sábado, 31 de outubro de 2009

Casca de abóbora protege contra infecções, diz estudo

As abóboras, tradicionalmente esculpidas e iluminadas para espantar os fantasmas e duendes no Halloween, ou Dia das Bruxas, feriado de origem pagã celebrado amanhã em toda a América do Norte, contêm uma substância que poderia assustar, na verdade, os micróbios que causam, a cada ano, milhões de casos de infecções fúngicas em adultos e crianças. Pelo menos, é o que sugere um novo estudo conduzido por cientistas coreanos e publicado na última edição da revista especializada Journal of Agricultural and Food Chemistry.

No estudo, um time de pesquisadores liderados por Kyung-Soo Hahm e Yoonkyung Park explica que alguns micróbios causadores das doenças fúngicas estão se tornando mais resistentes aos antibióticos existentes. Como resultado, cientistas em todo o mundo estão à procura de novos antibióticos com propriedades variadas. Estudos anteriores já haviam sugerido que a casca da abóbora, muito utilizada na medicina popular de países como o México, Cuba e Índia, pode impedir o crescimento de microorganismos.

Os cientistas extraíram proteínas de cascas de abóbora, para descobrir se estas inibem o crescimento de micróbios, incluindo o perigoso Candida albicans, uma espécie de fungo associado a alguns tipos de infecção oral e vaginal.

Resultado
Uma das proteínas estudadas, a Pr-2, teve efeitos potentes em inibir o crescimento do C. albicans em experimentos de cultura de células, sem efeitos tóxicos evidentes. O estudo sugere que a proteína da abóbora pode ser incorporada em remédios naturais para combater infecções fúngicas. A proteína também retardou o crescimento de vários fungos que atacam plantações e, assim, pode ser útil como uma fungicida agrícola, acrescenta o estudo.

Fonte: JB Online

mpacto do metano no clima é maior do que se pensava

O efeito do gás metano no processo do aquecimento global foi subestimado, segundo um estudo realizado por cientistas americanos que sugere que os modelos e os controles atuais das emissões deveriam ser revisados.

O professor Drew Shindell, do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da Nasa (agência espacial americana), dirigiu o estudo, cuja conclusão principal é que o impacto do metano na temperatura global é 30% maior do que se pensava até o momento.

O problema, segundo Shindell, é que as estimativas feitas até agora não levaram em conta a interação do metano com os aerossóis. Quando este efeito indireto é incluído, uma tonelada de metano multiplica por 33 - e não por 25 como se pensava - o efeito do aquecimento da atmosfera que tem uma tonelada de dióxido de carbono (CO2), em um período de 100 anos.

Em declarações ao jornal britânico The Times, o cientista ressaltou a importância de adotar medidas que permitam frear as emissões de metano, procedentes principalmente da pecuária, do cultivo de arroz e das explorações de carvão e de gás natural.

Calcula-se que o metano é o segundo gás que agrava o efeito estufa com maior impacto no aquecimento global, atrás do CO2, e responsável por um quinto do aumento das temperaturas.

A vantagem sobre as emissões de CO2 é que o metano se decompõe muito mais facilmente, por isso o efeito das medidas para combatê-lo seria notado com maior rapidez. Shindell ressaltou que este tema deve ter uma grande importância na cúpula das Nações Unidas sobre o clima, que será realizada em Copenhague em dezembro.

"Para as mudanças do clima a longo prazo, é impossível prever os efeitos do CO2. É o problema principal e dura centenas de anos, mas se tivéssemos um esforço voltado a fazer frente a outros gases poderíamos ter um impacto muito grande a curto prazo", disse o cientista da Nasa, ao The Times.

Shindell teve sua pesquisa publicada na revista Science, em um artigo no qual também sugere a possibilidade de que as previsões sobre os efeitos da mudança climática sejam otimistas demais. O último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, publicado em 2007, estima que a temperatura do planeta aumentará entre 1,1 e 6,4 graus Celsius no século XXI.

Fonte: EFE

Estudo revela mistério de oxigênio marinho que desenvolveu a vida na Terra

Até agora, os cientistas supunham que há 2,4 bilhões de anos a atmosfera terrestre tinha sofrido uma brusca mudança que aumentou o conteúdo de oxigênio nos mares.

Conhecido como "O grande evento da oxidação", esse processo foi um marco na história do planeta porque a transformação abriu passagem para o desenvolvimento de formas biológicas com a passagem de milhões de anos.

No entanto, um estudo realizado por cientistas da Universidade da Califórnia (EUA) constatou que, na realidade, a produção de oxigênio nos mares do planeta começou cerca de 100 milhões de anos antes do "grande evento".

"Seu descobrimento vai ainda além porque demonstra que até em pequenas concentrações o oxigênio pode ter profundos efeitos na química oceânica", disse Enriqueta Barrera, diretora da Fundação Nacional das Ciências que financiou a pesquisa.

Os cientistas analisaram argila esquistosa que se acumulou durante 2,5 bilhões de anos nos mares da Austrália para estudar a evolução da química oceânica.

Essas capas de argila revelaram o que os cientistas qualificam como "episódios" de acumulação de hidrossulfatos que são cruciais na produção fotossintética de oxigênio.

Segundo Timothy Lyons, bioquímico da Universidade da Califórnia que dirigiu a pesquisa, o surgimento desse tipo de fotossíntese antes do "grande evento" tinha sido até agora um tema de intenso debate.

"Agora descobrimos uma peça importante do quebra-cabeças que levaria a determinar quando apareceu a vida no planeta", assinalou.

"Nossos dados apontam para uma produção de oxigênio mediante fotossíntese muito antes que as concentrações desse elemento fossem uma pequena fração do que são hoje", explicou Chris Reinhard, membro da equipe.

Segundo os pesquisadores a presença de pequenas quantidades de oxigênio pôde ter estimulado a evolução das eucariotas, organismos com material hereditário fundamental cujas células têm um núcleo, milhões de anos antes do "grande evento".

"Esta produção inicial de oxigênio abriu caminho para o desenvolvimento dos animais quase dois mil milhões de anos depois.

Para isso, primeiro teve que ocorrer a aparição das eucariotas", acrescentou.

Fonte: EFE

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Pesquisa aponta o 'calcanhar de Aquiles' do vírus da nova gripe

Antioxidante pode ser a chave para prevenção de danos no pulmão.
Objetivo é que estudo facilite o desenvolvimento de medicamentos.

Enquanto os países lidam com a falta de vacinas contra o vírus da Influenza A (H1N1), pesquisadores encontraram o que dizem ser o 'calcanhar de Aquiles' de todas as cepas da gripe: os antioxidantes.

Em artigo publicado na edição de novembro da "FASEB Journal", revista da Federação Americana das Sociedades de Biologia Experimental, o grupo de pesquisadores mostra que os antioxidantes – as mesmas substâncias encontradas em plantas e comidas – podem ser a chave para a prevenção dos danos causados pelo vírus no pulmão.

“A recente epidemia da nova gripe e a rapidez com que o vírus se espalhou pelo mundo mostra a necessidade de entendermos melhor como o vírus ataca os pulmões e encontrarmos tratamentos”, diz Sadis Matalon, um dos autores do estudo. “Adicionalmente, nossos pesquisadores mostraram que os antioxidantes podem ser benéficos no tratamento da nova gripe.”

Os pesquisadores mostram no trabalho que o vírus danifica o pulmão por meio da proteína M2, que ataca as células. Especificamente, a M2 rompe as células epiteliais do pulmão, responsáveis pela retirada de líquido de dentro do órgão, abrindo caminho para a pneumonia e outras doenças.

