sábado, 17 de julho de 2010

Galinha surgiu antes do ovo

Enigma foi desvendado por investigadores ingleses
Enigma foi desvendado por investigadores ingleses

O enigma sobre o que surgiu primeiro, se o ovo ou a galinha, foi esclarecido por investigadores das Universidades de Sheffield e Warwich, no Reino Unido.

De acordo com os resultados obtidos, a galinha apareceu antes, na medida em que a formação da casca do ovo depende de uma proteína que só é encontrada nos ovários deste tipo de ave. Assim sendo, o ovo só pôde existir depois de ter surgido a primeira galinha.

A proteína em questão - ovocledidin-17 (OC-17) - actua como um catalisador para acelerar o desenvolvimento e cristalização da casca, cuja estrutura rígida é necessária para abrigar a gema e os seus fluidos de protecção, enquanto o pinto se desenvolve.

Nesta investigação foi utilizado um super computador – HECToR - para visualizar de forma ampliada a formação de um ovo. Este indicou que a OC-17 é fundamental no inicio da formação da casca, pois transforma o carbonato de cálcio em cristais de calcita, que compõem a casa do ovo.
Segundo Colin Freeman, do Departamento de Engenharia Material da Universidade de Sheffield, "há muito tempo que se suspeita de que o ovo surgiu primeiro, mas agora há provas científicas de que a galinha foi sua precursora."
John Harding, outro cientista da mesma universidade, considera que o estudo poderá servir como base para outras investigações. "Entender como funciona a produção da casca de ovo é interessante, mas também pode ser uma pista para a concepção de novos materiais e processos", referiu.

Cientistas criam mosquito incapaz de transmitir malária

Todos os anos, 250 milhões de pessoas são infectadas com o parasita que provoca a doença

«Anopheles stephensi» responsável pela transmissão do parasita que provoca a malária
«Anopheles stephensi» responsável pela transmissão do parasita que provoca a malária
Uma equipa de cientistas da Universidade do Arizona, Estados Unidos, conseguiu criar em laboratório um mosquito incapaz de transmitir o parasita Plasmodium falciparum que provoca malária. O estudo agora publicado na «PLoS Pathogens» dá conta da importância do êxito das experiências.

Os investigadores conseguiram que a manipulação genética fosse transmitida à descendência dos insectos modificados, o que pode ter consequências positivas para futuro quebrar o ciclo de transmissão da doença.

Por ano, 250 milhões de pessoas contraem malária através de picadas de mosquitos. A maior parte delas são crianças africanas. Esta doença, para a qual ainda não se encontrou um tratamento eficaz, mata um milhão de crianças com menos de cinco anos todos os anos. Muitas outras conseguem sobreviver mas podem sofrer graves danos cerebrais.
Não é a primeira vez que os cientistas tentam criar um mosquito incapaz de transmitir a doença. Mas até agora nenhuma das tentativas para erradicar o ciclo tinha resultado. Agora, afirma Michael Riehle, o que se procura é “eficácia a cem por cento, que nenhum parasita sobreviva para infectar humanos”.
No mosquito geneticamente modificado, o parasita Plasmodium falciparum, não consegue crescer. Para já, os exemplares estão fechados num centro de segurança máximo. No entanto, pode ser que no futuro esta espécie incapaz de transmitir a doença seja inserida nas populações selvagens. Assim, os seus descendentes não conseguirão transmitir o parasita.
As experiências foram realizadas com a espécie Anopheles stephensi, o mosquito que mais transmite a doença no Médio Oriente e no sul da Ásia. Existem ainda mais de 20 espécies diferentes do género Anopheles que funcionam como veículo de transmissão.