quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Estrelas do mar podem ajudar a eliminar CO2

Segundo um novo estudo de pesquisadores britânicos, estrelas do mar e outras espécies de equinodermos como ouriços do mar podem ajudar a eliminar CO2. Os moradores do fundo do mar podem armazenar cerca de 2% das emissões anuais de CO2.

Os pesquisadores já sabiam que equinodermos armazenam grandes quantidades de carbonato de cálcio, alguns possuem corpos compostos por 80% deste material. Estes pequenos animais podem capturar cerca de 0,1 gigatoneladas de carbono por ano, dos 5,5 gigatoneladas que os humanos jogam no ar todos os anos.

A equipe chegou a esse resultado depois de coletar amostras de carbono de equinodermos de diferentes locais do planeta. Eles combinaram as medições com dados populacionais e dados de mortalidade, para descobrir o quanto eles podem armazenar e o tempo que demora para o carbono ser "enterrado" depois da morte de um desses animais.

Os cientistas acham que esse número pode ser ainda maior, já que eles precisam formar estimativas para áreas como o Pacífico Equatorial, que não foi bem estudado, e pode ter uma grande população de equinodermos. Ele também estão preocupados, pois o aumento da acidificação dos oceanos pode afetar gravemente este ciclo.

"Tricorder" real pode revolucionar o diagnóstico de doenças


Essa é para deixar os fãs de Star Trek mais felizes. Lembra do Tricorder usado pelo Dr. McCoy? Pois é, agora ele existe na vida real e está sendo testado por pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. O aparelho detecta doenças - de câncer no ovário a problemas cardiovasculares - a partir de uma pequena amostra de sangue em apenas 20 minutos. Funciona assim: Por meio de nanotecnologia, o sensor do aparelho consegue detectar partículas muito pequenas presentes no sangue: células específicas, moléculas, genes ou mesmo enzimas que são indicativos de alguma doença. Além da rapidez do diagnóstico, a identificação de partículas minúsculas garante mais precisão nos resultados do que os métodos comuns.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Como uma semente evolui até virar árvore?

por YURI VASCONCELOS

A semente óvulo maduro e fecundado da planta inicia o crescimento absorvendo água do solo e consumindo reservas próprias de nutrientes. Quando as primeiras folhas aparecem, a planta passa a gerar nutrientes pela fotossíntese, absorvendo água, luz e gás carbônico do ambiente. Árvore é o nome dado a vegetações lenhosas de grande porte, com mais de 3 metros de altura e formadas por raiz, caule, ramos e folhas. Elas são classificadas em angiospermas (quando dão flores e as sementes são protegidas por um fruto) e gimnospermas (plantas sem frutos e cujas sementes não têm proteção). Estima-se que existam cerca de 100 mil espécies de árvores, o que representa 25% de todos os organismos vegetais do planeta, atualmente. ;-]
ESPETÁCULO DO CRESCIMENTO
Evaporação de água pelas folhas estimula a subida de minerais capturados pela raiz
A árvore começa a nascer quando ocorre a germinação e as três partes principais da semente entram em ação:
O tegumento protege o conteúdo interno;
O embrião é formado por microestruturas,como a radícula (ou raiz embrionária) e os cotilédones, que darão origem às primeiras folhas;
O endosperma é um tecido de reserva nutricional
Sob condições favoráveis de água, temperatura e luz, o embrião deixa o estado de latência e começa a se desenvolver. A semente absorve água do solo e aumenta de volume. Esse crescimento faz a casca se romper e a radícula, estrutura que dá origem à raiz, alonga-se em direção ao solo
O passo seguinte é o desenvolvimento da plântula, nome dado pelos botânicos à planta jovem, ainda incapaz de fazer fotossíntese. Nessa etapa, a raiz se alonga e se ramifica terra adentro para fixar a árvore ao solo
Quase ao mesmo tempo, desenvolvem-se as partes aéreas como o caule e os cotilédones. Também chamados de primeiras folhas, eles são ricos em nutrientes e alimentam a plântula na fase inicial de crescimento, quando ela ainda não tem folhas verdadeiras, capazes de realizar a fotossíntese
Na fotossíntese,a luz solar é absorvida pelos cloroplastos – microestruturas que armazenam clorofila, substância que dá cor verde às folhas. A clorofila e a energia solar transformam, por meio de reações químicas, a água captada pela raiz e o gás carbônico (CO2) retirado da atmosfera em glicose e outros nutrientes
Pequenos poros das folhas se abrem para capturar CO2 e perdem água por evaporação. Para compensar a desidratação, a água absorvida pela raiz, rica em sais minerais como potássio, fósforo e nitrogênio, viaja até o alto da planta por um conjunto de tecidos e vasos chamado xilema
Enquanto o xilema leva água e minerais para as folhas, o floema distribui a seiva que “alimenta” toda a planta. A seiva é um líquido formado por açúcares, aminoácidos e ácidos orgânicos resultantes da fotossíntese
O engrossamento do tronco e dos galhos ocorre quando as células do câmbio vascular se multiplicam, gerando o xilema e o floema. As células mortas do xilema formam as fibras do cerne – tecido que sustenta a planta. A clorofila se acumula nos tecidos mais internos e o caule deixa de ser verde.
Baixe a apostila de Botânica e saiba mais sobre o assunto.