Imagem de satélite mostra extensão da poluição sobre a China

Foto com 250 metros por pixel foi obtida pelo Aqua, da Nasa. Inversão térmica pode explicar concentração de poluentes.
Uma bruma de poluição cobre quase todo o território chinês na quarta-feira (28). A imagem, divulgada nesta sexta-feira (30) pela Nasa, foi obtida pelo Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS), um dos instrumentos embutidos no satélite Aqua. A resolução é de 250 metros por pixel. A névoa seca, ou nevoeiro fotoquímico (“haze” ou “smog”) é formada pela condensação de vapor d’água associada a poeira e outros poluentes. É daí que vem o aspecto acinzentado, visível na imagem flagrada pelo Aqua.
Uma inversão térmica deve ser a responsável pela intensificação da poluição no nordeste do país. Normalmente o ar esfria com a altitude, mas às vezes uma camada de ar frio fica aprisionada sob outra, de ar quente. Uma vez que o ar frio é mais denso do que o ar sobre ele, as duas camadas não se misturam e os poluentes se concentram na faixa fria, perto da superfície da Terra.
As inversões térmicas ocorrem com mais frequência durante o inverno, quando noites longas e frias resfriam o chão. A terra fria, por sua vez, esfria o ar próximo do solo.Uma bruma de poluição cobre quase todo o território chinês na quarta-feira (28). A imagem, divulgada nesta sexta-feira (30) pela Nasa, foi obtida pelo Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS), um dos instrumentos embutidos no satélite Aqua. A resolução é de 250 metros por pixel. A névoa seca, ou nevoeiro fotoquímico (“haze” ou “smog”) é formada pela condensação de vapor d’água associada a poeira e outros poluentes. É daí que vem o aspecto acinzentado, visível na imagem flagrada pelo Aqua.
Uma inversão térmica deve ser a responsável pela intensificação da poluição no nordeste do país. Normalmente o ar esfria com a altitude, mas às vezes uma camada de ar frio fica aprisionada sob outra, de ar quente. Uma vez que o ar frio é mais denso do que o ar sobre ele, as duas camadas não se misturam e os poluentes se concentram na faixa fria, perto da superfície da Terra.
As inversões térmicas ocorrem com mais frequência durante o inverno, quando noites longas e frias resfriam o chão. A terra fria, por sua vez, esfria o ar próximo do solo.

Uma ‘caixinha’ de joias e um asteroide espalhafatoso

Saiu ontem uma nova imagem de uma das maravilhas do céu, na minha opinião. Trata-se do aglomerado Kappa Crucis, ou NGC 4755, porém mais conhecido como “caixinha de joias”. Esse aglomerado aberto de estrelas tem esse apelido por causa da miríade de estrelas coloridas agrupadas. É um aglomerado fácil de se achar, fica um pouco à esquerda do braço esquerdo do Cruzeiro do Sul e pode ser visto em ambientes escuros como uma pequena mancha cinza, mesmo a olho nu. Em telescópios pequenos já se revela uma pequena joia dos céus. Em um telescópio de 8 metros, revela-se esta maravilha.

Aglomerados abertos são compostos por estrelas jovens (a caixinha de joias tem “apenas” 16 milhões de anos) e estão em processo de separação. Diferentemente dos aglomerados globulares, que são velhos (bilhões de anos de idade) e as estrelas estão todas ligadas gravitacionalmente.

Intruso sobre a Indonésia
No começo deste mês, sem nenhum “aviso prévio”, um asteroide de aproximadamente 10 metros de comprimento entrou na nossa atmosfera, sobre a Indonésia, e explodiu, sem causar nenhum dano. Não se trata da enganação da cratera na Letônia! Essa explosão teve pouca repercussão na mídia ocidental, mas foi certamente um caso digno de nota, pois o asteroide era completamente desconhecido e nos apanhou de surpresa.

Sua explosão foi equivalente a de uma bomba de 50 quilotons, entre duas ou três vezes o poder de uma bomba atômica da época da Segunda Guerra Mundial. Essa detonação gerou uma onda de choque que disparou os sensores de infrassom que monitoram o tratado que baniu os testes nucleares. De início, esse evento foi confundido com um teste nuclear, mas logo a hipótese foi descartada. Estatisticamente, uma explosão assim é esperada a cada 2-12 anos. Agora os astrônomos estão procurando dados de observatórios e radares que fazem o contínuo monitoramento dos céus para estudar melhor esse objeto.

O enigma do Universo: a matéria escura:


Para entender como e do que é feitoo universo, os astrônomos devem fazer cuidadosos recenseamentos dos objetos celestes procurando medir a sua distância e atribuir-lhes uma massa. Nessa tarefa são ajudados pela maravilhosa simplicidade das leis da física, que supomos serem aplicáveis a todo o Universo. As surpresas, por sorte, logo nos lembram que estamos muito longe de ter claras as idéias. Se pensarmos que o estudo do cosmo por meio da radioastronomia, óptica, raios X e gama possa nos fornecer um quadro completo do nosso Universo estaremos cometendo um erro grosseiro. Há décadas sabemos que a matéria luminosa - aquela que "vemos" porque emite radiação eletromagnética, ou seja, luz, ondas de rádio, raios X e gama - é apenas uma parcela insignificante de toda a matéria que exerce uma função gravitacional. Este é o famoso problema da "matéria escura", um dos desafios mais estimulantes da astrofísica atual.
Matéria escura é certamente um nome evocativo, uma vez que estamos falando de algo cuja natureza é desconhecida e de difícil detecção. Da mesma forma que os buracos negros, a matéria escura escapa às nossas observações diretas. Sabemos com certeza que existe somente porque vemos os seus efeitos sobre a matéria luminosa.
Assim, começamos por nos perguntar como é possível nos darmos conta da existência da matéria escura. A resposta não é unívoca, dado que são aplicadas metodologias diversas dependendo dos objetos a serem considerados.
A matéria escura é matéria que não emite luz e por isso não pode ser observada diretamente, mas cuja existência é inferida pela sua influência gravitacional na matéria luminosa, ou prevista por certas teorias. Por exemplo, os astrônomos acreditam que as regiões mais exteriores das galáxias, incluindo a Via Láctea têm de possuir matéria escura devido às observações do movimento das estrelas. A Teoria Inflacionária do Universo prevê que o universo tem uma densidade elevada, o que só pode ser verdade se existir matéria escura. Não se sabe ao certo o que constitui a matéria escura:

  • poderão ser partículas subatômicas,

  • burecos negros
  • estrelas de muito baixa luminosidade,

  • ou mesmo uma combinação de vários destes ou outros objetos.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Cientistas dizem ter criado células da reprodução humana em laboratório


Células germinativas, que dão origem a espermatozoides e óvulos, foram criadas com células-tronco.

Cientistas da Universidade de Stanford, na Califórnia, anunciaram ter conseguido criar em laboratório células germinativas - que podem dar origem aos gametas (células sexuais), óvulos e espermatozoides - a partir de células-tronco embrionárias.

Algumas dessas células chegaram a evoluir e se tornar espermatozoides em seus primeiros estágios de formação, segundo artigo publicado na revista "Nature" .

Cientistas da Universidade de Newcastle anunciaram em julho que criaram espermatozoides em laboratório, mas estudo foi questionado

Ao acompanhar cada passo do desenvolvimento dos gametas, os cientistas esperam identificar potenciais problemas que poderiam causar a infertilidade ou defeitos no nascimento.

O avanço poderia também ajudar cientistas a desenvolver novos tratamentos para infertilidade.

Meiose

Cientistas da Universidade de Newcastle, na Inglaterra, haviam anunciado em julho passado que criaram espermatozoides em laboratório pela primeira vez, mas o estudo foi questionado por especialistas.

Durante a pesquisa da Universidade de Stanford, os cientistas separaram células-tronco embrionárias às quais acrescentaram um gene que produziria uma proteína que levaria à emissão de uma luz verde quando fosse "ativado" outro gene, presente apenas em células germinativas.

Com a luz, é como se as células germinativas levantassem a mão para dizer que estavam lá, explicou Renee Reijo Pera, principal autora do estudo

Depois que as células-tronco cresceram e se desenvolveram por duas semanas, os cientistas separaram aquelas que emitiram o sinal verde.

