quarta-feira, 25 de maio de 2011

Placas Tectônicas

O conceito das Placas Tectônicas é relativamente recente, e revolucionou a Ciência do século 20. Este conceito propõe que todos os terremotos, atividade vulcânica, e processos de construção de montanha são causados pelo movimento de blocos rígidos chamado placas que compõem a capa da superfície da Terra, ou litosfera (lithosphere).

Em 1912, Alfred Wegner colocou sua teoria que a crosta terrestre era segmenta em doze grandes zonas que denominou de placas tectônicas, que estão em contínua modificação, e que os continentes se haviam formado a partir de um único continente chamado Pangea.

Os movimentos de deriva foi o que deu lugar a formação dos atuais continentes que se formaram a partir do Pangea.

Pela Teoria das Placas Tectônicas, a superfície da Terra está composta de uma dúzia de grandes placas e outras várias de menor tamanho.

Encontro de duas placas tectônicas
O encontro de duas placas tectônicas

Várias razões levaram a formação do conceito das placas tectônicas e da deriva dos continentes:

• No alargamento dos mares, quando o magma esfria e se solidifica no solo submarino, os minerais magnéticos do material novo se solidificam de acordo com a polaridade do campo magnético da Terra na ocasião de seu resfriamento.

Quando o campo magnético da Terra reverte sua polaridade, o novo magma se solidifica adquirindo a polaridade inversa.

Assim a crosta oceânica possui o registro da própria formação, com a primeira mudança de polaridade registrada próximo ao limite entre as placas, onde a lava atinge a superfície e as mais antigas, próximas dos margens continentais, formadas quando o oceano era jovem em torno de 180 a 200 milhões de anos.

Isso demonstra que os continentes devem ter se movido em direções opostas abrindo espaço para o oceano desde a Era Jurássica.

Outra confirmação do conceito veio do estudo da distribuição de estruturas geológicas que passam de um continente para outro.

Geologistas da Universidade de Cambridge usaram o computador para colocar todos os continentes e ilhas da Terra juntos como num quebra-cabeças, considerando contornos submarinos. O resultado foi impressionante, apresentando muito poucos buracos e sobreposições.

Comparando a estrutura e composição das rochas e solo dos continentes que o modelo indica terem sido um só, confirmando que o modelo é bem próximo ao correto.

Finalmente o estudo da fauna marinha e flora das diferentes áreas durante os anos também apresenta provas do movimento dos continentes.


Os modelos de Interação entre as Placas Tectônicas são quatro:

Subducção - ocorre onde duas placas de espessura semelhante entram em contato entre si.

Deslizamento - se produz quando duas placas oceânicas entram em contato, ou também uma placa continental e uma oceânica.

Extrusão - este fenômeno ocorre quando se juntam duas delgadas placas tectônicas que deslizam em direções opostas, como é o caso do contacto de duas placas do fundo oceânico.

Acrecencia - acontecem quando há um leve impacto entre uma placa oceânica e uma continental.

McAlester associa os movimentos das placas com a energia calorífica concentrada abaixo da litosfera.

Rikitake indica que o esquema general de desarranjo das placas, está relacionado com os movimentos de convecção das camadas inferiores, as quais estão em estado viscoso devido ao calor.

Nas zonas de extrusão aparece uma ''nova crosta'', enquanto nas zonas de subducção as placas que penetram por baixo se fundem, por efeito do calor liberado na interação entre as placas baixas sob condições de elevada pressão, dando lugar ao magma. O que explicaria a freqüência de vulcões ativos situados nestas zonas de subducção.


Os limites entre as placas são de três tipos:

Onde elas se afastam, no meio do oceano, nova crosta se forma com o material expelido do interior da Terra;

Onde uma placa avança para baixo de outra, parte da placa é consumida pela alta temperatura das camadas inferiores;

Onde as placas se movem em direções opostas, causando falhas.

Acredita-se que os atuais oceanos da Terra foram formados pela geração de nova crosta entre placas que se afastaram; e que a convergência de placas deu origem a cadeias de montanhas.


Os oceanos da Terra encontram-se em diferentes estágios de formação:

O Oceano Pacífico é antigo e já está diminuindo em ambos os lados, o que poderá resultar na colisão da Ásia com as Américas.

O Oceano Índico está crescendo no oeste e diminuindo no leste.

O Atlântico encontra-se ainda em expansão em ambos os lados.

O Mar Vermelho é o embrião de um futuro oceano.

Os Alpes originaram-se da colisão da placa da África com a da Europa. Há restos de crosta oceânica ali, indicando que havia um oceano onde agora há uma cadeia de montanhas. O mesmo acontece na região dos Himalaias, causado pela colisão das placas da Índia e da Ásia.

Os terremotos ocorrem com bastante freqüência nos limites das placas tectônicas. Áreas como o lado oeste da América do Sul estão sobre área de compressão de placas. O lado oeste da África, por exemplo, está sobre o centro de uma placa e os movimentos tectônicos não se manifestam.

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