O que é transtorno bipolar?

O transtorno bipolar é uma doença mental em que o paciente alterna estados de euforia e depressão, além de fases de "normalidade" intercaladas. A causa exata é desconhecida, mas os cientistas acreditam que esteja ligada à genética - segundo a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar, 50% dos portadores da doença apresentam pelo menos um familiar afetado. Há dois tipos de transtorno bipolar: o I, que é a doença propriamente dita, e o II, em que os episódios de depressão e hipomania (versão mais leve da mania, como é chamada a fase de euforia) são mais curtos e mais espaçados entre si. O primeiro tipo atinge cerca de 1% da população e fica no 10º lugar entre os transtornos mentais mais comuns (veja tabela abaixo). O segundo tipo atinge cerca de 8% da população. "O tratamento depende da fase e da gravidade e sempre envolve medicamentos, em geral estabilizadores de humor", explica o psiquiatra Eduardo Pondé, professor-adjunto do Instituto de Ciências da Saúde da UFBA. Mas só remédio não basta: é preciso tratamento psicológico para ajudar o paciente a aceitar e controlar a doença.
O império do medo
Conheça o ranking das doenças mentais mais comuns na população
8,3% Fobias simples
Medo irracional de um objeto ou situação específica, como acrofobia (medo de altura)
5,3% Transtorno depressivo unipolar
Estado permanente de tristeza e angústia que pode levar ao suicídio: é a famosa depressão
4,9% Agorafobia
É uma fobia peculiar: medo de ter medo em uma situação nova (geralmente em multidões)
3,6% Estresse pós-traumático
Transtorno de ansiedade causado por algum trauma psicológico vivido no passado
3,4% Transtorno de ansiedade generalizada
Preocupação excessiva e, às vezes, irracional, sobre coisas triviais
2,4% Transtorno obsessivo compulsivo (TOC)
Obsessões e compulsões incontroláveis e repetitivas, como lavar as mãos a toda hora
2,1% Transtorno de personalidade antissocial (ASP)
Pessoas alheias às normas da sociedade e indiferentes aos sentimentos dos outros
2% fobia social
Medo de lidar com outras pessoas e de participar de situações em que se é avaliado, levando a pessoa ao isolamento
1,6% Síndrome do pânico e Distimia
Na síndrome do pânico, o paciente tem a sensação de que algo horrível vai acontecer e tem ataques; a distimia é uma forma mais branda de depressão
1,1% Transtorno bipolar I
Fonte - PESQUISA FEITA NA POPULAÇÃO AMERICANA DE 18 A 54 ANOS PELO NATIONAL INSTITUTE OF MENTAL HEALTH