Estudo abre nova janela sobre o que era, até agora, um estágio oculto da evolução humana

Em seguida, a equipe de Stanford conduziu uma série de testes para confirmar que as células se comportavam como germinativas. Uma vez convencidos de que elas eram de fato as células que buscavam, os pesquisadores ativaram e desativaram três genes - DAZ, DAZL e BOULE - para determinar que papel eles desempenham no desenvolvimento das células-tronco em células germinativas imaturas.

Pesquisadores já haviam descoberto que homens inférteis que não têm células germinativas normalmente também não têm o gene DAZ.

Os cientistas concluíram que o gene DAZL é necessário para transformar as células-tronco embrionárias em células germinativas.

Os genes DAZ e BOULE, em contraste, agem na maturação das células germinativas, "empurrando" as células para o processo de meiose, em que elas reduzem o número de cromossomos pela metade.

Os pesquisadores chegaram a observar células germinativas masculinas que completaram o processo de meiose, se transformando em espermatozoides em seus primeiros estágios.

Reciclagem de telas LCD produz material para uso médico

As telas de LCD, usadas em monitores de computador, TVs e telefones celulares, agora poderão ser recicladas, tanto para fabricação de novas telas LCD como para a produção de compostos úteis para uso na medicina.

Um dos compostos utilizados na fabricação das telas LCD não provoca reações do sistema imunológico humano, o que o torna adequado para uso na biomedicina.

Como são feitas as telas LCD

As telas de LCD são compostas por duas camadas de vidro, no meio das quais é colocado um finíssimo filme de um material viscoso - o chamado cristal líquido. O material é uma mistura que contém de 15 a 20 compostos químicos diferentes.

Quando são descartadas, essas telas geralmente são incineradas e todos esses compostos são perdidos - da tela propriamente dita geralmente apenas o vidro é aproveitado. E isso quando o monitor inteiro não vai parar no aterro sanitário.

Reciclagem das telas LCD

Agora, a equipe do Dr. Avtar Matharu, da Universidade de Iorque, na Inglaterra, descobriu uma forma de reciclar as telas LCD e aproveitar todos os compostos químicos, sobretudo o álcool polivinílico (PVA PolyVinyl-Alcohol, um composto de grande interessa na medicina.

"Nós desenvolvemos uma tecnologia limpa e eficiente para recuperar o composto do cristal líquido a partir de telas de LCD descartadas. Uma vez recuperado, o composto pode ser reciclado para a fabricação de novas telas LCD ou a mistura pode ser separada em seus componentes individuais e comercializados diretamente," explica Matharu.

Para a reciclagem, o material extraído do interior das telas de cristal líquido é aquecido em uma solução aquosa no interior de um forno de microondas. Depois de esfriar e ser "lavado" em etanol, o produto final é o chamado PVA expandido, pronto para ser comercializado.

Biocompatibilidade do PVA

Os pesquisadores dedicaram especial atenção ao PVA devido às suas propriedades de biocompatibilidade. Depois de reciclado, o material pode ser utilizado na construção de suportes para o crescimento celular em laboratório ou para a regeneração de tecidos no corpo.

O PVA pode também ser utilizado em pílulas ou em medicamentos inovadores, chamados drogas inteligentes, nos quais nanopartículas devem ser acondicionadas no interior de materiais biocompatíveis para chegarem ao local preciso onde o medicamento deve ser aplicado, evitando efeitos colaterais danosos.

Descoberto fungo que faz biodegradação de garrafas PET

A aluna da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Kethlen Rose Inácio da Silva desenvolveu um processo para a degradação de garrafas à base de polietileno tereftalato (PET) por meio de fungos.

Fungos da degradação

O trabalho de pesquisa sobre a biodegradabilidade de polímeros sintéticos por ação de microorganismos conhecidos como "basidiomicetos de podridão branca", cultivados em resíduos agroindustriais com diferentes fermentações está condensado na tese de Mestrada da estudante.

Esses fungos têm sido objeto de diversos estudos, por conta de sua capacidade de degradação de materiais.

"Foram utilizadas duas linhagens de fungos Pleurotus sp, que são encontrados naturalmente nas matas brasileiras crescendo sobre madeiras, da qual retiram nutrientes", disse Kethlen à Agência FAPESP. "Os fungos Pleurotus sp estão também amplamente distribuídos pelo sul e pela área central da Europa e também pelo norte da África."

Biodegradação de polímeros

A bióloga utilizou uma técnica conhecida como planejamento experimental com o objetivo de chegar a uma condição adequada para a biodegradação dos polímeros. O estudo foi orientado pela professora Lúcia Regina Durrant, do Departamento de Ciências de Alimentos da FEA.

"O planejamento experimental, utilizado pela primeira vez em laboratório para esse fim, possibilitou a realização de um estudo preliminar em que foi possível avaliar a interferência de diversas variáveis no processo de biodegradação dos polímeros, como os níveis de fermentação, tempo de reação e temperatura ideal, levando assim às melhores condições para a biodegradação do PET", explicou Kethlen.

"A maioria dos pesquisadores que estuda o assunto utiliza a técnica de tentativa e erro. A utilização do planejamento experimental e a análise de fatores que poderiam interferir no processo foram o grande diferencial desse estudo", conta Kethlen, que iniciará doutoramento no Laboratório de Sistemática e Fisiologia Microbiana da Unicamp.

Biodegradação das garrafas PET

Para chegar à condição ótima para a degradação dos polímeros, ela teve que descobrir ainda detalhes sobre as atividades enzimáticas ligninolíticas dos fungos e quantificar a sua perda de massa, além de analisar as taxas de biodegradação do PET.

Segundo a bióloga, um resultado relevante do trabalho é que, dentre todas as condições estudadas, a fermentação semi-sólida foi a mais adequada para a biodegradação desses polímeros usados desde a década de 1970, especialmente em embalagens.

"Os microorganismos cresceram em condições muito semelhantes ao seu habitat natural, tornando-os capazes de produzir enzimas e metabólitos que não seriam produzidos em outros tipos de fermentação", explicou.

Fungos comedores de plástico

Foram realizados mais de 600 ensaios para verificar a interferência dos fungos na biodegradação dos polímeros. "A fermentação semi-sólida apresentou bons resultados durante a maioria dos ensaios estudados, com expressiva produção de enzimas lignocelulolíticas e de biosurfactantes, além de alterações na estrutura e na viscosidade dos polímeros", apontou.

"Além disso, as duas linhagens lignocelulolíticas utilizadas no estudo demonstraram ter capacidade de se desenvolver em meios contendo fontes de carbono sintético e de difícil degradação", disse Kethlen. As duas linhagens fúngicas de Pleurotus sp foram cultivadas juntamente com polímeros de garrafa PET sob fermentação semi-sólida e incubados em estufa a 30 ºC durante até 90 dias.

O problema das garrafas PET

Os resultados do trabalho de pesquisa representam nova contribuição para problemas envolvendo o PET, uma vez que sua reciclagem demanda grande consumo de água e energia, além de promover a geração de resíduos sólidos, emissões atmosféricas e efluentes líquidos.

"Estudamos uma nova metodologia em laboratório e conseguimos definir uma condição adequada para a biodegradação das garrafas PET, que, quando depositadas no ambiente, entopem os sistemas de coleta de esgoto gerando inundações locais, além de apresentar riscos pela queima indevida que resulta em emanações tóxicas na atmosfera", disse Kethlen.

"É importante destacar que outros estudos são necessários para atestar a eficiência desse processo que acaba de ser desenvolvido", destacou. A bióloga ressalta que na cidade de São Paulo os plásticos são o segundo elemento mais encontrado no lixo, correspondendo a cerca de 23% do peso total dos resíduos encaminhados para os aterros sanitários, parcela importante considerando-se que o plástico é um elemento leve e de grande volume.

Homem moderno fez sexo com Neandertais, diz geneticistav

Um geneticista afirmou que humanos modernos e homens de Neandertal tiveram relações sexuais, mesmo pertencendo a espécies diferentes.

Segundo reportagem do jornal britânico Sunday Times, o professor Svante Paabo, do Max Planck Institute de Leipzig, está sequenciando o DNA de fósseis de homens de Neandertal que podem comprovar que as duas espécies procriaram entre si.

