terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Espermatozóides dos ratos cooperam para ganharem a corrida ao óvulo

Estudo revela que estes espermatozóides têm comportamento diferente dos humanos

Um comboio de espermatozóides
Um comboio de espermatozóides
Investigadores da Universidade de Harvard (Estados Unidos da América) descobriram que o espermatozóide dos ratos faz algo que o dos humanos não é capaz.
Num estudo publicado na «Nature», explica-se que os espermatozóides de um mesmo roedor são capazes de se reconhecerem e unirem-se para chegarem ao óvulo primeiro que os seus rivais. Claro que só em caso de haver espermatozóides de outros ratos é que estes se inter-ajudam.
A descoberta revelou que mais do que serem células carregadas de DNA, os espermatozóides desenvolveram um sofisticado “comportamento social” que lhes permite utilizar truques para ganhar a corrida ao óvulo.
Os espermatozóides formam comboios. Várias dezenas de células agregam-se umas às outras, ancorando-se nas cabeças, e “nadam” em conjunto. Este comboio pode correr 50 por cento mais rápido do que uma célula solitária.
Os investigadores Heidi Fisher e Hopi Hoekstra estudaram este processo nas espécies de ratos Peromyscus maniculatus e na Peromyscus polionotus, que habitam diferentes partes da América do Norte.