sexta-feira, 25 de junho de 2010

Bactéria relaxante estimula capacidade cognitiva

A «Mycobacterium vaccae» provoca aumento dos níveis de serotonina e diminuição da ansiedade

Susan Jenks e Dorothy Matthews, do Sage Colleges, Nova  Iorque
Susan Jenks e Dorothy Matthews, do Sage Colleges, Nova Iorque
A exposição a uma determinada bactéria pode influenciar a capacidade cognitiva. Este é o resultado de um estudo que foi agora apresentado no Congresso da Sociedade Americana de Microbiologia, realizado em San Diego, Califórnia.

Já se sabia que a exposição a certas bactérias presentes no meio ambiente podiam ter qualidades anti-depressivas. Dorothy Matthews e Susan Jenks, investigadoras de Sage Colleges, de Nova Iorque, apresentaram uma dessas bactérias, a Mycobacterium vaccae, um microrganismo da terra que é ingerido e respirado de uma forma natural quando se está no campo em contacto com a natureza.


Experiências anteriores realizadas em ratos tinham demonstrado que a bactéria estimulava o crescimento de determinados neurónios no cérebro, o que provocava uma aumento dos níveis de serotonina e uma diminuição da ansiedade. Visto que a serotonina tem um papel importante na aprendizagem, os investigadores começaram a equacionar se a própria bactéria podia estimular a aprendizagem.

No laboratório, acrescentaram a bactéria à comida de um grupo de ratinhos durante um estudo sobre a sua capacidade de moverem num labirinto. Em comparação com os que não ingeriram a bactéria, estes ratinhos percorriam o labirinto ao dobro da velocidade e com um nível de ansiedade muito inferior aos outros.

Numa segunda experiência, retirou-se a bactéria da dieta dos animais e voltou-se a medir a capacidade de percorrer o labirinto. Apesar de se tornarem mais lentos, continuavam a ser mais rápidos que os outros. Três semanas depois, voltaram a ser analisados e ainda restava alguma vantagem, apesar de não muito significativa, sobre os outros. Isto sugere que o efeito das bactérias é temporal.

Dorothy Matthews acredita que esta investigação indica que a Mycobacterium vaccae desempenha um papel importante nos níveis de ansiedade e no processo de aprendizagem dos mamíferos.

Genoma do piolho decifrado

Sobrevivência do insecto depende do ser humano

Genoma  do piolho é o menor alguma vez decifrado em insectos
Genoma do piolho é o menor alguma vez decifrado em insectos

Uma equipa internacional de investigadores decifrou o genoma do piolho, companheiro inseparável do ser humano há milhões de anos, revela um estudo que traz novas informações sobre a biologia humana e a deste inseto.
De acordo com a Proceedings of the National Academy of Sciences, onde foi publicado o artigo, a sobrevivência deste parasita, que mede de dois a três milímetros de comprimento, é totalmente dependente dos humanos, sendo que o inseto desapareceria da Terra se estivesse separado dos homens por muito tempo.

O corpo do piolho apresenta "o menor número de enzimas de desintoxicação observadas em qualquer outro insecto", revelou John Clarck, investigador da Universidade de Massachusetts e um dos autores do estudo.
Este número reduzido de enzimas de desintoxicação faz com que o organismo do piolho seja potencialmente promissor para o estudo da resistência aos inseticidas e outros mecanismos de defesa.
Os autores do estudo decifraram, ainda, o genoma de uma bactéria que vive no corpo do piolho, a Candidatus riesia pedicullicola.







Chimpanzés matam para expandir território

Em dez anos de investigação especialistas testemunharam vários assassinatos


Uma investigação de uma década permitiu descobrir as razões pelas quais os chimpanzés matam companheiros da sua espécie. De acordo com o estudo publicado na "Current Biology", estes animais matam com o intuito de expandir o seu território.



Ao longo de dez anos, chimpanzés do Ngogo, no Parque Nacional Kibale (Uganda) foram observados por investigadores americanos que testemunharam e documentaram 18 ataques mortais de chimpanzés.

