terça-feira, 28 de setembro de 2010

Fibras solúveis da bananeira podem tratar Doença de Crohn





Fibras da bananeira podem impedir a inflamação que provoca a Doença de Crohn


As fibras de alimentos como a banana podem vir a contribuir para manter a remissão de sintomas da doença de Crohn, uma doença crónica inflamatória intestinal ainda sem cura, segundo um estudo publicado na Gut.
Investigadores da Universidade de Liverpool, no Reino Unido, em colaboração com a empresa de biotecnologia Provexis, estão a trabalhar num projecto de investigação que pretende desenvolver um novo produto alimentar à base de fibras solúveis provenientes da bananeira.

Os benefícios para a saúde do consumo de alimentos riscos em fibras, como a banana ou os brócolos, já são conhecidos há muito. O que até então não se sabia era o potencial destes alimentos no reforço das defesas naturais contra certas infecções, como a que provoca a doença de Crohn.

Estudos anteriores já tinham comprovado que os pacientes com a doença de Cronh apresentavam um número maior de uma estripe de bactérias de Escherichia coli (E.coli). Esta estirpe tem a capacidade de penetrar as paredes do intestino através de células-M, que actuam como guardiãs do sistema linfático. Nestes doentes, o processo provoca uma inflamação crónica no intestino.

Fibras impedem inflamação

Os cientistas descobriam que as fibras solúveis da bananeira tinham a capacidade de impedir que as células-M facilitassem a entrada das bactérias na mucosa intestinal, provocando a inflamação. Por outro lado, foi ainda comprovado que o polisorbato 80 (um emulsionante de gordura utilizado nos alimentos processados) produz o efeito contrário e provoca a infecção.

Nesta investigação, os cientistas detectaram que os compostos naturais da bananeira reduziram a presença da E.coli no intestino entre 45 e 82 por cento.

Jonathan Rhodes, um dos autores do estudo e investigador da Unidade de Investigação em Gastroenterologia na Universidade de Liverpool, explica que “a doença de Crohn afecta muitas pessoas em todo o mundo, as tem maior prevalência nos países desenvolvidos, onde a dieta é baixa em fibra e os alimentos processados são muito mais comuns”.

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