sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Lagartos brancos ajudam a explicar evolução

Três espécies desenvolveram peles brancas
As dunas White Sands, no Novo México, são um bom local para o estudo da evolução de espécies. Formadas há apenas 6 mil anos, as dunas brancas destoam da realidade que as cerca.
Erica Bree Rosenblum, professora da Universidade de Idaho que estuda a evolução nas White Sands, garante que “de uma perspectiva evolucionária, isso corresponde a um piscar de olhos”.
Em estudo estão três espécies de lagartos que, noutros lugares, possuem pele escura e que em White Sands desenvolveram uma variedade de peles brancas que as torna difíceis de encontrar.
“Todos ficaram brancos para que pudessem fugir dos seus predadores com mais facilidade”, explica Rosenblum. Este exemplo de evolução convergente mostra como diferentes espécies foram adquirindo os mesmos traços de modo independente.
O estudo, publicado no The Proceedings of the National Academy of Sciences, revela que a mutação do gene ligado à produção do pigmento de pele chamado melanina foi a responsável pela alteração da cor em pelo menos duas das espécies de lagartos.
Mas nas duas espécies as mutações são distintas e o mecanismo pelo qual se produz melanina também é diferente.
Além disto, Rosenblum afirmou que os diferentes mecanismos tiveram um efeito sobre como os traços de pele branca se espalharam através das populações: em uma a mutação tornou a característica dominante e noutra a mutação tornou-se recessiva. E por isto mesmo, a característica espalha-se mais rapidamente na primeira espécie de lagarto do que na segunda.
Esta investigação sustenta que mesmo tratando-se da convergência fenotípica (variação genética) do mesmo gene, os mecanismos moleculares podem ter consequências distintas na trajectória de adaptação.
Fonte Ciência Hoje

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