Segundo John Mitani, principal autor do estudo, foram encontradas provas conclusivas em três assassinatos entre estes primatas. Os ataques ocorreram principalmente quando grupos menores de chimpanzés foram "vigiar" o território das comunidades vizinhas destes animais. Após as mortes, os cientistas observaram que os chimpanzés aumentaram o seu território em 22 por cento. Os animais desfrutam assim de maior acesso aos alimentos e, possivelmente, a mais fêmeas.
"Já que o território recém-adquirido corresponde à zona antes ocupada por muitas das vítimas, sugerimos que existe um elo entre os actos anteriores de agressão inter-grupal letal e a expansão territorial posterior", sublinhou Mitani.

Os chimpanzés são os animais mais próximos dos seres humanos, razão pela qual os investigadores estudam o seu comportamento em busca de pistas sobre a origem e a evolução humana.
As conclusões básicas do estudo podem revelar pistas sobre a cooperação humana, indicaram os investigadores, que destacaram a colaboração e o trabalho em equipa, assim como a redistribuição de recursos extraordinários para os membros do grupo.





Lodo de esgoto pode substituir adubo na cana-de-açúcar

Adubação da cana-de-açúcar com lodo, em área de produção comercial
Adubação da cana-de-açúcar com lodo, em área de produção comercial
Estudo desenvolvido pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura
A utilização de lodo de esgoto na adubação de cana-de-açúcar pode substituir, em 100 por cento, o uso do adubo mineral nitrogenado necessário para a cultura das plantas. Além dos benefícios ambientais e ecológicos, a técnica pode aumentar a produtividade e diminuir custos. Essas são as conclusões de uma investigação coordenada por Cassio Hamilton Abreu Junior, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) da Universidade de São Paulo (Brasil).
Por ter a vantagem de eliminar ou minimizar o uso de adubos minerais, a utilização do lodo de esgoto no solo brasileiro para fins agrícolas é já estudada há quase 30 anos. “O assunto é relativamente recente no Brasil quando comparado com EUA, Europa e Ásia, onde a prática é mais antiga”, informou o investigador. Porém, a preocupação de Cassio Junior ultrapassa o processo de produção agrícola e salta para a contaminação do solo, dos lençóis freáticos e dos próprios alimentos.
Segundo o professor, a actividade humana nas cidades leva a dois importantes resíduos: lixo urbano e lodo de esgoto (do tratamento dos esgotos domésticos). “Os solos brasileiros são pobres em matéria orgânica, a utilização de composto do lixo para fins agrícolas vem sendo difundida por estudos académicos porque, além de rica fonte de matéria orgânica, elimina ou minimiza o uso de adubos minerais”, destacou. No caso do uso agrícola do lodo de esgoto doméstico, sua aplicação é controlada por autorização da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). “Apesar de o lodo possuir matéria orgânica e nutrientes importantes para o crescimento das plantas como nitrogénio e fósforo, também pode conter metais pesados e compostos orgânicos”, disse ainda.
Outra vantagem ambiental é o prolongamento da vida útil dos aterros sanitários, destino dos resíduos domésticos. O investigador questiona os altos custos de implantação de aterros controlados e referiu que “apesar do impacto ambiental causado por estes locais, que são males necessários, mas ninguém quer um aterro perto de casa”.
Os estudos do Cena são conduzidos em plantações de eucalipto em parceria com uma empresa ligada ao papel e celulose. Na cultura de cana-de-açúcar, os testes são em áreas cultivadas do Grupo Cosan. Dados já confirmados nessas culturas dão como certa a capacidade de o lodo substituir o adubo mineral que contém nitrogénio e fósforo.
Lodo aumentou produtividade da cana-de-açúcar em 12 por  cento
Lodo aumentou produtividade da cana-de-açúcar em 12 por cento
“Os testes com cana estão mais adiantados em comparação ao ciclo do eucalipto, que dura sete anos. Na cana, há o aumento de 12 por cento da produtividade nos locais que receberam o lodo aplicado como substituto do nitrogénio e complementado com adubo contendo potássio (o lodo é pobre nesse nutriente), conforme a norma do Conselho Nacional do Meio Ambiente, órgão do Ministério do Meio Ambiente”
, esclareceu.
“Com relação à cana, podemos afirmar que 100 % adubo mineral nitrogenado que deveria ser aplicado pode ser substituído pelo lodo de esgoto”, afirmou, acrescentando que as doses de fósforo são supridas em até 30 por cento.
Efeitos da adubação
Os estudos também indicam outros números promissores quando verificados os efeitos da adubação com a utilização de lodo de esgoto no plantio das árvores. Em eucalipto, esse tipo de adubação substitui totalmente o uso de nitrogénio e supre 66 por cento do fósforo necessário. O investigador alerta que os resultados devem ser interpretados com cautela. “Apesar do volume crescente de estações de tratamento de esgoto, que significa farta abundância deste produto, o lodo deve ser aplicado seguindo os critérios exigidos”.
Outro subproduto gerado pelas estações de tratamento de esgoto e que pode ser muito utilizado na agricultura é a água residual, por conter nutrientes. “O lodo e a água provenientes de estações de tratamento, quando gerados de forma correta, têm uso agrícola interessante. Basta tratá-los de forma adequada. O mais importante é que o esgoto seja urbano e não industrial”, alerta Cassio Junior.
A investigação remete para diferentes alternativas para a substituição do fósforo na adubação, material que está se tornando escasso. “Como as reservas naturais de fósforo tendem a acabar, o estudo visa buscar alternativas ambientais e ecológicas para retornar o nutriente em solos pobres”, concluiu.
Fonte: Ciência Hoje PT

