sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Casos macabros

Há poucos dias, ficamos estarrecidos com um caso que chocou ba opinião pública: mais de quarenta agulhas form inseridas no corpo de uma criança de dois anos de idade. Um caso que foi parar nas páginas dos mais importantes jornais do país e do mundo. O esclarecimento do caso: o padrasto do menino inseriu as agulhas como "obrigação", em um ritual de magia negra.
Até onde vai a ignorância de uma pessoa, para submeter outro ser humano à esse tipo de ritual macabro, para a realização de seus desejos e vaidades?
Outros casos que seguem acontecendo pelo mundo, com o caso das crianças africans. São fatos como este que me convencem do quanto a espécie a que pertencemos precisa ainda de evoluir para sermos considerados realmente seres humanos! O progresso tecnológico e científico serve de muito pouco, quando não é acompanhado por uma verdadeira evolução humanista. Imaginar-se-ia o caso que se transcreve numa qualquer crónica dos confins da Idade Média, num filme de terror, Mas infelizmente, acontece tão perto de nós que a gente às vezes nem percebe.
Mas não, não se trata de ficção macabra, nem tão pouco de uma história remota. É aqui, no Brsil, na Europa e no século XXI, que estas coisas acontecem:
(Crianças oriundas de África são traficadas para o Reino Unido para serem usadas em rituais de sacrifícios humanos, sendo espancadas e mesmo assassinadas, refere um relatório da polícia britânica, hoje [16-Jun-2005]divulgado pela BBC.)
caso de Altamira- Belém do Pará- Brasil
Meninos, com idade entre 8 e 14 anos, foram seqüestrados e castrados na cidade de Altamira, localizada a 777km de Belém. Segundo o Ministério Público, os crimes que aconteceram entre 1989 e 1993 foram motivados por rituais de magia negra. As crianças encontradas, mortas ou vivas, estavam nuas, algumas com orifícios de arma de fogo, queimaduras de cigarro, olhos arrancados, pulsos cortados, órgãos sexuais extirpados cirurgicamente, sofreram abuso sexual e sevícias.
E como a Biologia poderia explicar isso?
Segue-se a questão: Esses casos são motivados por algum tipo de psicopatia? ou apenas a manifestação da vaidade humana ? Infelizmente esse tipo de comportamento ainda não foi totalmente esclarecido pela psicologia e psiquiatria.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Nova vítima do aquecimento global?

A abelha mamangava está desaparecendo do Sul do país, mostram cientistas da UFPR. A principal acusada dessa extinção local é a mudança climática, ao lado de outros fatores.
Uma pesquisa brasileira revela que a abelha da espécie Bombus bellicosus, popularmente conhecida como mamangava, pode estar extinta localmente no Brasil. O inseto, originalmente encontrado em áreas de vegetação campestre no Sul do país, desapareceu do Paraná, onde era muito abundante, e ainda se mantém no Uruguai e Argentina. Segundo os cientistas, a principal causa para seu extermínio em território nacional é o aquecimento global, seguido de outros fatores como a poluição e as mudanças em seu hábitat.

Estudos de campo feitos entre 2002 e 2005 por pesquisadores do Laboratório de Biologia Comparada de Hymenoptera do Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), evidenciaram o desaparecimento da mamangava em locais onde há 20 anos ela era comum.

Os cientistas monitoraram Ponta Grossa, no Paraná, além dos municípios de Esteio e Bom Jesus, no Rio Grande do Sul e algumas regiões de Curitiba e Santa Catarina. Nenhum espécime foi encontrado vivo no Paraná e constatou-se que a espécie está em processo de extinção nas outras regiões. Os resultados do trabalho foram publicados em agosto na revista Insect Conservation.
“A mudança climática é o fator mais decisivo na extinção de espécies.”

