mesmo em seis setores da economia: Turismo, Água, Agricultura, Silvicultura, Energia e Segurança de Propriedade. De acordo com o relatório, o Turismo vai sofrer mudanças significativas, uma vez que, por exemplo, nas férias de Verão as zonas do Norte da Europa vão ser as opções viáveis em detrimento das zonas do Mediterrâneo.
As altas temperaturas, a seca e as mudanças do tempo de estações vão também modificar a Agricultura, principalmente no Sul. Os cientistas acreditam que os meses do denominado "período em flor" podem atingir temperaturas muito altas. Por outro lado, vastos períodos de chuva irão afectar a altura das sementeiras, alterando todos os estágios de desenvolvimento.

Como também já se tem vindo a registar, o clima tem um forte impacto na Silvicultura. Um exemplo disso, foi o fogo florestal que arrasou meio milhão de hectares no Mediterrâneo, em 2003, com uma estimativa de custo para a economia europeia entre 1000 a 5000 euros por hectare. O mesmo se tem vindo a passar em Portugal, onde, nos últimos anos – e este não tem sido excepção -, vários fogos de grandes dimensões têm deflagrado em praticamente todo o país. Infelizmente, e de acordo com os investigadores, devido ao aquecimento global os fogos florestais irão aumentar.

Brasil e UE discutirão mudanças climáticas em Cúpula na Suécia

A terceira reunião de cúpula entre a União Europeia (UE) e o Brasil começa nesta terça-feira, em Estocolmo, com os olhos voltados para as difíceis negociações para um compromisso planetário contra as mudanças climáticas, a dois meses da Conferência de Copenhague.

A cúpula, a terceira desde que a União Europeia e o Brasil estabeleceram a associação estratégica em 2007, tentará dar impulso às negociações internacionais sobre as mudanças climáticas para um ambicioso acordo na Conferência de Copenhague, sem deixar de lado a crise econômica mundial e as relações bilaterais.

Enquanto as delegações internacionais estão reunidas em Bagcoc na esperança de avançar nas discussões sobre a Cúpula de Copenhague, a UE tentará convencer a locomotiva americana a dar exemplo em seu continente.

"O Brasil é um dos principais atores nas negociações sobre o clima e seria muito importante se servisse de exemplo para os demais países da América Latina", destacou nesta segunda-feira Reinfeldt, desejando que o país fixe o mais rapidamente possível "suas metas de redução das emissões de dióxido de carbono".

Lula prometeu que o Brasil, o quarto maior emissor de gases causadores do efeito estufa do mundo, principalmente devido ao desmatamento da Amazônia, apresentará suas próprias metas de redução de emissões em Copenhague.

"Assumimos uma posição de liderança com a qual poderemos exigir de todos, e particularmente dos países mais ricos, metas de redução mais claras e ambiciosas", afirmou o presidente.

A Cúpula Brasil-UE vai ainda avaliar a crise econômica mundial e defender uma conclusão rápida da Rodada de Doha para a liberalização mundial do comércio e das negociações comerciais entre Bruxelas e o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai).

Leia mais sobre aquecimento global: texto do word, 28.5 KB. O que é Aquecimento Global?

Zoologia: Descoberto verme marinho que se acreditava extinto

Pesquisadores espanhóis descobriram nas águas do Parque Nacional das Ilhas Atlânticas, na Galícia, uma espécie de verme marinho que os cientistas acreditavam que estava extinta e que o único registro existente datava de 1913, anunciou nesta segunda-feira a Universidade de Alcalá de Henares, da Espanha.

A nova espécie trata-se de um nemertino chamado Lineus acutifrons, um verme marinho que possui uma tromba para capturar suas presas. O autor da descoberta, o pesquisador Juan Junoy, professor do Departamento de Zoologia da instituição, coletou 21 exemplares do animal, que pode alcançar 25 cm de comprimento e possui uma cor roxa brilhante.