A espécie moderna dos homens chegou há 40 mil anos da África à Europa, onde os Neandertais já viviam. As duas espécies coexistiram por 10 mil a 12 mil anos, antes do desaparecimento dos Neandertais.

Paabo disse a outros cientistas em uma conferência nos Estados Unidos que tem certeza sobre as relações sexuais entre as espécies, mas que não sabe se elas produziram filhos.

Cavalos e zebras

Fósseis recentemente descobertos apresentaram características de humanos modernos e também do homem de Neandertal, o que indicaria que houve procriação entre as espécies. Paabo prometeu em breve divulgar o resultado da análise do DNA dos fósseis.

"O que realmente me interessa é: nós tivemos filhos e esses filhos contribuíram para nossa variedade hoje? Eu tenho certeza que eles tiveram sexo, mas isso produziu crias que contribuíram conosco? Nós vamos responder a isso com bastante rigor com a nova sequência [do genoma do Neandertal]", disse Paabo aos cientistas, segundo o jornal.

O professor Chris Stringer, do Museu de História Natural de Londres, apresentou outra hipótese para as recentes descobertas em uma conferência de cientistas em Londres.

"É possível que os Neandertal e os humanos fossem geneticamente incompatíveis, então eles até poderiam ter procriado, mas seus filhos seriam menos férteis", disse Stringer.

Esse tipo de relação, segundo ele, ocorre na natureza em outras espécies, como entre zebras e cavalos ou tigres e leões.

Fonte: BBC Brasil

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Monstro aterroriza o leste da Australia

O governo do Estado australiano de Queensland, no leste do país, decidiu investir em um programa de controle de tubarões na costa local depois que surgiu a suspeita de que um tubarão gigante estaria nas redondezas.

Com base na análise de mordidas encontradas em um outro tubarão menor, que teriam sido feitas pelo tubarão gigante, especialistas acreditam que o predador possa ter mais de cinco metros. O ataque do tubarão gigante contra o menor, que foi encontrado morto, teria ocorrido na costa próxima a Brisbane, capital do Estado.

Segundo o anúncio do governo de Queensland, serão investidos 125 mil dólares australianos (cerca de US$ 114 mil) em um programa de cinco anos para monitorar tubarões tigre, branco e touro (também conhecido como tubarão-de-cabeça-chata) e coletar informações sobre o comportamento desses animais.

No momento, com a proximidade do verão - período no qual há aumento dos banhistas em Queensland -, as praias mais populares estão protegidas por redes e boias com anzóis e iscas para evitar os ataques dos predadores.

As redes e boias não garantem 100% de proteção contra tubarões, mas, desde o início do programa, houve apenas um ataque fatal em Queensland.

O investimento anunciado pelo governo local prevê também novos sistemas acústicos de alarmes para alertar baleias e golfinhos quanto à presença de redes contra tubarões. Nesse ano, cerca de cinco baleias foram estranguladas pelas redes.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Aquecimento global X resfriamento global