O levantamento da espécie na região já era feito há 40 anos, o que ajudou na pesquisa. Durante a análise desses dados, os cientistas perceberam que o último registro da espécie no Brasil, de 1980, coincidia justamente com o período em se iniciou a intensificação do aquecimento global.
“A mudança climática é o fator mais decisivo na extinção desta espécie”, explica a bióloga Aline Martins, envolvida na pesquisa. “É provável que as recentes mudanças de temperatura tenham afetado essas populações.”
Leia também: Eistein e as abelhas

Caso mais antigo de lepra é descoberto em Israel

Vestígios de lepra foram identificados no DNA de um homem sepultado em uma tumba de Jerusalém datada do século 1º, o que faz do esqueleto a prova mais antiga desta doença, informou nesta quarta-feira (16) a Universidade Hebraica, em Israel.

Com o esqueleto também foi encontrado o mais antigo fragmento de sudário já identificado em Jerusalém, datado da época de Jesus Cristo, destaca a universidade.

Segundo o historiador Orit Shamir, especialista de tecidos antigos, o sudário encontrado agora tem uma técnica de fiação muito simples, bem diferente da textura complexa do sudário de Turim, que muitos pensam ter envolvido o corpo de Jesus após seu martírio.

"Se considerarmos que este é um sudário comum aos utilizados na época de Jesus, é possível concluir que o sudário de Turim não foi fabricado em Jerusalém na época de Jesus", destaca a Universidade Hebraica.

O corpo, que data da primeira metade do século 1º, foi descoberto em uma tumba próxima à Cidade Velha de Jerusalém, na mesma zona onde Judas teria se suicidado, segundo a tradição cristã.

Outra curiosidade é que o corpo foi enterrado apenas uma vez, e não duas, como era a tradição na época.

Segundo Mark Spigelman, especialista em biologia molecular, além da lepra o homem sofria de tuberculose, a causa direta de sua morte.

Polvo surpreende cientistas ao usar cascas de coco

Cientistas da Austrália se surpreenderam ao flagrar um polvo usando cascas de coco como abrigo. Em um artigo na revista científica Current Biology, os especialistas do Museu Victoria, de Melbourne, afirmam que este é o primeiro exemplo do uso de ferramentas por um animal invertebrado.

A equipe filmou um polvo "agarrando" metades de cascas de coco debaixo d'água e levando-as para outro lugar para usá-las depois como abrigo. "Quase me afoguei rindo quando vi a cena pela primeira vez", disse à BBC Julian Finn, um dos cientistas. "Eu sabia que o polvo queria fazer alguma coisa com a casca de coco, mas não esperava que ele fosse pegá-la e levá-la para outro lugar."

Os polvos da espécie Amphioctopus marginatus foram filmados entre 1999 e 2008 perto da costa de Sulawesi e de Bali, na Indonésia, mas o comportamento inusitado dos animais foi flagrado apenas quatro vezes. Os cientistas acreditam que os cocos encontrados pelos polvos foram jogados por pessoas nas praias e acabaram se fixando no fundo do mar.

"É impressionante ver a maneira como eles manipulam as cascas", disse Mark Norman, outro pesquisador da equipe. "Eles sondam o terreno com os tentáculos, afastam a areia e levantam o coco com uma rotação." Depois de colocar o lado aberto da casca para cima, eles agarram a peça e vão embora. Quando são duas metades, o animal consegue colocar uma dentro da outra. "É uma demonstração impressionante de destreza e coordenação de oito braços e centenas de ventosas", definiu Norman.

A filmagem flagrou os polvos se deslocando por até 20 metros com as cascas de coco, e depois se escondendo debaixo delas. "Este habitat é incrivelmente perigoso para esses animais, com poucas opções de esconderijo. Ficar embaixo da areia não é suficiente para eles se protegeram dos predadores", explicou Norman.

O uso de ferramentas é algo que se acreditava ser uma habilidade exclusiva dos humanos, mas recentemente esse comportamento tem sido cada vez mais observado entre primatas, outros mamíferos e aves.

Fonte: BBC Brasil

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O que é a fitoterapia?