"As únicas notícias que se tinham desta espécie partem da descrição em uma praia irlandesa por volta de 1913. Desde então, ela jamais havia sido capturada e o registro foi colocado em dúvida a ponto de ser considerada uma espécie extinta", informou o comunicado da universidade.

Segundo a instituição, o verme é cego e utiliza "receptores químicos para localizar e capturar suas presas". Os nemertinos, como o novo verme descoberto, são evolutivamente os primeiros invertebrados que apresentam um tubo digestivo completo.

Saiba mais sobre o Filo Nemertea, arquivo em pdf, 333.96 KB

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

ENEM 2009


Enem 2009: MEC deve anunciar nova data, dia 07/10/09
O ministro Fernando Haddad anunciou neste domingo, dia 4, que o Ministério da Educação divulga, provavelmente, na quarta-feira, 7, a nova data do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A decisão será tomada depois de quatro reuniões a serem realizadas na segunda e terça-feira. “Na quarta-feira já poderemos fechar o diagnóstico e apresentar os novos processos para realização do Enem. Divulgaremos os procedimentos de segurança, parceiros envolvidos e a data do novo Exame”, afirmou o ministro Fernando Haddad.
Enquanto a data ainda não foi decidida, continue estudando
Clique no link e acesse às questões de biologia do ENEM inclusive às de 2008.
Questões de Biologia do Enem

Mosquitos podem ajudar no combate à malária e à filariose

Os mosquitos que transmitem a malária e a filariose linfática podem ajudar a combater as duas doenças através de engenharia genética e da alteração de seu sistema imunológico, apontam dois estudos divulgados pela revista Science.
No caso da malária, cientistas franceses e alemães descobriram uma possível arma para combater a doença no genoma do Anopheles gambiae, o mosquito vetor do parasita que causa a forma mais grave da doença na África.
No da filariose, também conhecida como elefantíase, pela inflamação severa e o inchaço que causa nas partes do corpo da pessoa afetada, cientistas da Universidade de Oxford descobriram que infectar os mosquitos com um parasita bacteriano poderia ajudar a prevenir a doença.
No primeiro estudo, cientistas do Laboratório Europeu de Biologia Molecular (EMBL, na sigla em inglês), na Alemanha, e do Instituto Nacional de Saúde e da Pesquisa Médica (INSERM, na sigla em francês), na França, descobriram que as variações de um gene afetam a capacidade do mosquito de resistir à infecção do parasita da malária.
"Os parasitas devem passar parte de sua vida nos mosquitos e outra nos seres humanos", afirmou Stéphanie Blandin, da INSERM. "Ao aprender como os mosquitos resistem à malária podemos encontrar novos instrumentos para controlar a transmissão aos seres humanos em zonas frequentes", acrescentou.
O segundo estudo indicou que infectar os mosquitos com uma parasita bacteriana poderia contribuir no combate à filariose linfática, uma doença que afeta mais de 120 milhões de pessoas no mundo todo.
Segundo os pesquisadores, se o mosquito for infectado com a bactéria Wolbachia, seu tempo de vida pode ser reduzido.

Pesquisa sobre proteção dos cromossomos recebe Nobel de medicina


Três cientistas americanos que descobriram uma enzima que ajuda o cromossomo a proteger o código genético ganharam o prêmio Nobel de Medicina, anunciado nesta segunda-feira.
Elizabeth H. Blackburn, Carol W. Greider e Jack W. Szostak “resolveram um importante problema na biologia” ao definir como os cromossomos podem ser copiados de forma completa durante a divisão celular e protegidos da degradação, segundo o instituto Karolinska.
A resposta está nas extremidades dos cromossomos – os telômeros – e na enzima responsável por sua formação, a telomerase.
As pesquisas ajudaram a entender melhor o envelhecimento humano e o desenvolvimento de cânceres, certas doenças hereditárias e das células-tronco.
“As descobertas de Blackburn, Greider e Szostak adicionaram uma nova dimensão ao nosso entendimento da célula, clarificaram mecanismos de doenças e estimularam o desenvolvimento de novas terapias”, disse o comitê.