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Tratamento genético pode impedir manifestação do HIV

Testes realizados nos EUA foram positivos
Um estudo publicado na revista “Science Translational Medicine” sugere que os medicamentos utilizados para combater o vírus HIV poderiam ser substituídos por tratamentos genéticos.

Esta nova técnica consiste na inserção de genes na corrente sanguínea dos pacientes, pelo que a sua aplicação pode substituir o actual regime de combinação de fármacos para impedir a manifestação da sida em pacientes infectados com o HIV, indica o estudo liderado por David DiGiusto, da Universidade da Pensilvânia (EUA).A técnica foi aplicada em pacientes com linfoma, uma das manifestações mais comuns da infecção do HIV. Geralmente, no tratamento destes doentes, juntamente com a quimioterapia, aplica-se uma extracção parcial da sua medula óssea, seguida por um transplante dos seus próprios glóbulos vermelhos não infectados.

Resultados positivos

Quatro doentes foram submetidos a esse novo procedimento, sendo que os cientistas lhes inseriram um vector com genes antivírus, assim como células de um transplante normal.

David  DiGiusto, líder do estudo
David DiGiusto, líder do estudo
Já no interior das células, esse vector transmitiu três factores diferentes que interromperam a multiplicação do vírus. Nenhum dos pacientes revelou sintomas de intoxicação sanguínea e os glóbulos de todos mostraram expressões dos genes antivírus da sida. Além disso, 18 meses depois, o número desses antivírus tinha aumentado em dois dos quatro pacientes.

Os resultados indicam também que o procedimento é aparentemente seguro e que as células que receberam o novo material genético sobreviveram. No entanto, os cientistas admitiram que ainda existem obstáculos e que o próximo passo será assegurar que as células sanguíneas que recebem os genes de protecção contra a sida não sejam destruídas pelo sistema imunitário do paciente.
Fonte: Ciência Hoje PT

Amador registra imagens da estratosfera com câmera de R$ 80

Astrônomo amador conseguiu tirar fotografias da Terra a partir da  estratosfera Foto: Reprodução

Astrônomo amador conseguiu tirar fotografias da Terra a partir da estratosfera
Foto: Reprodução

Parecem imagens tiradas da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), ou de algum milionário satélite lançado por uma superpotência, mas foram criadas pelo astrônomo amador americano Colin Rich com uma câmera digital que custou cerca de R$ 80 (confira mais imagens na aba "fotos" acima). As informações são do Daily Mail.

Rich não precisou do orçamento bilionário da Nasa, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) ou da japonesa (Jaxa), mas sim de um balão, uma câmera comprada no eBay e muita criatividade. De acordo com a reportagem, no total, o projeto custou aproximadamente R$ 1,3 mil.

O americano de 27 anos colocou a câmera com 5 anos de uso em uma caixa fechada com fita adesiva e a lançou à estratosfera em um balão meteorológico. O aparato alcançou 38 mil m, uma altitude cerca de quatro vezes maior que a capacidade de um avião comercial.

