domingo, 7 de fevereiro de 2010

Estrelas jovens cintilam na nebulosa Carina, um berçário de estrelas a 7,5 mil anos-luz da Terra, em uma das primeiras imagens obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble depois de ter sido reformado no primeiro semestre de 2009. O Hubble agora pode espreitar com nitidez ainda maior cantos obscuros do universo - como esta coluna de poeira e gás - em busca de pistas sobre a origem de galáxias, estrelas e planetas.


Foto de NASA/ESA/HUBBLE SM4 ERO TEAM
Hubble renovado

Estrelas jovens na nebulosa Carina, um berçário de estrelas a 7,5 mil anos-luz da Terra, em uma das primeiras imagens obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble.


Estrelas jovens cintilam na nebulosa Carina, um berçário de estrelas a 7,5 mil anos-luz da Terra, em uma das primeiras imagens obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble depois de ter sido reformado no primeiro semestre de 2009. O Hubble agora pode espreitar com nitidez ainda maior cantos obscuros do universo - como esta coluna de poeira e gás - em busca de pistas sobre a origem de galáxias, estrelas e planetas.

Visões do além

Em maio de 2009, os astronautas completaram aquela que provavelmente foi a última reforma do Hubble. A equipe, que incluía o veterano John Grunsfeld (acima, à esquerda) fez reparos nos sistemas de energia e controle, instalou uma câmera e um espectógrafo e consertou dois instrumentos - tudo para tornar o telescópio mais eficiente. "O melhor vai começar agora", prevê o cientista Ken Sembach, do Instituto Científico do Telescópio Espacial. "As pessoas vão ficar assombradas."
As imagens já captadas pelo novo Hubble, que vai completar 20 anos em abril, mostram galáxias em disparada, explosões de estrelas e estranhas nebulosas, provenientes de regiões do universo ainda mais remotas. O Hubble vasculhou uma área escura do céu, captando radiação infravermelha durante quatro dias de modo a detectar os objetos mais débeis. As imagens revelam pontos borrados, "apenas um punhado de pixels", diz o astrofísico Garth Illingworth, da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz. Esses pontos, analisados por computador a fim de assegurar de que não se trata de efeitos do próprio equipamento, são imagens de objetos que estão incluídos entre os mais distantes - ou seja, entre os mais antigos - jamais avistados: pequenas galáxias globulares que emitiram radiação luminosa há 13,1 bilhões de anos. A idade do próprio universo não vai além de 13,7 bilhões de anos. "A nova câmera ampliou o horizonte em centenas de milhões de anos, aproximando-o do início de tudo", conta Illingworth. Em seus derradeiros anos, o Hubble poderá alcançar o começo do tempo.

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