Elizabeth e Carol identificaram a enzima telomerase, que forma os telômeros. Enquanto isso, pesquisas de Szostak e Elizabeth elucidaram de que modo o encurtamento dos telômeros está vinculado ao envelhecimento. Desde então, os estudos sobre a telomerase se transformaram em um dos campos mais disputados do desenvolvimento de novos medicamentos, principalmente para câncer, uma vez que acredita-se que a enzima exerce um papel ao permitir que as células tumorais se reproduzam sem controle.


domingo, 4 de outubro de 2009

Eclologia: O fungo que comeu o mundo

Science
1 de outubro de 2009
Os cientistas alegam ter identificado um fungo antigo que floresceu há cerca de 250 milhões de anos, que se alimenta de árvores mortas (saprófita) e que se espalhou por todo o planeta. Esses restos (fungos) poderiam fornecer uma pista fundamental para a identidade do que matou grande parte dos animais e vegetais, ao mesmo tempo, embora alguns pesquisadores continuem céticos. A História da Terra é marcada por várias extinções em massa. Provavelmente a mais conhecida delas é a do chamado limite Cretáceo-Terciário, há cerca de 65 milhões de anos, a catástrofe que dizimou os dinossauros e muitas outras espécies terrestres e marinhas. Em todo o mundo, as amostras dos sedimentos que foram depositados mostraram os traços de Irídio, um elemento químico, que é raro na Terra mas comum em asteróides, apontando para um enorme impacto.
A extinção em massa mais misteriosa aconteceu há cerca de 250 milhões de anos, marcando o fim do período Permiano e início do Triássico. Quase toda a vida marinha desapareceu, como fizeram cerca de três quartos dos animais terrestres - quase todos os que residiam em um continente único, gigante conhecido como Pangeia. Mas a causa das extinções permaneceu indeterminada. Não há nenhuma evidência de um impacto, só sinais de fluxos de lava espalhadas e dicas de possível elevação do nível do mar ou mudanças na circulação oceânica.
Em 1996, os pesquisadores testaram restos de um gênero de microorganismos chamados Reduviasporonites, que são comuns no limite do Permiano-Triássico (P-Tr). Agora, os membros de uma equipe internacional dizem que confirmou não só que a Reduviasporonites ubiquitous eram fungos, mas também que as árvores de sua dieta primária estavam mortas - algo que poderia fornecer um indício decisivo sobre o tipo de catástrofe, que terminou o período Permiano. A equipe analisou isótopos de carbono e nitrogênio de amostras de Reduviasporonites. Essas análises para identificar substâncias químicas únicas Reduviasporonites, cujo reinado durou os períodos Permiano e Triássico, e outros compostos relacionados com a matéria orgânica de árvores mortas. Astrobiólogo e o autor Mark Sephton do Imperial College de Londres afirma que as análises mostram que o organismo alimentados com madeira morta. Sephton explica que para Reduviasporonites ser tão comum na transição P/Tr, eles devem ter prosperado em um desastre que trouxe "uma mudança dramática no meio ambiente." A causa mais provável, diz ele, é uma liberação maciça de dióxido de enxofre e outros gases nocivos das erupções vulcânicas. Esses gases teriam causado chuva altamente ácida, o suficiente para envenenar a maior parte do planeta, matando árvores e criar uma festa global para Reduviasporonites.
. "Quando as coisas se tornaram realmente ruins, esses fungos estavam mais em casa do que nunca"., diz Sephton.
Compilado por Rejane Cardoso do artigo de Phill Berardelli.
Interessado (a) nesse tipo de notícia?
Acesse às reportagens do blog Ser Bio é lógico:
Hominídio de 4,4 mil anos pode explicar a evolução do homen.
Fóssil de dinossauro alado comprova parentesco com pássaros