Como o nome sugere, o projeto Pacific Star 2 foi a segunda empreitada do americano ao espaço e foi lançado quatro meses após o planejamento começar. Segundo a reportagem, Rich se inspirou no fotógrafo britânico Robert Harrison, que conseguiu tirar fotos da estratosfera em 2008. O Pacific Star 1 foi bem menos longe que o "irmão" mais novo, alcançou 2,7 mil m.

Segundo o americano, o lançamento ocorreu no dia 5 de junho. "Nós lançamos (o Pacific Star 2) em Oxnard, na Califórnia", disse o astrônomo amador à reportagem. "Nós trouxemos nosso tanque de hélio e inflamos o balão meteorológico de látex (...) e, no final da tarde, nós lançamos".

Rich ainda brinca com o projeto. "Foi muito amador, mas é claro que isso é metade da diversão", diz. "O invólucro de isopor protegeu a câmera do frio e permitiu que ela gravasse vídeos e tirasse fotos com o timer que eu tinha programado", afirma.

O balão levou cerca de uma hora e meia para chegar à estratosfera. Ao chegar ao seu destino, o tamanho do balão aumentou cerca de sete vezes por causa da pressão interna.

"Ele (o balão) então estourou e o paraquedas entrou em funcionamento e, é claro, nós fomos recuperar o invólucro", diz. Ele pousou a cerca de 32 km do local do lançamento. Segundo a reportagem, o voo do Pacific Star 2 levou cerca de duas horas e meia e custou aproximadamente R$ 1,3 mil.

No site do projeto, que reúne textos, vídeos e imagens da empreitada, o astrônomo amador diz que já prepara o Pacific Star 3.

Azeite é a melhor gordura contra o envelhecimento

Estudo internacional desenvolve nutrigenética


Dieta baseada em azeite tem menos prejuízos para o  organismo do que outras gorduras
Dieta baseada em azeite tem menos prejuízos para o organismo do que outras gorduras
Uma equipe internacional demonstrou os efeitos benéficos do azeite contra o envelhecimento em relação às outras gorduras.
Dieta baseada em azeite tem menos prejuízos para o organismo do que outras gorduras
Os resultados, publicados na Mechanisms of Ageing and Development, demonstram que ratas alimentadas com este tipo de gordura vivem mais tempo do que outras, cuja dieta é baseada em óleo de girassol


Os investigadores, da Universidade de Granada, em Espanha, e da Universidade de Lleida, em Itália, trabalham para estabelecer os possíveis mecanismos moleculares através dos quais o azeite exerce influências nos sinais no envelhecimento, que provocam alterações na estrutura e funções das células.

Os cientistas tentaram perceber como é que a gordura ingerida afecta as células, porque se existe uma relação negativa entre os factores (tipo de gordura e funcionamento celular), modificando a dieta também se podem atenuar alguns processos.

Mais concretamente, a investigação centra-se em perceber o modo como o azeite interage com as mitocôndrias, uma organela da célula responsável por produzir energia.

O estudo dos efeitos da gordura é realizado sob três níveis: o stress oxidativo, a função do órgão e a sua estrutura. “A dieta baseada em azeite faz com que durante a velhice se acumulem menos malefícios nesses três níveis”, garante o responsável pela investigação, José Luís Quiles.

Radicais livres

O stress oxidativo tem a ver com o processo pelo qual as células geram quantidades de compostos chamados radicais livres, que são produzidos de forma natural pelo organismo mas que em excesso são prejudiciais.

José Luis Quiles, investigador
José Luis Quiles, investigador
No processo de combustão de gordura, os radicais livres são liberados e atuam como tochas nos tecidos do corpo, queimando tudo em que tocam. “O azeite reduz o stress oxidativo, ou seja, a produção de radicais livres e faz com que os tecidos envelheçam de forma mais lenta”, assegura Quiles.

Em relação à função das mitocôndrias, os cientistas comprovaram que o stress oxidativo afecta a capacidade deste órgão produzir energia, além de alterar a sua aparência.

“Á medida que envelhecemos, as mitocôndrias incham e a perdem impermeabilidade que permite manter o equilíbrio eletroquímico entre o interior e o exterior da célula”, explica o investigador responsável.