As dez fobias mais esquisitas do planeta

Gente com medo de chulé, de legumes, de umbigo, de beijo ou - acredite! - com pavor até de mulher bonita! Está na hora de conhecer as paúras mais estranhas que existem. E aí, vai ler ou tá com medo?
10. Bromidrofobia
Medo de quê - Odores do corpo
Nível de pavor - Medroso
Ok, ninguém em sã consciência gosta de ter cecê ou chulé, cuidando da higiene pessoal para não exalar esses odores pelo corpo. Só que é quase impossível não rolar um bodunzinho ou outro de vez em quando, né? Pois é esse o pavor de quem sofre de bromidrofobia. Os "zé-limpinhos" tomam vários banhos por dia e, de tanta esfregação, chegam a ficar com a pele machucada. O medo de cheirar mal pode ser tão grande que muitos evitam qualquer atividade que gere transpiração.
9. Caetofobia
Medo de quê - Pelos e cabelos
Nível de pavor - Maricas
O ator Tony Ramos e o guitarrista Slash são o maior pesadelo de quem tem caetofobia. É que eles morrem de medo de pessoas muito peludas ou com uma baita cabeleira. Em geral, os "caetofóbicos" cortam o cabelo bem curtinho ou até raspam a cabeça. Alguns chegam a contratar alguém só para lavar seu cabelo e não ter que tocar na "coisa peluda"! No outro extremo, estão as vítimas de falacrofobia, o temor de ficar careca - aliás, o que seria o paraíso para os "caetofóbicos"...
8. Deipnofobia
Medo de quê - Jantar em família ou com amigos
Nível de pavor - Medroso
Para as pessoas com deipnofobia, basta sentar à mesa para uma singela refeição e está pronto o cenário do terror: elas aprontam o maior suador, sentem falta de ar e são tomadas por uma sensação de impotência. É que elas enxergam um jantarzinho como uma terrível ameaça, que trará à tona conflitos emocionais não resolvidos. A britânica Karen Tate, por exemplo, sempre tem um ataque de pânico quando vai a um restaurante com amigos, e não vê a hora de sair do lugar. Poderia aproveitar para não pagar a conta!
7. Eisoptrofobia
Medo de quê - Espelhos e de se olhar no espelho
Nível de pavor - Medroso
Em geral, a eisoptrofobia, ou medo de espelhos, está ligada ao temor diante do sobrenatural. As pessoas temem ver no reflexo do espelho fantasmas e outros seres. Superstições ligadas a esse objeto (como a crença de que quebrar um espelho dá sete anos de azar) também ajudam a aumentar a paranoia. Até mesmo a própria imagem da pessoa pode causar terror por se tratar de algo "não humano". A atriz Pamela Anderson é uma das pessoas que preferem sacrificar a vaidade a encarar um "espelho, espelho mau".
6. Hipopotomonstrosesquipedaliofobia
Medo de quê - Palavras grandes
Nível de pavor - Maricas
O próprio nome desta fobia - o palavrão gigante acima - já obriga quem sofre do distúrbio a confrontar seu medo: um temor irracional de palavras longas ou de uso pouco comum, como termos técnicos e médicos (por exemplo, linfangioleiomiomatose). Elas também evitam mencionar palavras estranhas ao vocabulário coloquial. Segundo os especialistas, essa paúra surge do medo de pronunciar a palavra de forma incorreta e, por isso, cair no ridículo.
5. Onfalofobia
Medo de quê - Umbigos
Nível de pavor - Maricas
Nunca encoste no umbigo de quem sofre de onfalofobia, pois o cara pode ter o maior ataque nervoso. Na verdade, essas pessoas também ficam nervosas só de ver um umbigo. Quando a coisa rola com mulheres grávidas, é ainda pior. É que elas têm o maior pavor de que seu umbigo cresça demais ou fique com o formato conhecido como couve-flor. Algumas mães chegam a tapar o umbigo dos bebês com curativos para não ver a "criatura".
4. Lachanofobia
Medo de quê - Vegetais
Nível de pavor - Maricão
Cenouras, amoras, abobrinhas. Vegetais "assassinos" como esses são os algozes de quem tem lachanofobia. A forma incomoda, a cor não agrada, a textura causa aversão e o cheiro, náuseas. Em geral, a pessoa tem medo de algum vegetal em particular. Um jovem americano, por exemplo, tinha pavor de pêssegos. Certo dia, ao entrar no chuveiro da casa da namorada e ver a imagem da fruta no rótulo de um xampu, deu o maior chilique e saiu correndo da casa...
3. Automatonofobia
Medo de quê - Autômatos e bonecos de cera
Nível de pavor - Maricas
Autômatos, como bonecos de ventríloquo, são artefatos que simulam ações humanas. Mas não para pessoas que têm automatonofobia. Para elas, inocentes bonequinhos de parque de diversões são verdadeiros monstros. A visão de algo que imita seres humanos causa tremedeiras, choro e paralisia. O "machão" Hugh Jackman, o Wolverine de X-Men, já admitiu morrer de medo do Chuckie, o brinquedo "assassino". Só não contem isso para o Prof. Xavier!
2. Filemafobia
Medo de quê - Beijar
Nível de pavor - Maricão
Não há Cupido que ajude. Para quem tem filemafobia, um simples beijo é sinônimo de pesadelo. A pessoa sente enjoos e fica com a boca seca e as mãos trêmulas. Em casos mais graves, chega a ter um ataque de pânico. Não rola nem beijo na bochecha a amigos e familiares. Para os estudiosos, esse transtorno está ligado a outro, a filofobia, o medo de se apaixonar. Ele também é fruto do temor de possíveis ações subsequentes ao beijo, como fazer sexo.
1. Caligenefobia
Medo de quê - Mulheres bonitas
Nível de pavor - Maricão
Também conhecido por venustrafobia, esse é o pavor sentido por alguns homens quando têm que interagir com - ui, que meda! - uma mulher bonita! Os caras sentem falta de ar, arritmia e muitos até vomitam. O bizarro terror de beldades é tamanho que alguns sujeitos até abandonam o emprego se tiver alguma gata no trabalho. Como forma de tratamento, o "coitado" é exposto a fotos e vídeos de mulheres bonitas, como Gisele Bündchen. Depois, ainda precisa encarar umas gatas em carne e osso. Ô problemão...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Terra: uma poeirinha no espaço!