Fitoterapia é a utilização de vegetais em preparações farmacêutica (extratos, pomadas, tinturas e cápsulas) para auxílio ao tratamento de doenças, manutenção e recuperação da saúde. Fitoterapia vem do idioma grego e quer dizer "tratamento" (therapeia) "vegetal" (phyton). O uso de plantas medicinais na fitoterapia vai desde as formas mais empíricas e tradicionais até as científicas.
A fitoterapia acompanha a humanidade desde os povos primitivos, que já utilizavam plantas medicinais para curar doenças, e hoje em dia vem ganhando cada vez mais popularidade no mundo todo.
Porém, é preciso ter cautela ao utilizar a fitoterapia, uma vez que um produto natural não significa necessariamente que seja livre de efeitos colaterais. Todos os medicamentos, inclusive os fitoterápicos, devem ser usados com orientação médica.
No Brasil, desde março de 2004, a Anvisa estabeleceu regulamentação para garantia da qualidade do medicamentos fitoterápicos para o consumidor. Para isso, exige a reprodutibilidade dos fitoterápicos fabricados com os lotes desses medicamentos produzidos com a mesma quantidade de um conjunto de moléculas denominado marcador. Outro critério obrigatório é a comprovação da eficácia e segurança dos medicamentos fitoterápicos.
Acesse ao link: Biblioteca brasileira de fitoterápicos e saiba mais sobre esse assunto.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Azeite de oliva pode diminuir risco de cancer de mama

Incluir o azeite de oliva extra virgem na dieta pode ajudar a proteger o corpo contra o câncer de mama, afirmam pesquisadores do Instituto de Oncologia da Espanha e da Universidade de Granada. Segundo eles, os polifenóis contidos no óleo ajudam a diminuir a incidência de formação de tumores.

O estudo espanhol mostrou que o azeite tem um efeito protetor contra o tipo HER2 da doença, uma das variações mais agressivas do câncer de mama.

Além da descoberta de que o azeite pode proteger a saúde, os pesquisadores também avaliaram a ação direta do azeite na proliferação de tumores, indicando que o extrato do azeite pode um dia virar um medicamento contra o câncer.
Os testes indicam que o grupo de antioxidantes contidos no azeite ajudam a evitar a degradação das células, e que uma dieta rica em fitonutrientes pode ajudar a prevenir uma série de doenças.
Fonte: O Globo
Acesse ao link A história do azeite e saiba mais sobre o azeite de oliva.

Consumo de chá verde pode reduzir formação de pedras nos rins, diz estudo

O consumo de chá verde pode ajudar a prevenir o doloroso problema das pedras nos rins, segundo estudo da Universidade Sichuan, na China. De acordo com os autores, alguns compostos do extrato do chá verde podem se ligar ao oxalato de cálcio – principal componente dos cálculos renais – dificultando a formação dessas pedras nos rins.

Os especialistas examinaram os efeitos de um concentrado de chá verde na cristalização do oxalato de cálcio usando uma variedade de técnicas avançadas de imagem. E os resultados mostraram que, com o crescimento da quantidade do extrato aplicado, os cristais de oxalato de cálcio ficavam cada vez mais lisos, fazendo com que fosse mais difícil a formação de cálculos maiores. Segundo os autores, esses cristais menores seriam liberados, sem problemas, pela urina.
Fonte: uol.com.br

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Esperança contra o câncer em óleos vegetais

Por: Raquel Oliveira
Cientistas brasileiros confirmam eficácia da aplicação de um ácido graxo extraído de plantas na redução de tumores cerebrais em ratos. A descoberta pode originar um novo tratamento para esse tipo de câncer.

Um ácido graxo encontrado em óleos vegetais, especialmente os das plantas do gênero ‘Primula’, mostrou eficiência na redução de tumores cerebrais em ratos (foto: BerndH/ Wikimedia Commons).

Pode vir dos óleos vegetais um novo aliado no combate ao glioma, tumor do sistema nervoso central que afeta principalmente o cérebro. Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) confirmaram em testes com ratos a eficiência da aplicação de um ácido graxo extraído de plantas na redução desse tipo de câncer. O estudo pode dar origem no futuro a uma nova forma de combate à doença.

O tratamento com o ácido graxo reduziu em 75% o tamanho dos tumores

O glioma não está entre os tipos mais comuns de câncer. Seu tratamento é difícil e atualmente inclui radioterapia e remoção cirúrgica do tumor. Os pesquisadores da USP testaram a eficácia do ácido gama linolênico (AGL), um ácido graxo essencial do tipo ômega-6 encontrado primariamente em óleos vegetais, contra o tipo de tumor cerebral mais comum e agressivo em humanos, o glioblastoma multiforme. O resultado foi animador: o tamanho dos tumores foi reduzido em 75% durante o tratamento.

