quinta-feira, 18 de novembro de 2010

ONU lançará satélite para estudar fezes como combustível

A ONU (Organização das Nações Unidas) está finalizando o projeto de enviar seu primeiro satélite ao espaço para estudar se fezes podem ser utilizadas para produção de células de combustível. O satélite, chamado Unescosat, custou cerca de U$ 5 milhões (aproximadamente R$ 8,6 milhões) e será destinado a estudos e pesquisas científicas com contribuição internacional, conta o Fast Company.

O Unescosat irá ao espaço com diversas cargas diferentes, mas uma delas é realmente especial, com a bactéria Shewanella MR-1, que será utilizada para descobrir se as fezes dos astronautas podem ser transformadas em hidrogênio. Segundo explica o site Dvice, a quantidade de hidrogênio que as espaçonaves podem levar é um importante fator limitante para a duração das missões espaciais.

Donald Platt, diretor do Programa de Ciências Espaciais e Sistemas Espaciais do Instituto de Tecnologia da Flórida, explica que as bactérias são capazes de transformar as fezes em hidrogênio, e o estudo pretende avaliar como elas irão se comportar em um ambiente de microgravidade.

Outra carga transportada pelo satélite terá bactérias que servirão de base para o estudo da possibilidade destes microorganismos viverem nas calotas de gelo de Marte, e ajudar nas pesquisas sobre evidências de formas de vida extintas.

O Unescosat deve ser lançado no primeiro semestre de 2011 e tem previsão de ficar em órbita por pelo menos 5 anos.

Fonte: Geek

Tempestades solares ameaçam redes elétricas e de comunicações

As tempestades magnéticas causadas por fortes ventos solares podem afetar não apenas os satélites em alta altitude, mas também as redes elétricas em terra, os odeodutos que transportam gás ou petróleo, além de perturbar as comunicações.

O impacto da tempestade solar de 1859, por exemplo, a mais forte conhecida, foi considerada moderada porque nossa civilização tecnológica apenas balbuciava. Se ocorrer agora, os prejuízos serão significativos.

Uma grave tempestade solar poderia causar vinte vezes mais prejuízos econômicos aos Estados Unidos que o ciclone Katrina em 2005, advertiu a Academia americana de Ciências em 2008. O custo poderia chegar a 2 bilhões de dólares num primeiro ano de ocorrência de uma tal catástrofe.

O relatório destaca a vulnerabilidade de setores como as redes elétricas, localização GPS, transportes aéreos, transações financeiras, comunicações radiofônicas.

No dia 13 de março de 1989, uma tempestade magnética devida a um fluxo de partículas solares eletricamente carregadas havia provocado pane na rede Hydro-Quebec, privando 6 milhões de canadenses de eletricidade durante 9 horas.

Quando o campo magnético terrestre é fortemente perturbado, produz correntes na superfície da Terra, explica Philippe Escoubet, responsável pela missão europeia Cluster destinada a estudar os efeitos dos ventos solares sobre nosso planeta.

Descoberto planeta maior que Júpiter em galáxia vizinha

Concepção artística mostra o HIP 13044 b, um exoplaneta ligeiramente maior que Júpiter, e que orbita uma estrela a 2 mil anos-luz da Terra. Foto: AFP

Concepção artística mostra o HIP 13044 b, um exoplaneta ligeiramente maior que Júpiter, e que orbita uma estrela a 2 mil anos-luz da Terra
Foto: AFP

Astrônomos europeus informaram ter encontrado pela primeira vez um planeta em outra galáxia fora da Via Láctea - à qual pertence a Terra -, em um informe divulgado nsta quinta-feira nos Estados Unidos. O exoplaneta é ligeiramente maior que Júpiter, que é o maior do Sistema Solar, e orbita ao redor de uma estrela que está a 2 mil anos-luz da Terra.

Acredita-se que ambos, estrela e planeta, sejam parte da corrente Helmi, grupo de estrelas que permaneceu depois que sua minigaláxia foi absorvida pela Via Láctea, 9 milhões de anos atrás, destacou o estudo publicado na Science Express. Os astrônomos conseguiram localizar o planeta, batizado HIP 13044 b, ao se concentrar em uma "pequena perturbação na estrela, causada pelo empuxo gravitacional de um companheiro orbital", destacou o estudo.

Para tal, usaram um telescópio de propriedade do laboratório europeu em La Silla, no Chile, a 2,4 mil m de altitude e 600 km ao norte de Santiago. O planeta está bastante próximo da estrela que orbita e sobreviveu a uma fase na qual sua anfitriã passou por um crescimento maciço depois de ter esgotado sua provisão de hidrogênio nuclear, uma etapa que dentro da evolução das estrelas se denomina "fase de gigante vermelha".

"A descoberta é particularmente intrigante se se considera o futuro distante dentro do nosso próprio sistema planetário, quando o sol também se tornar uma gigante vermelha, dentro de 5 bilhões de anos", disse Johny Setiawan, principal pesquisador do projeto do Instituto Max Planck de Astronomia. O exoplaneta (planeta fora do Sistema Solar) completa uma órbita a cada 16 dias e provavelmente é bastante quente porque fica muito perto da estrela e talvez esteja no fim de sua vida, disseram os astrônomos.

Fonte: AFP

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O desaparecimento das abelhas


As abelhas são elementos importantíssimos tanto para o homem como para o meio ambiente, seja pelos produtos de valor comercial fornecidos, (mel, própolis, cera e geléia real), mas principalmente pela ação da polinização, por contribuir para o aumento da produção de frutos e sementes de diversos vegetais de interesse agro florestal.

O número de colônias de abelha tem declinado consideravelmente, sendo um fato preocupante para a humanidade. Esse desaparecimento misterioso pode causar um estrago de proporções catastróficas aos seres vivos .Nos Estados Unidos recebeu o nome de Colony Collapse Disorder (Desordem e Colapso da Colônia) atingindo 30 a 50 estados. Três espécies já desapareceram nos últimos 50 anos e outras dez encontram-se ameaçadas. Foram encontradas abelhas sobreviventes em suas colméias, nas quais haviam perdido por completamente sua imunidade e estavam infestadas por vários tipos de vírus e fungos ao mesmo tempo. Cientistas das Américas chegaram à conclusão de que elas se intoxicam ao coletar o pólen contaminado por herbicidas e inseticidas usados na agricultura.

Outra possível causa apontada por pesquisadores é o aquecimento global. O sistema de orientação das abelhas funciona por meio dos olhos. As abelhas dependem da luz solar para encontrar o caminho de volta para as colméias. O aumento da incidência de raios ultravioletas poderia, assim, ser uma das causas do fenômeno.

Alguns apicultores Gaúchos e Catarinenses relatam desaparecimento de abelhas em níveis inéditos, registrando perdas de 25% na produção de mel em suas regiões. O fenômeno pode causar graves desequilíbrios ambientais, vez que as abelhas são responsáveis por mais de 90% da polinização e, de forma direta ou indireta pelos alimentos consumidos pelos seres humanos além de perpetuar as espécies vegetais.

O físico Albert Einstein fez uma previsão assustadora, há mais de 60 anos: “Olhem as abelhas, se elas sumirem, a humanidade tem no máximo de quatro anos de sobrevida”, o motivo é simples: sem abelhas não há polinização, e sem polinização não há produção de alimentos.

Por Edilene Teles Barbosa