Em época na qual só se fala sobre aquecimento global, se fazem raras as pessoas que não escutam todos os dias sobre o aumento da temperatura, efeito estufa, os desastres naturais e o parecer do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC).
O IPCC, ganhador do prêmio Nobel da paz, é um organismo criado pela Organização das Nações Unidas com a participação de aproximadamente 3.000 cientistas de 131 países, e é tido como a principal autoridade científica sobre aquecimento global.
O painel afirma que o aumento do dióxido de carbono (CO²), originado pelo consumo exagerado de combustíveis fósseis, está esquentando o planeta e que, entre outras coisas, isso leva ao degelo nos pólos, o que causaria uma elevação do nível do mar e com isso a inundação de grandes áreas costeiras.
Várias teorias contrárias, entretanto, vêm surgindo desde a época de 1970, quando houve um suposto consenso científico sobre o resfriamento global. Estas se contrapõem ao que diz o IPCC.
As diversas teorias falam de um novo período glacial que está por vir, do efeito de resfriamento provocado pela poluição e pelo desmatamento, e também sobre a mudança climática ser cíclica e não impulsionada pela queima de combustíveis fósseis.
Luís Carlos Campos, jornalista, especializado em mudanças climáticas, lançou um livro em 2007 chamado Calor Glacial, que afirma que a Terra está à beira de uma nova era glacial, com base em pesquisas de milhares de cientistas, conferências e antecedentes precisos.
Campos afirmou que o motor da mudança climática, não seria o CO², mas a influência dos raios solares e cósmicos, que são fluxos de partículas carregados de alta energia, o que documenta com um escrito assinado por 17.800 cientistas, muitos deles representantes de renomadas instituições internacionais.
O jornalista diz que “há 580 milhões de anos, o CO² era de 120 mil partes por milhão devido às explosões vulcânicas, 350 vezes superior ao nível atual, e há cerca de 438 milhões de anos era 16 vezes maior do que agora!”.
Também em 2007, um Professor muito conceituado da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Luís Carlos B. Molion, apontou em uma reunião da Agência Nacional de Águas sobre mudanças climáticas, que a superfície terrestre passa atualmente por um período interglacial - entre dois períodos em que fica coberta de gelo.
O professor lembrou a todos que houve quatro períodos anteriores como esse e as temperaturas eram mais elevadas, com níveis de gás carbônico menores. “Isso é sinal de que o gás carbônico não é responsável pelo aumento de temperatura. Muito pelo contrário: o que se percebe é que há um aumento da temperatura primeiro e, depois, a concentração de gás carbônico vai atrás”.
Molion que teve formação em Física pela Universidade de São Paulo (USP), doutorado em meteorologia pela Universidade de Wisconsin (EUA) e pós-doutorado em Hidrologia de Florestas pelo Instituto de Hidrologia (Inglaterra), além de uma passagem de 25 anos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), onde foi diretor, defende ainda que a quantidade de gás carbônico emitida pelo homem é três vezes menor que a de fluxos naturais da fotossíntese em florestas, oceanos e solos.
s pesquisadores Carlos Nobre e Thelma Krug, ambos membros do Inpe e do IPCC, ficaram inconformados ao ouvir as opiniões de Molion e disseram que não há como contestar a seriedade das conclusões dos estudos realizados pelo IPCC.
Um outro estudo realizado por pesquisadores franceses e norte-americanos e publicado no site da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas) mostrou que o desmatamento em escala global produz um claro efeito de resfriamento.
Os autores realizaram simulações de desmatamento utilizando um modelo global 3-D do ciclo de carbono e do clima, representando interações físicas e biogeoquímicas entre a terra, a atmosfera e o oceano.
Os pesquisadores não contestam que o desmatamento envia grandes quantidades de CO2 à atmosfera, exercendo uma influência de aquecimento no clima da Terra. No entanto, diz o estudo, os efeitos biofísicos do desmatamento – como mudanças no índice de refletividade da terra, evapotranspiração e cobertura de nuvens – também afetam o clima.
pesquisa indica que o efeito de resfriamento associado com mudanças na refletividade e na evapotranspiração sobrepõe-se ao efeito de aquecimento causado pelo ciclo de carbono e pelo desmatamento.
No início deste ano, especialistas em clima do Instituto de Estudos Espaciais Goddard da Nasa (Giss) revelaram que 2008 foi o ano mais frio no planeta do século 21, atingindo a temperatura média global de 14,3 graus centígrados de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (WMO).
Os cientistas afirmam que o resfriamento relativo da Terra foi resultante da ação do fenômeno La Niña no Oceano Pacífico. Mesmo assim, esta média permanece alta em comparação com as temperaturas das décadas anteriores, devido aos efeitos das mudanças climáticas.
A diferença de temperatura de um ano para outro pode não ser muito representativa. "O ranking tem significado científico em alguns casos, tais como quando um novo recorde é estabelecido", disse o diretor do instituto, James Hansen a BBC Brasil. "Mas o ranking também pode ser enganoso porque a diferença em temperatura entre um ano e outro costuma ser menor do que as flutuações da média global."
Além disso, mesmo apresentando a menor temperatura desde o ano 2000, a análise do Giss revelou que a temperatura do ar em 2008 foi 0,44 graus centígrados acima da temperatura média global do período entre 1951 e 1980 - usado como base no estudo, o classificando como o 9º ano mais quente entre os últimos 128 anos.
Uma matéria publicada recentemente na Folha de São Paulo mostrou uma pesquisa conduzida por Thomas Peterson, do Centro Nacional de Dados Climáticos dos EUA e como co-autores William Connoly, do Serviço Antártico Britânico, e Jon Fleck, do Albuquerque Journal, afirmando que o consenso científico de 1970 sobre resfriamento global foi apenas um mito apontado por céticos para criticar efeito estufa.
Peterson analisou dezenas de artigos científicos validados de 1965 a 1979 e descobriu que apenas sete apoiavam o resfriamento global, enquanto 44 previam aquecimento. Os outros 20 artigos analisados eram de opinião neutra.
“Uma revisão da literatura sugere que, ao contrário, até mesmo naquela época o aquecimento global dominava o pensamento dos cientistas sobre as forças mais importantes que moldavam o clima da Terra em escalas de tempo perceptíveis aos humanos.
”Relatórios científicos divulgados ao longo da última década, em especial os do IPCC, têm alertado, um após o outro, que as atividades humanas estão esquentando o planeta ao aumentarem as concentrações de gases de efeito estufa no ar.
“Os registros de temperatura que nós tínhamos na época mostravam um resfriamento muito agudo da década de 1940 até o meio da década de 1970?, afirma. “E os cientistas tentaram explicar aquilo como uma conseqüência da poluição [partículas de enxofre, principalmente] que impedia a radiação solar de chegar à superfície.”
“Naquela época, os cientistas achavam que o efeito resfriador da poluição era mais forte que o efeito de aquecimento do dióxido de carbono [o principal gás de efeito estufa]“, diz Peterson.
Seja Aquecimento, Resfriamento ou nenhum dos dois, como é possível conceituados pesquisadores concluírem de formas tão diferentes seus estudos sobre um mesmo assunto? Diante de tanta divergência científica qual lado você defende e quais os critérios que usa para se posicionar?
Veja a seguir um interessante documentário que contesta o aquecimento global e tire suas próprias conclusões.Em época na qual só se fala sobre aquecimento global, se fazem raras as pessoas que não escutam todos os dias sobre o aumento da temperatura, efeito estufa, os desastres naturais e o parecer do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC).
O IPCC, ganhador do prêmio Nobel da paz, é um organismo criado pela Organização das Nações Unidas com a participação de aproximadamente 3.000 cientistas de 131 países, e é tido como a principal autoridade científica sobre aquecimento global.
O painel afirma que o aumento do dióxido de carbono (CO²), originado pelo consumo exagerado de combustíveis fósseis, está esquentando o planeta e que, entre outras coisas, isso leva ao degelo nos pólos, o que causaria uma elevação do nível do mar e com isso a inundação de grandes áreas costeiras.
Várias teorias contrárias, entretanto, vêm surgindo desde a época de 1970, quando houve um suposto consenso científico sobre o resfriamento global. Estas se contrapõem ao que diz o IPCC.
As diversas teorias falam de um novo período glacial que está por vir, do efeito de resfriamento provocado pela poluição e pelo desmatamento, e também sobre a mudança climática ser cíclica e não impulsionada pela queima de combustíveis fósseis.
Luís Carlos Campos, jornalista, especializado em mudanças climáticas, lançou um livro em 2007 chamado Calor Glacial, que afirma que a Terra está à beira de uma nova era glacial, com base em pesquisas de milhares de cientistas, conferências e antecedentes precisos.
Campos afirmou que o motor da mudança climática, não seria o CO², mas a influência dos raios solares e cósmicos, que são fluxos de partículas carregados de alta energia, o que documenta com um escrito assinado por 17.800 cientistas, muitos deles representantes de renomadas instituições internacionais.
O jornalista diz que “há 580 milhões de anos, o CO² era de 120 mil partes por milhão devido às explosões vulcânicas, 350 vezes superior ao nível atual, e há cerca de 438 milhões de anos era 16 vezes maior do que agora!”.
Também em 2007, um Professor muito conceituado da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Luís Carlos B. Molion, apontou em uma reunião da Agência Nacional de Águas sobre mudanças climáticas, que a superfície terrestre passa atualmente por um período interglacial - entre dois períodos em que fica coberta de gelo.
O professor lembrou a todos que houve quatro períodos anteriores como esse e as temperaturas eram mais elevadas, com níveis de gás carbônico menores. “Isso é sinal de que o gás carbônico não é responsável pelo aumento de temperatura. Muito pelo contrário: o que se percebe é que há um aumento da temperatura primeiro e, depois, a concentração de gás carbônico vai atrás”.
Molion que teve formação em Física pela Universidade de São Paulo (USP), doutorado em meteorologia pela Universidade de Wisconsin (EUA) e pós-doutorado em Hidrologia de Florestas pelo Instituto de Hidrologia (Inglaterra), além de uma passagem de 25 anos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), onde foi diretor, defende ainda que a quantidade de gás carbônico emitida pelo homem é três vezes menor que a de fluxos naturais da fotossíntese em florestas, oceanos e solos.
Os pesquisadores Carlos Nobre e Thelma Krug, ambos membros do Inpe e do IPCC, ficaram inconformados ao ouvir as opiniões de Molion e disseram que não há como contestar a seriedade das conclusões dos estudos realizados pelo IPCC.
Um outro estudo realizado por pesquisadores franceses e norte-americanos e publicado no site da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas) mostrou que o desmatamento em escala global produz um claro efeito de resfriamento.
Os autores realizaram simulações de desmatamento utilizando um modelo global 3-D do ciclo de carbono e do clima, representando interações físicas e biogeoquímicas entre a terra, a atmosfera e o oceano.
Os pesquisadores não contestam que o desmatamento envia grandes quantidades de CO2 à atmosfera, exercendo uma influência de aquecimento no clima da Terra. No entanto, diz o estudo, os efeitos biofísicos do desmatamento – como mudanças no índice de refletividade da terra, evapotranspiração e cobertura de nuvens – também afetam o clima.
A pesquisa indica que o efeito de resfriamento associado com mudanças na refletividade e na evapotranspiração sobrepõe-se ao efeito de aquecimento causado pelo ciclo de carbono e pelo desmatamento.
No início deste ano, especialistas em clima do Instituto de Estudos Espaciais Goddard da Nasa (Giss) revelaram que 2008 foi o ano mais frio no planeta do século 21, atingindo a temperatura média global de 14,3 graus centígrados de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (WMO).
Os cientistas afirmam que o resfriamento relativo da Terra foi resultante da ação do fenômeno La Niña no Oceano Pacífico. Mesmo assim, esta média permanece alta em comparação com as temperaturas das décadas anteriores, devido aos efeitos das mudanças climáticas.
A diferença de temperatura de um ano para outro pode não ser muito representativa. "O ranking tem significado científico em alguns casos, tais como quando um novo recorde é estabelecido", disse o diretor do instituto, James Hansen a BBC Brasil. "Mas o ranking também pode ser enganoso porque a diferença em temperatura entre um ano e outro costuma ser menor do que as flutuações da média global."
Além disso, mesmo apresentando a menor temperatura desde o ano 2000, a análise do Giss revelou que a temperatura do ar em 2008 foi 0,44 graus centígrados acima da temperatura média global do período entre 1951 e 1980 - usado como base no estudo, o classificando como o 9º ano mais quente entre os últimos 128 anos.
Uma matéria publicada recentemente na Folha de São Paulo mostrou uma pesquisa conduzida por Thomas Peterson, do Centro Nacional de Dados Climáticos dos EUA e como co-autores William Connoly, do Serviço Antártico Britânico, e Jon Fleck, do Albuquerque Journal, afirmando que o consenso científico de 1970 sobre resfriamento global foi apenas um mito apontado por céticos para criticar efeito estufa.
Peterson analisou dezenas de artigos científicos validados de 1965 a 1979 e descobriu que apenas sete apoiavam o resfriamento global, enquanto 44 previam aquecimento. Os outros 20 artigos analisados eram de opinião neutra.
“Uma revisão da literatura sugere que, ao contrário, até mesmo naquela época o aquecimento global dominava o pensamento dos cientistas sobre as forças mais importantes que moldavam o clima da Terra em escalas de tempo perceptíveis aos humanos.
”Relatórios científicos divulgados ao longo da última década, em especial os do IPCC, têm alertado, um após o outro, que as atividades humanas estão esquentando o planeta ao aumentarem as concentrações de gases de efeito estufa no ar.
“Os registros de temperatura que nós tínhamos na época mostravam um resfriamento muito agudo da década de 1940 até o meio da década de 1970?, afirma. “E os cientistas tentaram explicar aquilo como uma conseqüência da poluição [partículas de enxofre, principalmente] que impedia a radiação solar de chegar à superfície.”
“Naquela época, os cientistas achavam que o efeito resfriador da poluição era mais forte que o efeito de aquecimento do dióxido de carbono [o principal gás de efeito estufa]“, diz Peterson.
Seja Aquecimento, Resfriamento ou nenhum dos dois, como é possível conceituados pesquisadores concluírem de formas tão diferentes seus estudos sobre um mesmo assunto? Diante de tanta divergência científica qual lado você defende e quais os critérios que usa para se posicionar?
Veja a seguir um interessante documentário que contesta o aquecimento global e tire suas próprias conclusões.