Segundo o especialista em biologia celular e tecidual Juliano Andreoli Miyake, um dos autores do estudo, as propriedades anticancerosas do ácido gama linolênico já eram conhecidas. O diferencial da pesquisa da equipe da USP foi a quantidade de AGL usada para tratar o tumor: foi instalada uma bomba na cabeça dos ratos que inseria em média 0,5 microlitro desse ácido graxo por hora. A duração total do tratamento foi de 14 dias.

“Esse é um tempo bastante curto”, avalia Miyake em entrevista à CH On-line. “Há inclusive estudos em cultura com outros tipos de câncer nos quais se observa diferença na proliferação das células tumorais em apenas 24 horas”, acrescenta. “É difícil falar em cura, mas acho que o AGL se aproxima de um tratamento mais eficaz do que os existentes hoje em dia.”

Para realizar os testes, foram cultivadas em laboratório células de glioblastoma multiforme com crescimento acelerado. Depois, elas foram injetadas nos ratos. Após um intervalo de duas semanas para que as células se multiplicassem nos animais, os pesquisadores iniciaram o tratamento com o AGL.


A ressonância magnética mostra um glioblastoma, tumor cerebral mais comum e agressivo em humanos. Testes em ratos confirmaram que o ácido gama linolênico é capaz de reduzir esse tipo de tumor (imagem: Christaras A).

Indução da morte celular

Miyake explica que o tumor diminuiu porque o AGL induz a morte celular. Além disso, houve redução de 44% na angiogênese, ou seja, na criação de vasos sanguíneos, que está diretamente relacionada ao crescimento acelerado do tumor.

O AGL também reduziu as proteínas associadas à proliferação das células do glioma, como a ERK1 e a ERK2. Por outro lado, a quantidade de P53, uma espécie de supressor tumoral, foi aumentada. “O AGL diminuiu ainda a atividade da enzima MMP2, que é muito importante porque abre espaço para a migração das células cancerosas e para a formação de novos capilares sanguíneos”, conta Miyake.

O ácido gama linolênico também pode mostrar eficácia contra outros tipos de câncer

A bioquímica Alison Colquhoun, outra autora do estudo, acredita que o ácido gama linolênico também pode mostrar eficácia contra outros tipos de câncer. “Já existe literatura científica que indica o potencial do uso do AGL em tumores localizados em outros lugares do corpo”, adianta.

Segundo Miyake, ainda não há previsão de quando serão iniciados testes com humanos para o tratamento de tumores cerebrais com AGL. Ele conta que esse ácido graxo tem um efeito colateral sobre a quantidade de lipídios que favorecem um processo de inflamação no cérebro.

“Pesquisas indicam que o ácido gama linolênico modula a resposta inflamatória e pode aumentar ou diminuir a concentração dos lipídios envolvidos no processo inflamatório”, esclarece. Por isso, os esforços da equipe estão concentrados agora em estudar substâncias com potencial anti-inflamatório, como as prostaglandinas.

Quanto às possíveis diferenças entre a reação do organismo de ratos e de humanos a esse ácido graxo, Colquhoun esclarece: “É impossível falar agora. Há alguns estudos iniciais com humanos em que certos tumores reagiram bem, mas é preciso muita pesquisa clínica antes de se chegar a qualquer conclusão.”

Fonte: Ciência Hoje


O que é intolerância ao glúten.