A equipe está agora a explorar a nutrigenética, ou seja, a relação entre a dieta com a expressão dos genes. Neste estudo, os cientistas puderam comprovar que as ratas alimentadas com azeite virgem vivem mais tempo mas também associaram a morte do animal com uma causa.
Fonte: Ciência Hoje PT

Sumo de romã reduz doenças cardiovasculares e hipertensão

Capacidade antioxidante da bebida é maior do que a do vinho tinto e do chá verde


Antioxidantes do sumo travam radicais livres
Antioxidantes do sumo travam radicais livres
Estudantes do departamento de Zoologia da Universidade de Baroda, na Índia analisaram os efeitos do sumo de romã e chegaram à conclusão que esta bebida reduz as doenças cardiovasculares e a hipertensão.

O estudo, publicado na edição de Junho da
revista Cardiovascular Toxicology, foi desenvolvido por Jadeja Ravirajsinh, professor associado do departamento de Zoologia

O estudo realizado em ratos enfatiza a propriedade medicinal do sumo de romã em vez da semente. Até agora o efeito benéfico desta fruta estava apenas estudado nas sementes, mas esta investigação provou que o sumo é uma fonte rica em antioxidantes com efeito protector cardiovascular.

O estudo demonstrou que o consumo diário do sumo de romã tem um efeito significativo sobre o stress oxidativo cardíaco, pois os antioxidantes do sumo travam os radicais livres, reduzindo o risco de doenças coronárias.

Capacidade antioxidante

Ravirajsinh explica que “o sumo de romã contém a mais alta capacidade antioxidante, quase três vezes mais que o vinho tinto e o chá verde”.

Segundo o estudo, o consumo regular do sumo registou entre 40 a 50 por cento de redução dos níveis de plasma dos marcadores de risco cardíaco.

A romã é composta por 80 por cento de água e 17 por cento de açúcares, destacando-se a sua elevada composição em substâncias polifenóis, que além de protegerem a planta e dar-lhe cor a aroma, são convertidas pela flora intestinal em outras mais simples, como as punicalaginas (com actividade anti-bacteriana e que previnem o stress oxidativo) e as antocianinas (que fortalecem e conservam o colagénio e melhoram a micro circulação).
Fonte: CIência Hoje PT

Estudo europeu revela que alto teor de vitamina B6 e metionina reduz risco de câncer do pulmão

Investigadores sublinham que estes nutrientes não suprimem o perigo do tabaco


Consumo de vitamina B6 e metionina não substitui parar de  fumar
Consumo de vitamina B6 e metionina não substitui parar de fumar

Pessoas com altos níveis de vitamina B6 e do aminoácido metionina, mesmo sendo fumadores, correm menos risco de desenvolver cancro do pulmão do que a média da população, revela um estudo realizadona Europa e publicado na revista especializada Journal of the American Medical Association.

Os investigadores responsáveis pelo estudo afirmam que ainda é muito cedo para determinar se o consumo destes nutrientes traz alguma protecção adicional, já que os níveis mais altos de vitamina B e aminoácidos podem resultar simplesmente de um estilo de vida mais saudável.Panagiota Mitrou, do World Cancer Research Fund, considera que estas descobertas são “importantes para entender o processo de câncer do pulmão”. No entanto, alerta para o facto de ser “vital” passar aos fumantes a mensagem “de que aumentar os níveis de vitamina B6 não é, e nunca será, um substituto para parar de fumar”.

Após analisarem um grupo de 400 mil pessoas em dez países europeus ao longo de oito anos, os especialistas concluíram que maiores níveis no sangue da vitamina B6 e do aminoácido metionina, presentes em vários tipos de nozes, peixe e carne vermelha, reduzem para metade o risco de sofrer de câncer do pulmão.
"Foram observados riscos reduzidos em níveis similares e consistentes em fumadores, ex-fumadores e em pessoas que nunca fumaram, o que indica que os resultados não são uma confusão de fatores que possam influenciar a conclusão”, assinala o estudo.
O investigador principal do estudo, Paul Brennan, afirmou que se novas investigações confirmarem estas conclusões, o próximo passo será identificar o nível adequado de concentração de vitamina B6 no sangue para reduzir o risco futuro de câncer.

Fonte: Ciência Hoje Pt