Fronteira do Sistema Solar possui uma faixa brilhante e misteriosa


Mapa espacial

A sonda espacial IBEX (Interstellar Boundary Explorer - Explorador da fronteira interestelar), lançada há exatamente um ano, começou a traçar o primeiro mapa da fronteira entre o Sistema Solar e o espaço exterior. E a revelar muitas surpresas.

A IBEX coletou dados durante seis meses, o que já foi suficiente para questionar as teorias atuais sobre a heliosfera - uma espécie de "bolha" formada pelas emanações de partículas solares, o chamado "vento solar" - e fornecer informações para as quais ainda não houve tempo suficiente para a fundamentação de novas teorias.

Fronteira do Sistema Solar

O "vento solar" é uma corrente de partículas carregadas que viajam continuamente a partir do Sol em todas as direções. É como se esse "vento" inflasse uma gigantesca bolha no espaço - é essa bolha que se chama heliosfera, a região do espaço dominada pela influência do Sol e no interior da qual ficam os planetas.

Ao mesmo tempo, nosso Sistema Solar move-se velozmente ao redor do centro da Via Láctea, o que o faz colidir com "ventos interestelares," uma chuva de partículas emitidas pelas outras estrelas.

Em um determinado ponto, ainda não precisamente localizado no espaço, o vento solar e o vento interestelar se encontram. O local onde suas pressões se equivalem determina a fronteira do Sistema Solar.

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Impacto de meteoro na Índia pode ser a causa da extinção dos dinossauros

Maior cratera da Terra

Uma misteriosa cratera submarina nas costas da Índia pode ser a maior cratera de impacto da Terra. E, se um novo estudo a seu respeito estiver correto, ela pode ter sido a responsável pela extinção dos dinossauros, 65 milhões de anos atrás.

Uma equipe de pesquisadores, liderada por Sankar Chatterjee, da Universidade Técnica do Texas, nos Estados Unidos, fez o primeiro estudo detalhado da gigantesca cratera de Shiva, uma depressão submersa a oeste da Índia que é intensamente minerada por suas ricas reservas de petróleo e gás natural.

Algumas crateras complexas estão entre os locais mais produtivos de hidrocarbonetos da Terra.

Expondo o manto da Terra

"Se estivermos corretos, esta é a maior cratera de impacto conhecida em nosso planeta," diz Chatterjee. "Um bólido desse tamanho, talvez de 40 quilômetros de diâmetro, criou seu próprio movimento tectônico."

Para comparação, o objeto que atingiu a Península de Yucatan, criando a cratera que atualmente é apontada como o ponto de impacto que causou o extermínio dos dinossauros, tinha entre 8 e 10 quilômetros de diâmetro.

É difícil imaginar e descrever um cataclisma dessas proporções. Mas, se os pesquisadores estiverem corretos, o impacto de Shiva vaporizou a crosta da Terra no ponto da colisão, deixando no local nada menos do que um buraco onde emergiu o material ultra quente do manto da Terra.

Os pesquisadores acreditam que o impacto acelerou as erupções vulcânicas em uma linha que cobre a maior parte do oeste da Índia. E mais, o impacto separou as ilhas Seicheles da placa tectônica indiana, fazendo-as derivarem em direção à África.

Cratera submersa

As evidências geológicas são dramáticas. O anel externo da cratera de Shiva tem 500 quilômetros de diâmetro, abraçando o pico central, conhecido como Elevado de Bombaim, que tem 4.800 metros de altitude a partir do fundo oceânico.

A maioria da cratera fica submersa na plataforma continental da Índia, mas onde ela emerge é marcada por pico altos e agudos e depressões acentuadas. O impacto parece ter destruído ou desgastado a maior parte da camada de granito de 48 quilômetros de espessura presente na costa oeste da Índia.

Impressões digitais do meteoro

Para confirmar as descobertas, a equipe do Dr. Chatterjee tem uma expedição agendada para o próximo mês, com o objetivo de coletar amostras de rochas do centro da cratera, que poderão fornecer as evidências definitivas de que se trata de uma cratera de impacto.

"Rochas da base da cratera irão nos dar os sinais definitivos do impacto. E nós queremos ver se são rochas heterogêneas, quartzo com sinais de impacto e se há anomalias para irídio," explica Chatterjee.

Os asteroides são ricos em irídio, e essas anomalias são vistas como uma espécie de impressão digital do impacto de um meteoro.

Esgoto doméstico aumenta produtividade da cana-de-açúcar

Experimentos realizados numa área de cerca de 6 mil metros quadrados na cidade de Lins, interior de São Paulo, mostraram a viabilidade de utilização de efluentes de esgoto doméstico na irrigação de uma cultura experimental de cana-de-açúcar.

"O efluente foi retirado da estação de tratamento de esgoto da cidade. A irrigação com o líquido propiciou uma melhor produtividade da cultura, em relação ao manejo tradicional em que normalmente a plantação é adubada. A produção foi superior em cerca de 50%", conta o engenheiro agrônomo Rafael Marques Pereira Leal da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP de Piracicaba.

Cuidados e monitoramento constante

As pesquisas tiveram início em 2005 quando uma equipe coordenada pelos professores Adolpho José Melfi e Célia Regina Montes realizou o plantio da cana e passou a irrigar a cultura com efluente de esgoto tratado.

Segundo Leal, o efluente de esgoto doméstico possui pouca contaminação de metais pesados. "No final do experimento é que constatamos um alto teor de sódio no efluente. Esses teores tendem a aumentar também no solo e, caso não seja manejado, podem ocasionar prejuízos ao solo e à planta," lembra. "Apesar de propiciar maior produtividade em relação ao cultivo tradicional, a irrigação da cana-de-açúcar com efluente requer cuidados e monitoramentos constantes", recomenda o engenheiro.

Filtros de areia

A área em que foram realizados os testes fica próxima à estação de tratamento de esgoto daquela cidade. O efluente foi bombeado à plantação após passar por um filtro de areia que reteve algumas partículas em suspensão que poderiam entupir o sistema de irrigação.

No período de monitoramento, os especialistas instalaram aparelhos chamados tensiômetros. "Esses equipamentos serviram para monitorar a umidade do solo. Ou seja, de acordo com a quantidade de água necessitada pela planta é que era feita a irrigação", descreve Leal. No entanto, o engenheiro recomenda que este é um dos métodos que podem ser usados para a aplicação do efluente. "Uma outra forma que pode ser adotada é monitorando os nutrientes que chegam às plantas. Alguns deles em excesso podem prejudicar toda uma cultura."