O Museu de História Natural dos Estados Unidos criou um vídeo em que resume tudo o que os cientistas já mapearam no Universo, com o intuito de mostrar que o planeta Terra não passa de uma poeirinha flutuante. A sequência de imagens se inicia em um plano aéreo das montanhas do Himalaia, na Ásia, e vai subindo, subindo… Mostra a Via Láctea e, no fim, a uma distância de 13,7 bilhões de anos-luz, os quasares, os objetos mais distantes já vistos aqui de nosso planetinha. A animação foi vista 1,5 milhão de vezes.

A obsessão do ponto G

Agora uma pesquisa diz que ele não existe – mas a busca continua. Afinal, a quem interessa a existência dessa Shangri-La do prazer feminino?

Fernanda Colavitti
Montagem sobre fotos
Parem os GPS e as bússolas, é inútil continuar a busca. O ponto G – aquele paraíso mítico dos prazeres, Ilha da Fantasia dos orgasmos múltiplos – não existe, segundo os autores do mais recente estudo sobre o tema (sim, mais um...), publicado na revista científica Journal of Sexual Medicine e divulgado na semana passada. Para chegar a essa triste conclusão, os pesquisadores do King’s College, de Londres, basearam-se em um questionário com 1.804 gêmeas de idades entre 23 e 83 anos. Todas responderam a perguntas gerais a respeito de sua vida sexual e a várias perguntas específicas sobre percepção do ponto G. O objetivo dos cientistas era estabelecer um fato fisiológico. Se uma irmã afirmasse que tinha ponto G, a outra (sendo idêntica) deveria dar a mesma resposta. Mas isso não aconteceu. Mais da metade das respostas não bateu. Conclusão dos pesquisadores: não há evidência de que o ponto G seja uma área anatômica.