Alergia, intolerância e doença celíaca são muitas vezes confundidas porque tem alguns sintomas semelhantes, mas na verdade são muito diferentes.
A doença celíaca é uma intolerância permanente ao glúten que acomete indivíduos com predisposição genética.
Geralmente se manifesta na infância, entre o primeiro e o terceiro ano de vida.
O glúten é uma proteína presente em diversos cereais como o trigo e seus derivados como a farinha de trigo, centeio, cevada, aveia, trigo sarraceno ou triticale (trigo-centeio híbrido) e todos os derivados desses cereais.
A prolamina é uma substância presente no glúten, responsável pela reação no organismo que causa má absorção intestinal e ela se difere de acordo com o tipo de cereal: gliadina do trigo, secalina no centeio, hordeína na cevada e avenina na aveia.
Ao entrar nas células intestinais, ela se liga a um receptor e com isso os linfócitos (nossa defesa) liberam substâncias que danificam essas células.
A intolerância ao glúten, também chamada de doença celíaca, depende de fatores genéticos e imunológicos cujos sintomas podem variar entre: diarréia crônica, vômitos, irritabilidade, falta de apetite, déficit de crescimento em crianças, distensão abdominal e atrofia da musculatura glútea.
O diagnóstico da doença pode ser feito através provas para saber a função de digestão e absorção intestinal e por exames através da função imunológica como anticorpo antigliadina e antitransglutaminase.
Para o tratamento, deve haver mudança no hábito alimentar, retirando para sempre alimentos que contém glúten da alimentação.
Os alimentos permitidos são : arroz, legumes, verduras, frutas, ovos, leite, carnes e leguminosas.
Os cereais permitidos são milho, amido de milho, fubá, farinha de arroz, fécula de batata, farinha de mandioca e polvilho.
Os produtos industrializados isentos de glúten podem ser consumidos e são identificados através do rótulo das embalagens.
Receitas especiais para celíacos.
leia também a reportagem: Intolerância ao glúten afeta 1 milhão de brasileiros.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Revoada de pássaros assusta moradores na Califórnia

Estorninhos europeus escureceram os céus em 11/1209 .
Cerca de 500 mil aves participaram das evoluções, disse especialista.

Moradores do condado de Sacramento, no estado americano da Califórnia, assustaram-se no fim da tarde de sexta-feira (11) com uma revoada de pássaros.
As aves formaram uma nuvem escura, com desenhos e manobras incríveis.

Motoristas chegaram a parar seus carros para acompanhar o fenômeno.
Segundo um especialista, tratava-se de estorninhos europeus, que costumam fazer as acrobacias no fim do dia. De acordo com ele, cerca de 500 mil aves participaram das "evoluções".

Teste nos EUA pode identificar potencial esportivo em crianças


Uma empresa americana está oferecendo um teste que, segundo ela, pode prever as habilidades de uma criança para os esportes.
Por US$ 149 (cerca de R$ 340), a Atlas Sports Genetics, com sede em Boulder, no Estado do Colorado, coleta amostras de células da boca da criança e identifica que variações ela apresenta do gene ACTN3, que, segundo uma pesquisa de 2003, teria um papel importante no desenvolvimento atlético.
Segundo a empresa, dependendo do tipo de gene, a criança teria mais habilidades em esportes de força (como o levantamento de peso) ou de resistência (como a maratona), ou ainda uma combinação dos dois (como o futebol).
"A descoberta de um talento olímpico pode demorar anos. Mas e se nós soubéssemos parte da resposta já no nascimento?", diz a Atlas em seu site.
A empresa alega que o teste poderia ser feito em crianças a partir de um ano de idade.
Preocupação
Especialistas, no entanto, expressaram preocupação com o fato de o resultado acabar incentivando pais a forçar seus filhos a se especializar em um esporte muito cedo ou treinar demais para sua idade.
"Acho preocupante porque muitos pais não terão discernimento em relação a isso", disse William Morgan, autor do livro Why Sports Morally Matter ("Por que os esportes são moralmente importantes", em tradução livre), ao jornal The New York Times. "Esse tipo de teste apenas contribui para a loucura em torno dos esportes."
Outros especialistas acrescentam que são necessários muito mais estudos sobre o ACTN3, e que os resultados de testes como os da Atlas representam apenas parte da equação, na qual outros genes também estão envolvidos no desempenho atlético.
O presidente da empresa, Kevin Reilly, disse ao jornal que esperava que o teste fosse provocar polêmica e reconheceu que ele é apenas uma das inúmeras ferramentas para ajudar a criança a atingir seu potencial nos esportes.
"Não é assim que vamos descobrir o próximo Michael Johnson, mas se você esperar até a adolescência, pode ser tarde demais. O objetivo é identificar as crianças com mais potencial e ajudar os pais a escolher o melhor caminho para elas", afirmou.