Nutrientes para a cultura

O efluente utilizado na irrigação continha além de água, nitrogênio, fósforo e potássio que são nutrientes importantes para a cultura. Normalmente, esse líquido é lançado em cursos d´água, o que pode ser danoso ao meio ambiente. Leal lembra que em outros países, principalmente os que possuem climas áridos, como por exemplo a Austrália e Israel, é comum a utilização de efluentes de esgoto na irrigação de diversas culturas. Mas em relação à cana-de-açúcar, ele não tem informação de experimentos semelhantes.

A colheita da cana irrigada com o efluente proveniente do esgoto foi realizada mais de um ano depois. "Usamos a cultura da cana denominada 'cana de ano e meio'. Apesar de o tempo de colheita ter sido o mesmo, observamos que a produtividade foi maior em cerca de 50%", conta.

De acordo com Leal, ainda serão necessários estudos que analisem a viabilidade econômica da aplicação de efluentes na irrigação da cana-de-açúcar. "Principalmente porque em alguns locais, com a impossibilidade de canalização do efluente, teríamos custos com o transporte do líquido."

Mundo vai entrar em período de resfriamento global, diz cientista do IPCC

Discurso de um crédulo

"Eu não pertenço ao time dos céticos." Em princípio, não haveria motivos pelos quais Mojib Latif começasse assim sua apresentação durante a Conferência Mundial do Clima, realizada pela ONU em Genebra, na Suíça.

Afinal de contas, ele não estava fazendo uma apresentação para mais de 1.500 dos principais cientistas do clima do mundo todo por acaso - ele próprio é um dos autores diretos dos estudos feitos pelo IPCC, o órgão da ONU que vem alertando há anos sobre o aquecimento global e a participação do homem nesse aquecimento.

Ser considerado um cético, nesse caso, significa não concordar com as conclusões dos estudos feitos pelo IPCC, seja uma discordância total ou mesmo parcial. E, ao longo dos anos, à medida que mais e mais cientistas "aderiam" às conclusões dos estudos patrocinados pela ONU, contrariar essas conclusões passou a ser encarado como uma postura política, na qual os argumentos científicos foram deixando rapidamente de serem importantes.

Latif, aparentemente temendo ser relegado ao "ostracismo científico" reservado a quem tem ousado desafiar a postura oficial, achou melhor se antecipar a qualquer acusação.

Duas décadas de resfriamento global

E não é para menos. As conclusões que ele iria apresentar a seguir, baseadas nos seus estudos mais recentes, aparentemente contrariam tudo o que o IPCC tem divulgado.

Segundo Latif, "nos próximos 10 ou 20 anos", uma tendência de resfriamento natural da Terra irá se sobrepor ao aquecimento causado pelos humanos. Se ele estiver correto, o mundo está no limiar de um período de uma ou duas décadas de resfriamento global. Somente depois, diz o cientista, é que o aquecimento global se fará novamente observável.

Mudanças climáticas naturais

O resfriamento seria causado por alterações cíclicas naturais nas correntes oceânicas e nas temperaturas do Atlântico Norte, um fenômeno conhecido como Oscilação do Atlântico Norte (NAO - North Atlantic Oscillation).

Opondo-se ao que hoje pode ser considerado a ortodoxia das mudanças climáticas e do aquecimento global, o pesquisador do IPCC afirmou que os ciclos oceânicos foram provavelmente os grandes responsáveis pela maior parte do aquecimento registrado nas últimas três décadas. E, agora, o NAO está se movendo rumo a uma fase mais fria.

Os dados sobre os ciclos naturais oceânicos são suficientes para explicar todas as recentes variações nas monções na Índia, nos furacões do Atlântico, o degelo no Ártico e vários outros eventos.

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Mitos do aquecimento global

Mitos do aquecimento global

derretimento

  • O aumento da temperatura da terra existe, sim, mas o homem não é o principal causador de tal;
  • O dióxido de carbono representa apenas 0,54% do gases existentes na atmosfera, sendo que, desde percentual, o homem é responsável por uma parte ainda mais reduzida. (Exemplo de outros gases presentes na atmosfera: Oxigênio, Nitrogênio, etc.)
  • Os vulcões produzem mais dióxido de carbono do que toda a emissão produzida pelos seres humanos;
  • O maior responsável pela emissão de gás carbônico, pela sua extensão e profundidade, é o oceano;
  • Não há correlação entre o aumento do dióxido de carbono e o aumento da temperatura;
  • Mesmo no período que a humanidade não produzia tanto dióxido de carbono como agora (antes de 1940) a temperatura da terra aumentou sensivelmente;
  • No período de pós guerra (entre 1940 e 1970), com a produção em larga escala de automóveis e eletrodomésticos e o crescimento vertiginoso da economia mundial, a temperatura da terra reduziu sensivelmente;
  • Ao contrário do que Al Gore defendeu no seu filme, o aumento de dióxido de carbono não implica no aumento de temperatura. Al Gore dizes que a correlação é complicada de se observar e não mostra os motivos. O que ele omite é que o aumento da temperatura implica no aumento do dióxido de carbono, e não o contrário;
  • O degelo que se observa nos pólos é um evento que ocorre anualente, nas primaveras;
  • Somente com o advento dos satélites que começaram a se observar a frequência dos tais degelos. Entretanto, com a mesma tecnologia, também observa-se o aumento do gelo na Groelândia;
  • O aumento da temperatura da Terra é algo que ocorre de tempos em tempos, e tal facto nunca se traduziu, como é óbvio, na extinção da humanidade;
  • Este aumento da temperatura é totalmente influenciado pelos raios solares que atingem a terra. Em tempo, não se pode desprezar que o sol, cinco vezes maior do que a Terra, tenha um papel crucial sobre a temperatura da terra. A propósito, se tivéssemos olhos de Raio-X, veríamos que o Sol não é tão amigável quanto parece, explosões grandiosas acontecem que vem reflectir no nosso planeta;
  • O financiamento para as pesquisas sobre o aquecimento global saltou de U$$ 170 milhões para U$$ 2 bilhões;
  • Se uma candidatura para pesquisas na área de metereologia não citar que a pesquisa buscará observar uma relação entre o tema e o aquecimento global, certamente será rejeitada;
  • A rejeição da tese do aquecimento global provocado pelo homem implicaria em uma quantidade considerável de pessoas desempregadas;
  • Com a queda da União Soviética, milhares de comunistas encontraram no movimento “verde” uma oportunidade para combater o grande “Satã”, os Estados Unidos da América. A estratégia é simples: forçar a redução das emissões de dióxido de carbono implica em reduzir a produção e controlar a economia dos Estados Unidos da América.

Groelândia Nuuk

o que é o EL NIÑO , efeitos , curiosidades

el_nino

El Niño

O que é, fenômeno climático, consequências, efeitos, alterações no clima
Mapa climático indicando aquecimento nas águas do Pacífico Equatorial

O que é

O El Niño é um fenômeno climático, de caráter atmosférico-oceânico, em que ocorre o aquecimento fora do normal das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. As causas deste fenômeno ainda não são bem conhecidas pelos especialistas em clima.

Este fenômeno costuma alterar vários fatores climáticos regionais e globais como, por exemplo, índices pluviométricos (em regiões tropicais de latitudes médias), padrões de vento e deslocamento de massas de ar. O período de duração do El Niño varia entre 10 e 18 meses e ele acontece de forma irregular (em intervalos de 2 a 7 anos).

Efeitos do El Niño

- Os ventos sopram com menos força na região central do Oceano Pacífico;

- Acúmulo de águas mais quentes do que o normal na costa oeste da América do Sul;

- Diminuição na quantidade de peixes na região central e sul do Oceano Pacífico e na costa oeste dos Canadá e Estados Unidos;

- Intensificação da seca no nordeste brasileiro;

- Aumento do índice de chuvas na costa oeste da América do Sul;

- Aumento das tempestades tropicais na região central do Oceano Pacífico;

- Secas na região da Indonésia, Índia e costa leste da Austrália;

- Muitos climatologistas acreditam que o El Niño possa estar relacionado com o inverno mais quente na região central dos Estados Unidos, secas na África e verões mais quentes na Europa. Estes efeitos ainda estão em processo de estudos.