Então é isso? Fim da discussão? O ponto G pode entrar oficialmente na lista das causas perdidas, em companhia de óvnis, abomináveis homens das neves e das ruínas de Atlântida? Oficialmente, não. O estudo britânico foi imediatamente contestado por outros especialistas, e seus autores, com a humildade de exploradores perdidos, recomendam que as pesquisas prossigam, desta vez com tecnologia de ultrassom. Isso significa que virão novos estudos, seguidos pelos mesmos debates inconclusivos, aos quais se seguirão contestações e admissões de falhas. Enfim, a busca continua.

Passados 59 anos desde que o ginecologista alemão Ernst Gräfenberg formulou a existência dessa zona erógena feminina (o G do ponto é uma homenagem a ele), fica cada vez mais difícil entender o empenho médico e científico em localizar uma parte do corpo feminino que reluta em se revelar. De acordo com Gräfenberg, essa região corporal seria localizada no interior da vagina, a cerca de 4 centímetros de sua entrada superior, na altura aproximada do clitóris. Mas, assim como ocorre com o Eldorado e Shangri- -La, os mapas têm se revelado enganosos. Os pesquisadores procuram há anos e nunca acharam nada capaz de constar num livro de anatomia. Por que então a obsessão com o assunto? A resposta mais comum é que serviria a todo mundo – mulheres e homens – se fosse achado um botão orgânico que proporcionasse orgasmos vaginais, o Santo Graal da sexualidade feminina. A ginecologista Carolina Ambrogini Carvalho, da Universidade Federal de São Paulo, discorda. “A sexualidade das mulheres já é bastante complicada. A maioria ainda está tentando conseguir algum orgasmo. Falar de um superorgasmo de ponto G só aumenta a ansiedade delas”, afirma a médica. O.k., mas, se não são as mulheres as beneficiárias da busca pelo ponto G, quem são? “É uma pergunta que sempre me faço”, diz a geneticista Andrea Burri, uma das autoras do estudo britânico com as gêmeas. “Algumas pessoas estão em busca de mais conhecimento sobre a complicada sexualidade feminina, mas outras claramente têm interesses comerciais. Esse pode ser um mercado muito lucrativo”, afirma.

Shere Hite dizia que o ponto G é uma conspiração masculina em defesa da penetração

O cirurgião plástico Murillo Caldeira Ribeiro trouxe dos Estados Unidos uma técnica para aumentar o ponto G. Ele diz que aplica injeções de colágeno na localização exata do ponto G. Mas como, se ninguém ainda conseguiu provar que tal região existe? “A polêmica está no nome, não na região física, que está muito bem descrita. Consigo detectar por meio do toque e de um aparelhinho”, diz. A aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária da marca de colágeno usada por Ribeiro expirou em 2006 e nunca foi liberada como produto médico injetável. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica também não reconhece a técnica. Ainda assim, 75 mulheres já pagaram R$ 3 mil pela promessa de conseguir chegar ao orgasmo por meio da ampliação de seu ponto G – ainda que somente por um ano, quando o produto deve ser reaplicado. Entre elas está a estudante paulistana Elisabete, de 29 anos. Ela afirma que só conseguia ter orgasmos quando se masturbava e que seu marido se queixava de ela nunca chegar lá com a penetração. A estudante ficou sabendo da técnica oferecida por Ribeiro em uma revista e, por estímulo do marido, submeteu-se ao procedimento. Ficou muito satisfeita com os resultados. “Agora consigo ter orgasmos sempre que transo com meu marido”, diz.

Para alguns especialistas, a obsessão feminina pelo orgasmo vaginal – um conceito freudiano muito criticado, segundo o qual haveria dois tipos de orgasmo, sendo mais prazeroso o obtido com a penetração – é um dos grandes impulsionadores da histeria em torno do ponto G. As mulheres, frequentemente cobradas pelos homens, querem chegar ao clímax durante a penetração (e se possível rapidamente), como acontece nos filmes de Hollywood e também agora nas minisséries brasileiras. Tal desejo levou a sexóloga e feminista americana Shere Hite, autora do famoso Relatório Hite, de 1976, a formular a teoria conspiratória de que o ponto G seria uma invenção masculina para justificar a penetração, pois as mulheres não teriam necessidade dela para obter prazer. “Concordo com a Shere Hite”, diz a sexóloga Mara Pusch. “A maioria dos defensores do ponto G é homem, o primeiro a descrevê- -lo foi um homem. Eles se sentem menos competentes quando a mulher não chega ao orgasmo com a penetração.”