Curiosidades:

- O termo El Niño é de origem espanhola e se refere a Corrente de El Niño. O nome foi dado por pescadores da costa do Peru e Equador, pois na época do Natal a região costuma receber uma corrente marítima de águas quentes. Por aparecer no período natalino, El Niño (O Menino) Jesus foi homenageado, pelos pescadores, com o nome do fenômeno climático. O termo popular foi adotado também pelos climatologistas.

- Quando o fenômeno é inverso, ocorrendo um resfriamento fora do normal na águas da região equatorial do Oceano Pacífico, dá-se o nome de La Niña.


terça-feira, 27 de outubro de 2009

Uso sustentável da energia


Os prejuízos ambientais provocados por ações humanas tornaram-se uma das principais preocupações da sociedade atual. Com o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância desse tema, a Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul (PUCRS) lançou, em setembro último, o projeto denominado Uso Sustentável de Energia (USE), que envolverá campanha de conscientização, capacitação de técnicos-administrativos e professores de todas as unidades acadêmicas, elaboração do Manual de economia de energia e de uma página virtual. A iniciativa inclui também uma série de projetos, como o do telhado verde, em que as tradicionais telhas para cobrir casas e edificações são substituídas por uma camada de vegetação.
O professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e membro da USE Márcio D’Avila adverte que determinar qual o melhor modelo de telhado a ser usado exige a análise de vários aspectos. “Estamos pesquisando diversas espécies de plantas”, conta. “É importante que elas resistam bem aos períodos de estiagem. As flores também são interessantes para atrair a fauna, como os insetos polinizadores (que aumentam a capacidade das plantas de se reproduzir com mais eficiência)”, diz, lembrando que o substrato (composição da terra), o nível de retenção da água da chuva e o peso que cada estrutura arquitetônica precisa suportar são outros itens a serem considerados.
Da telha para o telhado verde
Para mostrar quais os benefícios de substituir a telha comum pelo telhado verde, a Prefeitura Universitária, a Divisão de Obras, a FAU e o Museu de Ciências e Tecnologia (MCT) da PUCRS desenvolveram três protótipos, cada um deles com diferentes tipos de telhado: o verde, o de fibrocimento e o de zinco.
Segundo D’Avila, com o telhado verde, a temperatura interna da casa permaneceu mais constante. “A cobertura vegetal evita, por exemplo, o surgimento de ilhas de calor nos centros urbanos. Em dias quentes, geralmente evitamos permanecer em locais onde a superfície é composta por materiais que retêm o calor gerado pelos raios solares, como o asfalto, o concreto, entre outros. Já o telhado verde diminui essa retenção de calor”, compara.
Redução dos gastos de energia
Um dos objetivos do USE é reduzir os gastos com a energia elétrica no campus central da universidade. Para isso, o comitê responsável pelo projeto – formado pelas faculdades de Arquitetura e Urbanismo e de Engenharia, além da Prefeitura Universitária e da Divisão de Obras – verifica o consumo em todos os prédios. O diretor do MCT, professor Emilio Jeckel Neto, lembra que o telhado verde reduziu os gastos com o ar-condicionado, pela maior eficiência do equipamento em um ambiente com temperatura estável.
A pesquisa, iniciada em novembro do ano passado, envolve hoje um grande número de unidades acadêmicas. A previsão do comitê é que, nos próximos seis meses, as primeiras experiências com o telhado verde sejam estendidas a todos os prédios do campus. Os prejuízos ambientais provocados por ações humanas tornaram-se uma das principais preocupações da sociedade atual. Com o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância desse tema, a Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul (PUCRS) lançou, em setembro último, o projeto denominado Uso Sustentável de Energia (USE), que envolverá campanha de conscientização, capacitação de técnicos-administrativos e professores de todas as unidades acadêmicas, elaboração do Manual de economia de energia e de uma página virtual. A iniciativa inclui também uma série de projetos, como o do telhado verde, em que as tradicionais telhas para cobrir casas e edificações são substituídas por uma camada de vegetação.

O professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e membro da USE Márcio D’Avila adverte que determinar qual o melhor modelo de telhado a ser usado exige a análise de vários aspectos. “Estamos pesquisando diversas espécies de plantas”, conta. “É importante que elas resistam bem aos períodos de estiagem. As flores também são interessantes para atrair a fauna, como os insetos polinizadores (que aumentam a capacidade das plantas de se reproduzir com mais eficiência)”, diz, lembrando que o substrato (composição da terra), o nível de retenção da água da chuva e o peso que cada estrutura arquitetônica precisa suportar são outros itens a serem considerados.
Da telha para o telhado verde
Para mostrar quais os benefícios de substituir a telha comum pelo telhado verde, a Prefeitura Universitária, a Divisão de Obras, a FAU e o Museu de Ciências e Tecnologia (MCT) da PUCRS desenvolveram três protótipos, cada um deles com diferentes tipos de telhado: o verde, o de fibrocimento e o de zinco.
Segundo D’Avila, com o telhado verde, a temperatura interna da casa permaneceu mais constante. “A cobertura vegetal evita, por exemplo, o surgimento de ilhas de calor nos centros urbanos. Em dias quentes, geralmente evitamos permanecer em locais onde a superfície é composta por materiais que retêm o calor gerado pelos raios solares, como o asfalto, o concreto, entre outros. Já o telhado verde diminui essa retenção de calor”, compara.
Redução dos gastos de energia
Um dos objetivos do USE é reduzir os gastos com a energia elétrica no campus central da universidade. Para isso, o comitê responsável pelo projeto – formado pelas faculdades de Arquitetura e Urbanismo e de Engenharia, além da Prefeitura Universitária e da Divisão de Obras – verifica o consumo em todos os prédios. O diretor do MCT, professor Emilio Jeckel Neto, lembra que o telhado verde reduziu os gastos com o ar-condicionado, pela maior eficiência do equipamento em um ambiente com temperatura estável.
A pesquisa, iniciada em novembro do ano passado, envolve hoje um grande número de unidades acadêmicas. A previsão do comitê é que, nos próximos seis meses, as primeiras experiências com o telhado verde sejam estendidas a todos os prédios do campus.
Fonte: Ciência Hoje- Outubro

Carregador universal se aprovado, poderá economizar a emissão de 13,6 milhões de toneladas de CO2

A União Europeia anunciou neste ano que pretende implantar entre os produtores de celulares, carregadores universais de bateria. Na última semana, um modelo de carregador universal foi aprovado pela União Internacional de Telecomunicação, e já está disponível para as companhias adotarem voluntariamente para os seus aparelhos.
O novo carregadore tem um pequeno USB e é mais eficiente em energia. De acordo com Aldo Liguori, porta voz da Sony Ericsson, os planos são de lançar no mundo todo o carregador universal no primeiro semestre de 2010.

Cada usuário de telefones móveis irá se beneficiar deste recurso, que permite que o mesmo carregador seja utilizado por qualquer celular, independente da do modelo. Qualquer um estará apto a carregar seu celular em qualquer lugar do mundo, com qualquer carregador disponível, além disso o consumo de energia utilizado pelo novo carregador também será menor.

Estima-se que cerca de 51000 toneladas de carregadores são produzidos de maneira redundante a cada ano, e o carregador universal, poderá diminuir bruscamente este número, se ele for adotado pelas fabricantes de celulares. Se companhias como LG, AT&T, DoCoMo, Samsung, Nokia e muitas outras fizerem implantarem a ideia de carregador universal da GSMA. Nos próximos anos, não só haverá uma grande redução do volume de lixo eletrônico e nas emissões de gases do efeito estufa, mas também estima-se uma grande redução da energia celulares.

Fonte: Ambiente Brasil