Em defesa do ponto G, pode-se dizer que o clitóris, hoje considerado o ponto-chave da sexualidade feminina, também foi ignorado por séculos. Seu papel no prazer sexual das mulheres foi descrito pela primeira vez por um médico grego no século I, segundo o livro A história da V, da jornalista Catherine Blackledge. No entanto, por motivos sociais e religiosos, essa informação desapareceu em algum momento entre os séculos XVII e XX. Até 1968, os livros de anatomia ou ignoravam totalmente o clitóris ou reduziam- -no a um minúsculo ponto de tecido, sem maior importância. Somente em 1928 foi publicada a informação de que o órgão era muito maior do que se supunha. “Quando Gräfenberg descreveu a localização do ponto G, não havia tanto rigor nas pesquisas científicas”, diz a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade, do Hospital das Clínicas. “Ele provavelmente juntou o relato de algumas pacientes e generalizou o resultado.” Segundo Carmita, ele errou ao definir um ponto fixo e imutável para todas, mas acertou ao dizer que a mulher precisa ser estimulada intravaginalmente em uma posição sensível. “Cabe a cada uma encontrar seu ponto de maior sensibilidade, seu próprio ponto G”, diz.

Fonte: Época

domingo, 10 de janeiro de 2010

Mundo vai ter recorde de calor em 2010

Nem tudo são flores em 2010. De acordo com o Instituto de Meteorologia do governo britânico, o mundo pode atingir níveis recordes de temperatura nesse ano que vai nascer. A previsão do Met Office é que o mundo pode ficar 0,6ºC mais quente do que o normal, por conta do fenômeno El Niño e das interferências do homem no meio ambiente. De acordo com o instituto, tudo vai depender da força que o El Niño terá no começo do ano.
A previsão gerou polêmica durante a Conferência Mundial sobre o Clima, a COP-15, em Copenhague, e levantou discussões. De acordo com a Fundação de Políticas para o Aquecimento Global, outra instituição britânica, novos debates sobre o clima devem ser estimulados ao longo do ano.

Onde foi parar o aquecimento global?

O ano em que foi registrado o recorde de altas temperaturas na Terra não foi 2007 ou 2008, mas 1998. Nos últimos 11 anos não se observou um aumento das temperaturas do planeta. Ninguém previu isso, mesmo com o aumento das emissões de dióxido de carbono, gás que se pensa ser o responsável pelo aquecimento global.

Aqueles que não acreditam na mudança do clima da Terra argumentam que há ciclos naturais, dos quais não se tem controle, que determinam a temperatura do planeta. Mas qual a evidência disso?

A abordagem das pesquisas foi simples: verificar o comportamento do sol e a intensidade dos raios cósmicos nos últimos 30-40 anos e compará-los com a tendência de aumento da temperatura. Os resultados foram claros: “o aquecimento nas duas últimas décadas dos 40 anos pesquisados não pode ter sido causado pela atividade solar”, declara Dr. Piers Forster, da Universidade de Leads. Mas outro cientista, Piers Corbyn, da Weatheraction, discorda. Ele acredita que as partículas com energia do sol que chegam à Terra nos provocam um grande impacto.

De acordo com a pesquisa desenvolvida pelo professor Don Easterbrrk, da Western Washington University, os oceanos e a temperatura são correlatos. Os oceanos, segundo o professor, têm um ciclo de aquecimento e resfriamento natural. Nos anos 1980 e 1990, estávamos num ciclo positivo, isto é, de temperaturas mais altas que a média. As observações revelaram que, nesta época, a temperatura global era quente também.

Estes ciclos, no passado, duravam cerca de 30 anos.